Aplicações da biodiversidade bacteriana do solo para a sustentabilidade da agricultura

Autores

  • André Luiz Martinez de Oliveira Universidade Estadual de Londrina
  • Karita dos Reis Costa Universidade Estadual de Londrina
  • Danielle Cristina Ferreira Universidade Estadual de Londrina
  • Karina Maria Lima Milani Universidade Estadual de Londrina
  • Odair José Andrade Pais dos Santos Universidade Estadual de Londrina
  • Mayara Barbosa Silva Universidade Estadual de Londrina
  • Mónica Yorlady Alzate Zuluaga Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.5433/2316-5200.2014v3n1p56

Palavras-chave:

Biofertilizante, bactérias promotoras do crescimento vegetal, nutrição vegetal, inoculação de plantas

Resumo

O agronegócio brasileiro possui grande competitividade internacional, principalmente pelos grandes esforços historicamente dispendidos pelos institutos públicos de pesquisa e Universidades. No entanto, muito dos avanços obtidos pelo agronegócio brasileiro é decorrente do uso em larga escala de fertilizantes e agroquímicos, que por sua vez têm que ser importados em grandes quantidades para suprir a demanda dos agricultores brasileiros. Neste sentido, a segurança e a sustentabilidade do agronegócio brasileiro está ameaçada pela susceptibilidade destes insumos aos preços do mercado internacional, além de estar fundamentado na confiança de entrega destes insumos pelos fornecedores. Em adição, a sociedade global apresenta uma nova apreensão quanto à necessidade de alcançar produtividades mais elevadas e de uma maneira mais sustentável, para prover a população crescente com alimentos e energia. As relações naturais existentes entre as plantas e a microbiota do solo estão no cerne desta questão, uma vez que a quantidade de informações científicas disponibilizadas pela literatura mundial dando suporte ao potencial real de aplicação destas associações em benefício da produção de alimentos e energia é crescente. A substituição total do uso de fertilizantes nitrogenados pela fixação biológica de nitrogênio realizada pelos rizóbios, nos cultivos de soja realizados no Brasil, corrobora a eficiência destas associações e imprimem a necessidade de expandir os mecanismos relacionados com o suprimento de nutrientes para diferentes culturas não-leguminosas. Para o alcance destes objetivos, são necessários ainda muitos esforços de pesquisa para um melhor entendimento dos mecanismos que controlam estas interações naturais entre plantas e a microbiota associativa, como também para o desenvolvimento de formulações de biofertilizantes que apresentem uma elevada eficiência sob uma grande variedade de condições edafoclimáticas, como as que ocorrem no Brasil. Algumas abordagens biotecnológicas dirigidas para o alcance destes objetivos são revisadas e discutidas ao longo desta revisão.

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Publicado

2014-09-22

Edição

Seção

Artigos de Revisão Bibliográfica