A literatura oral: estratégias para afirmação da cultura afro-brasileira, africana e indígena

Autores

  • Rita de Cássia M. Alcaraz Universidade Federal do Paraná
  • Aparecido Vasconcelos de Souza FATUM
  • Tânia Mara Pacífico Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5433/boitata.2015v10.e31493

Palavras-chave:

Implementação das leis 10.639/03 e 11.645/08, Contação de histórias, Descolonização de representações, Afirmação identitária,

Resumo

A importância da contação de história na esfera literária é significativa para a efetivação do artigo 26 A da LDB, alterado pela obrigatoriedade da Lei 10.639 de 2003 e modificado pela Lei 11.645 de 2008. As histórias transmitidas por meio da oralidade são um dos valores civilizatórios africanos ancestralmente compartilhados entre as pessoas pertencentes à comunidade. Elas são muito respeitadas, pois transmitem com dinamicidade os conteúdos essenciais para preservar as tradições que se reinscrevem na cena contemporânea, ressignificando-as através da recusa de certas continuidades curriculares e da incorporação de novos valores próprios da oratura4 das comunidades africanas e também possuem caráter similar na cultura dos povos indígenas. A literatura oral, ao abordar a temática étnico-racial e indígena, preservando valores, costumes, crenças e tradições colabora para a afirmação e representação identitária das/os alunas/os negras/os e indígenas. Considerando a esfera literária e a análise dos estudos, coletamos dados em uma escola estadual do bairro Tatuquara na cidade de Curitiba, Paraná, nas séries iniciais do ensino fundamental II, na qual o professor da disciplina de Arte utiliza a contação de história com suas turmas.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Rita de Cássia M. Alcaraz, Universidade Federal do Paraná

Licenciada em Letras – Português, Mestre em Estudos literários e Bolsista CAPES- pelo Programa de Doutorado da UFPR

Aparecido Vasconcelos de Souza, FATUM

Licenciado em Educação Artística - Artes Plásticas, (FAP-PR) Bacharel em Filosofia(FAVIC), Especialização em Educação especial - educação inclusiva(FINOM),atualmente faz especialização em contação de histórias na FATUM-Educacional.

Tânia Mara Pacífico, Universidade Federal do Paraná

Pedagoga do Estado. Mestre em Educação pela UFPR. Pesquisadora de Relações Raciais-NEAB/UFPR

Referências

AGBOTON, Agnès. Na mitón: la mujer en los cuentos y leyendas africanos. Barcelona: RBA Libros, 2004.

BONIN, Iara Tatiana. Povos indígenas na rede das temáticas escolares: o que isso nos ensina sobre identidades, diferenças e diversidade? Currículo sem Fronteiras, v.10, n.1, pp.73-83, Jan/Jun 2010. Disponível em: https://www.curriculosemfronteiras.org/vol10iss1articles/bonin.pdf. Acesso em: 10 maio 2015.

BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 jan. 2003a, p. 01. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2003/lei-10639-9-janeiro-2003-493157-veto-13762-pl.html. Acesso em: 12 out. 2013.

BRASIL. Parecer 03/2004 do Conselho Pleno do Conselho Nacional de educação. Brasília: MEC, 2004.

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: MEC, 2004.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro: Paz e terra, 2005.

BRASIL. A importância do ato de ler: em três artigos que se complementam. São Paulo: Cortez, 1985.

GOMES, Nilma Lino. Indagações sobre currículo Diversidade e Currículo. Brasília, 2007.

GODOY, Arilda Schimidt. Pesquisa qualitativa tipos fundamentais In: Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. RAE - Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 35, n. 2, p. 57-63, 1995. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rae/v35n3/a04v35n3.pdf. Acesso em: 15 jun. 2015.

GONÇALVES e SILVA, Petronilha Beatriz . Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil étnico-raciais no Brasil. 2007. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/2745. Acesso em: 9 jun. 2015.

MANDELA, Nelson. O leão, a lebre e a hiena In: Meus contos Africanos. Tradução Luciana Garcia. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

MUNDURUKU, Daniel. Coletânea tempo de história. São Paulo: Salamandra, 2005.

MARINHO, Ana Cristina; PINHEIRO, Helder. O cordel no cotidiano escolar. São Paulo: Cortez, 2012.

OLIVEIRA, Kiusam. Ómó-oba histórias de princesas. Belo Horizonte: Ed. Mazza Produções, 2009.

ONG, Walter. Oralidade e cultura escrita: a tecnologização da palavra. Tradução de E. A. Dobránszky. Campinas: Papirus, 1998.

REVERBEL, Olga. Jogos teatrais na escola: atividades globais de expressão. São Paulo: Editora Scipione, 2007.

ROSEMBERG, Fúlvia. Literatura infantil e ideologia. São Paulo: Global, 1985. 1984.

SILVA, Paulo V.; SOUZA, Gizele. Relações étnico-raciais e práticas pedagógicas em Educação Infantil. Disponível: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-40602013000100004&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 20 maio 2015.

Downloads

Publicado

2015-10-29

Como Citar

Alcaraz, R. de C. M., Souza, A. V. de, & Pacífico, T. M. (2015). A literatura oral: estratégias para afirmação da cultura afro-brasileira, africana e indígena. Boitatá, 10(20), 317–330. https://doi.org/10.5433/boitata.2015v10.e31493

Edição

Seção

Seção Livre