Um contador de histórias na cidade: desafios para o pesquisador

Autores

  • Alessandra Bittencourt Flach Faculdade Porto-Alegrense (FAPA)

DOI:

https://doi.org/10.5433/boitata.2014v9.e31691

Palavras-chave:

Narrativas orais urbanas, Registro audiovisual, Restinga

Resumo

Qual o lugar do contador de histórias na pós-modernidade? A partir do relato de pesquisa realizada no bairro Restinga, em Porto Alegre (RS), pretende-se analisar o papel do contador de histórias na atualidade. De forma mais específica, pela análise de um registro em vídeo, busca-se discutir de que forma as narrativas orais em nosso cotidiano podem conter elementos estéticos que a tornem interessantes e passíveis de serem abordadas no âmbito dos estudos orais. O que se pode perceber é que, sob novas linguagens e recursos, contar histórias é uma prática essencial em qualquer sociedade, capaz de estabelecer vínculos, construir identidades coletivas e reafirmar a própria identidade.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Alessandra Bittencourt Flach, Faculdade Porto-Alegrense (FAPA)

Doutora em Letras (UFRGS). Professora de Língua e Literatura Portuguesa da Faculdade Porto-Alegrense (FAPA).

Referências

BAUMAN, Zygmunt. Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Tradução de Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. Tradução de Sergio Paulo Rouanet. 7 ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. (Obras escolhidas, v. 1)

BOURDIEU, Pierre. Esboço de uma teoria na prática. In: ORTIZ, Renato. (Org.) Sociologia. Tradução de Paula Monteiro e Alícia Auzméndi. São Paulo: Ática, 1983, p.46-81.

BOURDIEU, Pierre. Razões práticas: sobre a teoria da ação. Tradução de Mariza Corrêa. 9 ed. Campinas, SP: Papirus, 1996.

BOURRIAUD, Nicolas. Formas de vida: a invenção moderna de si. Tradução de Dorothée de Bruchard. São Paulo: Martins Fontes, 2011. (col. Todas as artes)

DEVOS, Rafael Victorino; ROCHA, Ana Luiza Carvalho. Constelações de imagens e símbolos convergentes no tratamento documental de acervos audiovisuais de narrativas orais. Sessões do imaginário, PUCRS, ano 14, n.22, dez. 2009, p.106-120.

FINNEGAN, Ruth. Tales of the city: a study of narrative and urban life. Cambridge: Cambridge University Press, 1998.

GEERTZ, Clifford. Obras e vidas: o antropólogo como autor. Tradução Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2001.

GOFFMAN, Erving. A representação do eu na vida cotidiana. Tradução Maria Célia Santos Raposo. 8 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.

GUIMARÃES, César. A singularidade como figura lógica e estética no documentário. Alceu, v.7, n.13, jul.-dez., 2006, p.38-48.

LABOV, William; WALETZKY, Joshua. Narrative analysis : oral version of personal experience. In : HELM, June. Essays on the verbal and visual arts. Seattle : University of Washington Press, 1967, p.12-44.

LANGDON, Ester Jean. A fixação da narrativa: do mito para a poética de literatura oral. Horizontes Antropológicos: Antropologia e Performance, Porto Alegre, ano 5, n. 12, p. 13-36,jul./dez. 1999,

MAINGUENEAU, Dominique. Discurso literário. Tradução Adail Sobral. São Paulo: Contexto, 2006.

MAINGUENEAU, Dominique. O contexto da obra literária: enunciação, escritor, sociedade. Tradução Marina Appenzeller. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

MUKARǑVSKÝ, Jan. Escritos sobre estética e semiótica da arte. Lisboa: Editorial Estampa, 1993.

OLIVEIRA, Roberto Cardoso. O trabalho do antropólogo. 2 ed. São Paulo: Editora UNESP, 2000.

PÊCHEUX, Michel. O discurso: estrutura ou acontecimento. 6 ed. Tradução Eni P. Orlandi. Campinas, SP: Pontes, 2012.

SALLES, João Moreira. A dificuldade do documentário. In: MARTINS, José de Souza; ECKERT, Cornelia; NOVAES, Sylvia Caiuby. O imaginário e o poético nas ciências sociais. Bauru, SP: EDUNISC, 2005, p.57-71.

SEVCENKO, Nicolau. No princípio era o ritmo: as raízes Xamânicas da narrativa. In: RIEDEL, Dirce Côrtes (Org.). Narrativa:ficção e história. Rio de Janeiro: Imago, 1988.

VELHO, Gilberto. Subjetividade e sociedade: uma experiência de geração. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1986.

VICH, Vítor; ZAVALA, Virginia. Oralidad y poder: herramientas metodológicas. Buenos Aires: Editorial Norma, 2004.

WACQUANT, Loïc. Esclarecer o habitus, Educação & Linguagem, São Bernardo do Campo, SP, ano 10, n.16, jul.-dez. 2007, p.63-71.

ZUMTHOR, Paul. A letra e a voz: a “literatura” medieval. Tradução de Amálio Pinheiro; Jerusa Pires Ferreira. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

ZUMTHOR, Paul. Introdução à poesia oral. Tradução de Jerusa Pires Ferreira; Maria Lúcia Diniz Pochat; Maria Inês de Almeida. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2010.

Downloads

Publicado

2014-10-30

Como Citar

Flach, A. B. (2014). Um contador de histórias na cidade: desafios para o pesquisador. Boitatá, 9(18), 16–37. https://doi.org/10.5433/boitata.2014v9.e31691

Edição

Seção

Dossiê