Sabiá no III Festival Internacional da Canção: vaia e ocaso da estética bossa novista de Tom Jobim

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DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-3356.2015v8n15p43

Palavras-chave:

História da música, Música popular, Festivais da canção, Tom Jobim, Sabiá

Resumo

Este artigo aborda a canção Sabiá, composição de Tom Jobim e Chico Buarque. Mobiliza diferentes séries de fontes com o objetivo de reconstituir historicamente a vaia à apresentação da canção durante o III Festival Internacional da Canção, realizado em 1968 na cidade do Rio de Janeiro. Procura evidenciar como este episódio catalisou a existência de diferentes expectativas sobre a canção popular e seu papel como veículo para ideais de modernidade em meio às interferências do ambiente autoritário no campo cultural e político. Em seguida, com base na análise dos parâmetros constitutivos da canção, sugere possibilidades de compreensão de sua construção poético musical em diálogo crítico com suas reverberações no plano cultural.

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Biografia do Autor

Fabio Guilherme Poletto, Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR

Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo. Professor Adjunto da Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Professor da Universidade Estadual do Paraná.

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Publicado

31-07-2015

Como Citar

POLETTO, F. G. Sabiá no III Festival Internacional da Canção: vaia e ocaso da estética bossa novista de Tom Jobim. Antíteses, [S. l.], v. 8, n. 15, p. 43–66, 2015. DOI: 10.5433/1984-3356.2015v8n15p43. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/21132. Acesso em: 29 mar. 2024.