Guimarães Rosa e uma visão sobre a oralidade
DOI:
https://doi.org/10.5433/boitata.2006v1.e30669Palavras-chave:
Oralidade, Guimarães Rosa, DesenredoResumo
O presente artigo busca fazer uma leitura do conto “Desenredo” de João Guimarães Rosa, onde se verifica que, embora se trate de um texto escrito, há a presença de um narrador oral. Ou seja, o texto se mostra rico em marcas da oralidade, dispersas no discurso do narrador, constituindo-se, desta forma, uma espécie de texto para ser ouvido em vez de lido. Esta marca se acentua quando se percebe que há, no conto, a presença de um narratário que é designado como os “ouvintes”. Procuramos mostrar que esse texto contrapõe duas culturas, a oral e a cultura do mundo letrado. Entretanto, o homem pertencente ao universo iletrado não é visto de forma exotizada como fizeram grande parte dos escritores que se dedicaram à literatura regionalista. Ao contrário, Guimarães Rosa busca valorizar o homem com seus sentimentos, dúvidas, desejos, não importando a que universo ele possa pertencer.Métricas
Carregando Métricas ...
Referências
CÂNDIDO, A. “A literatura e a formação do homem”. Ciência e cultura, v. 24, p. 803-809, 1972.
CHIAPPINI, L. “Grande Sertão: veredas – a metanarrativa como necessidade diferenciada.”. In: SCRIPTA (Edição Especial do Seminário Internacional Guimarães Rosa), Belo Horizonte, v. 2, n. 3, p. 190-204, 1998.
FERNANDES, F. “A voz nômade: introduzindo questões acerca da poesia oral”. In: A voz em performance. 2003. Tese (Doutorado em Letras) – UNESP, Assis, 2003.
GALVÃO, W. N. Guimarães Rosa. São Paulo: Publifolha, 2000.
JOLLES. A. Formas simples. Trad. Álvaro Cabral. São Paulo: Cultrix, 1930.
MACHADO, I. A. O romance e a voz: a prosaica dialógica de Mikhail Bakhtin. Rio de Janeiro: Imago Ed, São Paulo: FAPESP, 1995.
ONG. W. “A oralidade da linguagem”. In: Oralidade e cultura escrita.Trad. Enio A. Dotranszky. Campinas: Papirus, 1998.
ORTIZ, R. “Românticos e folcloristas”. In: Cultura popular. São Paulo: Olho d’água, 1992
PACHECO, C. “El monodialogo como estrategia narrativa oral em João Guimarães Rosa”. In: La comarca oral. Caracas: La casa Belo, 1992.
PASSOS, C. R. P. “Desenredos em Guimarães Rosa”. In: Revista cult, fevereiro/2001 p. 56- 59.
PORTELLA. O. O. “A fábula”. Revista de letras, n.32, p. 119-138, 1983
REIS, C.; LOPES, A. C. M. Dicionário de teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 1988.
ROSA, J. G. Tutaméia: terceiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
CHIAPPINI, L. “Grande Sertão: veredas – a metanarrativa como necessidade diferenciada.”. In: SCRIPTA (Edição Especial do Seminário Internacional Guimarães Rosa), Belo Horizonte, v. 2, n. 3, p. 190-204, 1998.
FERNANDES, F. “A voz nômade: introduzindo questões acerca da poesia oral”. In: A voz em performance. 2003. Tese (Doutorado em Letras) – UNESP, Assis, 2003.
GALVÃO, W. N. Guimarães Rosa. São Paulo: Publifolha, 2000.
JOLLES. A. Formas simples. Trad. Álvaro Cabral. São Paulo: Cultrix, 1930.
MACHADO, I. A. O romance e a voz: a prosaica dialógica de Mikhail Bakhtin. Rio de Janeiro: Imago Ed, São Paulo: FAPESP, 1995.
ONG. W. “A oralidade da linguagem”. In: Oralidade e cultura escrita.Trad. Enio A. Dotranszky. Campinas: Papirus, 1998.
ORTIZ, R. “Românticos e folcloristas”. In: Cultura popular. São Paulo: Olho d’água, 1992
PACHECO, C. “El monodialogo como estrategia narrativa oral em João Guimarães Rosa”. In: La comarca oral. Caracas: La casa Belo, 1992.
PASSOS, C. R. P. “Desenredos em Guimarães Rosa”. In: Revista cult, fevereiro/2001 p. 56- 59.
PORTELLA. O. O. “A fábula”. Revista de letras, n.32, p. 119-138, 1983
REIS, C.; LOPES, A. C. M. Dicionário de teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 1988.
ROSA, J. G. Tutaméia: terceiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
Downloads
Publicado
2006-09-14
Como Citar
Verri, V. S. da S. (2006). Guimarães Rosa e uma visão sobre a oralidade. Boitatá, 1(2), 1–11. https://doi.org/10.5433/boitata.2006v1.e30669
Edição
Seção
Dossiê
Licença
Boitatá esta licenciada com CC BY sob essa licença é possível: Compartilhar - copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato. Adaptar - remixar, transformar, e criar a partir do material, atribuindo o devido crédito e prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.