A vivência do morto: a preservação de monumentos histórico-culturais em ruínas

Autores

  • Anna Maria de Lira Pontes Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-9126.2010v4n7p45

Palavras-chave:

Patrimônio histórico-cultural, Preservação, Ruínas

Resumo

As ruínas emergem enquanto alegoria pro meio da representação do que a edificação uma vez foi, contudo não mais o é. Também é um monumento do presente e por isso existe em correlação com a vivência das cidades e suas memórias. As ruínas, deste modo, apresentam- se como um fator de afirmações coletivas, individuais e/ou nacionais a partir de sentimentos despertados por este “morto” que luta por sobrevivência e vida na sociedade a qual pertence. Neste trabalho, buscamos, então, compreender o patrimônio histórico-cultural e o debate de sua preservação a partir do pensamento de John Ruskin, Eugène Viollet-le-duc e Cesare Brandi em relação com a ação prática voltada, mais especificamente, para a ruína. A fim de, com isto, entender até onde se pode ter e vivenciar as ruínas na sociedade – um morto que vive na mesma mediante a alegoria.

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Biografia do Autor

Anna Maria de Lira Pontes, Universidade Federal da Paraíba

Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela  Universidade Federal da Paraíba

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Publicado

2015-10-25

Como Citar

Pontes, A. M. de L. (2015). A vivência do morto: a preservação de monumentos histórico-culturais em ruínas. Domínios Da Imagem, 4(7), 45–52. https://doi.org/10.5433/2237-9126.2010v4n7p45

Edição

Seção

Artigos gerais