Marcas de oralidade em "A mulher que comeu o amante", de Bernardo Élis

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/boitata.2009v4.e31068

Palavras-chave:

Bernardo Élis, Oralidade, Dialogismo

Resumo

Esse estudo tem por objetivo analisar o conto “A mulher que comeu o amante”, de Bernardo Élis. O aporte utilizado é a questão da oralidade como marca inerente ao discurso do narrador, assim como dos personagens, cada qual a seu modo. Pretende-se, portanto, verificar de que modo a tradição oral do interior do Brasil é representada em um texto que afirma a ambiguidade de vozes como uma expressão válida, ligando uma temática regional à matéria humana universal através do dialogismo. O caminho metodológico a ser percorrido é o que investiga alguns componentes do conto referido por meio de uma natureza oral reformulada como artefato artístico. Para isso, autores como Mikhail Bakhtin (1981), Walter Benjamin (1979), Irene Machado (1995), entre outros, mostram-se pertinentes.

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Biografia do Autor

Miguel Heitor Braga Vieira, Universidade Estadual de Londrina

Doutorando em Letras/Estudos literários na UEL. Docente de Teoria literária e literaturas de língua portuguesa na UENP – campus de Cornélio Procópio

Referências

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Publicado

2009-10-02

Como Citar

Vieira, M. H. B. (2009). Marcas de oralidade em "A mulher que comeu o amante", de Bernardo Élis. Boitatá, 4(8), 145–152. https://doi.org/10.5433/boitata.2009v4.e31068

Edição

Seção

Dossiê