Edição Atual

v. 16 n. 31 (2022): Artigos Livres
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Os artigos desta edição compõem um roteiro de questões contemporâneas constituídas a partir de pesquisa, crítica e análise de filmes, quadrinhos, fotografias e charges. Aos olhos dos pesquisadores, tanto as produções que objetivamente lançam novas perspectivas sobre temas reconhecidos, ou outras, que à época de sua realização eram elas mesmas uma novidade, podem ser vistas a partir de abordagens que refletem demandas atuais da vida coletiva.

Publicado: 2023-09-18

Apresentação

Artigos gerais

  • Verdade e memória nas histórias em quadrinhos como ferramentas da justiça de transição na América Latina: os casos brasileiro e argentino

    Eleonora Mesquita Ceia, Luís Fernando Abidu
    6-45
    DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2022v16n31p6
  • As charges do Jornal do Brasil sobre a Guerra das Malvinas

    Ingrid Matos
    46-86
    DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2022v16n31p46
  • Histórias que o cinema documentário conta: novos lugares de memória para a Pornochanchada na história da ditadura militar brasileira

    Jean Carllo de Souza Silva
    87-115
    DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2022v16n31p87
  • Percorrendo Remediações: a nostalgia colonial em Tabu (Miguel Gomes, 2012).

    Rebecca Rozas
    116-156
    DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2022v16n31p116
  • Quadrinhos, masculinidades e livros didáticos: quem são os heróis na História?

    Mariana Mello Brandão
    157-179
    DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2022v16n31p157
  • Vênus transviada: representações de masculinidades no projeto Chicos .

    Matheus Silva Dallaqua
    180-203
    DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2022v16n31p180
  • "Grupo de músicos": análise de uma fotografia orientalista da Coleção Thereza Christina .

    Nina Ingrid Paschoal
    204-234
    DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2022v16n31p204
  • Uma nota de brasilidade: identidade forjada entre Bambas e Sambas

    Manuela Luiza de Souza, Roberta Maria Ferreira Alves
    235-256
    DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2022v16n31p235

Resenhas

  • Olhares e saberes em Modos de Ver, de John Berger

    Stamberg Silva Júnior, Alexandre Fernandez Vaz
    257-263
    DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2022v16n31p257
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CHAMADA ABERTA - Dossiê História das Imagens e as construções de gênero.

Edição de jun. 2024 v.18 n. 34 

PRAZO: 26 DE ABRIL DE 2024

Organização:

Profª Drª Maria Cristina Correia Leandro Pereira (USP)

Me. Matheus Silva Dallaqua (USP)

Os estudos de gênero têm recebido, desde suas primeiras formulações no século XX, atenção crescente nos espaços acadêmicos das diversas áreas das ciências humanas. Há um cuidado cada vez maior em priorizar objetos e realizar análises que levem em conta questões de classe, raça, geração, assim como gênero e sexualidade. No caso da história, fontes das mais variadas tipologias, sejam elas visuais ou textuais, passam a ser analisadas sob esses novos olhares e novas preocupações – afinal, como alertava Lucien Febvre, a história é “filha de seu tempo”.

Joan Scott argumenta que o gênero é uma construção social e ficcional mantida por meio de práticas discursivas e de poder, que fundamenta as relações sociais com base nas diferenças entre os sexos (2019). Isto é, o gênero desempenha um papel crucial em diversas interações humanas, oferecendo uma maneira de decodificar significados e compreender as intrincadas conexões entre elas. A análise de materiais visuais possibilita, assim, ampliar o conhecimento acadêmico sobre as relações entre gênero, corpo e poder, oferecendo interpretações singulares das relações sociais e culturais em determinados contextos históricos.

Simultaneamente, no contexto historiográfico, as imagens deixaram de ser compreendidas meramente como ilustrações, passando a ser tratadas com renovado interesse nas pesquisas científicas. Alçadas à condição de novos objetos de estudo, as imagens revelaram-se potentes para compreender as sociedades humanas em suas produções e representações. Compreendendo-as como representações visuais do sistema sexo/gênero, convidamos pesquisadoras e pesquisadores a submeterem trabalhos que busquem explorar o papel das imagens na formação e expressão dos gêneros ao longo da história, investigando suas complexas e dinâmicas relações. Afinal, conforme defendido por Teresa de Lauretis,

o sistema sexo-gênero, enfim, é tanto construção sociocultural quanto aparato
semiótico, um sistema de representação que atribui significado (identidade,
valor, prestígio, posição de parentesco, status dentro da hierarquia social etc.)
a indivíduos inseridos na sociedade. (2009, p. 126).

Buscamos, assim, estudos que analisem criticamente as representações visuais do gênero, da feminilidade, da masculinidade, e também daquelas identidades que “não são nem senhoras, nem senhores”, para citar Paul Beatriz Preciado (2022, p. 110), em diferentes contextos temporais e midiáticos. Este dossiê temático visa, portanto, a estabelecer conexões multidisciplinares que enriqueçam e aprofundem nosso entendimento sobre as relações entre a história das imagens e as construções de gênero.

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