A disputa do imaginário: as representações do cangaço no cinema nacional (1950)

Autores

  • Caroline Lima Santos Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-9126.2010v4n6p67

Palavras-chave:

História, Cinema, Cangaço, Representações e imaginário

Resumo

O imaginário popular sobre o movimento do cangaço inspirou cordéis, músicas e diversos filmes, produzidos no Brasil. Diante disso, convidamos o leitor a pensar sobre a produção cinematográfica da década de 1950, a partir da película “O Cangaceiro”, do cineasta Lima Barreto, que lançou uma nova linguagem cinematografia com esta obra, a linha western. A proposta do artigo na perspectiva do imaginário seria discutir como o mito do cangaço através de filmes. “O Cangaceiro” lançou idéias e representações que ligam o movimento, o seu espaço geográfico, o nordeste brasileiro, a questões referentes à violência, o debate entre o arcaico e o moderno, e as abordagens dadas ao movimento através dos seus personagens. O trabalho focará as possibilidades da relação história-cinema e o cinema enquanto fonte de pesquisa.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Caroline Lima Santos, Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Mestre em História Regional e Local pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Referências

ALBUQUERQUE Jr., Durval Muniz de. A Invenção do Nordeste e outras artes. Recife; São Paulo: Massangana; Cortez, 2001.

BALANDIER, Georges. O poder em Cena. Brasília: UnB, 1982. p.41-60.

BERNADET, Lucila Ribeiro; RAMALHO Jr., Francisco. Cangaço – da vontade de se sentir enquadrado. In: CAETANO, Maria do Rosário. Cangaço: o nordestern brasileiro. Brasília: Avathar, 2005.

BACZKO, Bronislaw. Imaginação social.. Enciclopédia Einaudi. V.5 (Anthropos-Homem). Lisboa: Imprensa Nacional; Casa da Moeda, 1985. p. 296-335.

CHARTIER, Roger. A História Cultural: entre praticas e representações. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1990.

CERQUEIRA, J. Luciano. Cangaceiros e “Cowboys”: indicadores para um estudo comparativo. In: CLIO. Revista do Curso de Mestrado em História, Recife, n.111, p. 119-129, 1980.

JASMIM, Elise. Cangaceiros. São Paulo: Terceiro Nome, 2006.

LEITE, Sidney Ferreira. Cinema brasileiro. Das origens à Retomada. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2005.

PORTELLI, Hugues. Gramsci e o bloco Histórico. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.

MELLO, Frederico Pernambucano de. Guerreiros do Sol: violência e banditismo no Nordeste do Brasil. Girafa Editora. Alagoas, 2005. p. 87-111.

MELLO, Frederico Pernambucano de. Eunuco Nordestino. Nossa História, nov. 2004. p. 56-62.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. O Manifesto do Partido Comunista 150 anos depois. Rio de Janeiro; São Paulo: Contraponto; Fundação Perseu Abramo, 1998.

NEVES, Erivaldo Fagundes. Sertão como recorte espacial e como imaginário cultural. Politeia: Hist. e Soc. Vitória da Conquista, v. 3, n. 1, 2003, p. 153-162.

ROCHA, Glauber. Glauber Rocha: revisão crítica do cinema brasileiro. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.

TOLENTINO, Célia Aparecida Ferreira. O Rural no cinema brasileiro. São Paulo: Ed. UNESP, 2001.

THOMPSON, E. P. Costumes em comum. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

XAVIER, Ismael. Sertão mar: Glauber Rocha e a estética da fome. São Paulo: Brasiliense, 1983.

Downloads

Publicado

2010-05-01

Como Citar

Santos, C. L. (2010). A disputa do imaginário: as representações do cangaço no cinema nacional (1950). Domínios Da Imagem, 4(6), 67–74. https://doi.org/10.5433/2237-9126.2010v4n6p67

Edição

Seção

Artigos gerais