Memórias em movimento: o vídeo comunitário na fronteira entre realidade e representação – um estudo do projeto Roda Memória
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-7939.2013v9n14p277Palavras-chave:
Teses e Dissertações. Vídeo Documentário. Vídeo Comunitário. Representação. Memória.Resumo
A partir de pesquisas em torno da singularidade da imagem-som em movimento, especialmente do documentário e do vídeo enquanto ferramentas comunicativas peculiares de transformação da realidade através das teias simbólicas, este trabalho visa refletir sobre a proposta do projeto Roda Memória 2009, iniciativa do Núcleo de Comunicação Popular e Comunitária da AlmA (Associação Intercultural de Projetos Sociais). O projeto tem como objetivo contribuir para a valorização das memórias e histórias de vida, buscando multiplicar olhares sobre o passado de Londrina por meio da produção de documentários com a participação de jovens de diferentes bairros da cidade. Em busca de aspectos que pudessem justificar a escolhado audiovisual como ferramenta estratégica para a democratização da comunicação e da memória social, foi diagnosticado seu potencial híbrido de tanto registrar realidades, quanto projetar representações sobre elas, seja como tecnologia de registro e documentação, seja como a mais transgressora plataforma artística, demarcando sua posição fronteiriça entre realidade e representação. Também foi possível observar como a questão da representação da realidade foi central para o campo do vídeo popular – que entre as décadas de 1970 e 1990, mobilizou-se em torno do ideal de “dar vozao povo” e da vontade de tomar a “imagem nas mãos” para construir discursos contra informativos e contra hegemônicos – estimulando sua transição para o vídeo comunitário contemporâneo, que propõe novas posturas e expectativas em relação ao potencial transformador do vídeo. Assim, consideramos o Roda Memória um exemplo de como, na fronteira entre realidade e representação, o vídeo comunitário contemporâneo, e o documentário enquanto “lugar de memória, prevalecem enquanto ferramentas estratégicas para revelar novos olhares sobre o cotidiano e o passado, valorizando os processos colaborativos e a experimentação de novas formas de interação social.Métricas
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