Avaliação da fadiga em profissionais de enfermagem do setor de urgência-emergência

Autores

  • Aline Oliveira Russi Pereira Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil. http://orcid.org/0000-0002-2237-6899
  • Sérgio Valverde Marques dos Santos Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil. http://orcid.org/0000-0001-9412-9515
  • Fabiana Cristina Taubert de Freitas Swerts Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil. http://orcid.org/0000-0002-2103-4950
  • Joab Jefferson da Silva Xavier Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil. http://orcid.org/0000-0001-5748-1018
  • Aida Maria de Oliveira Cruz Mendes Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Coimbra, Portugal. http://orcid.org/0000-0002-1992-9632
  • Maria Lúcia do Carmo Cruz Robazzi Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil. http://orcid.org/0000-0003-2364-5787

DOI:

https://doi.org/10.5433/anh.2019v1.id37678

Palavras-chave:

Fadiga, Saúde do trabalhador, Enfermagem, Enfermagem em Emergência

Resumo

Objetivo: avaliar a fadiga física e mental de profissionais de enfermagem que atuam no setor de urgência e emergência hospitalar. Método: Estudo transversal e quantitativo, realizado no setor de urgência e emergência de um hospital localizado em Minas Gerais, Brasil, em 2016, com 37 profissionais de enfermagem. Para coleta de dados, utilizou-se um instrumento de avaliação sociodemográfica e laboral e para avaliar a fadiga física e mental a Escala de Fadiga de Chalder. Resultados: a maioria dos participantes era do sexo feminino (73%), solteira (54,1%), com média de idade de 30,5 anos, sem hábitos de fumar e de praticar atividade física (62,2%). Com relação à categoria profissional, a maior parte era de enfermeiro I (43,2%), com tempo de atuação de até cinco anos na profissão e na instituição (40,57%; 59,4%) e de três anos no setor de urgência/ emergência (56,7%), com carga horária de 8h/dia (75,5%). Em relação à fadiga física, os trabalhadores relataram que às vezes se cansavam facilmente (32,4%), precisavam descansar mais (40,5%) e sentiam fraqueza (24,3%). Na fadiga mental, relataram que às vezes tiveram problemas de concentração (21,6%), dificuldade para pensar claramente (18,9%) e problemas de memória (10,8%). Na soma dos escores dos itens da fadiga, 35,1% apresentaram presença de fadiga (13), enquanto que 64,8% (24) não apresentaram presença de física ou mental. Conclusão: o ambiente laboral dos profissionais de enfermagem pode propiciar fadiga e, consequentemente, trazer consequências para sua saúde. Assim, torna-se importante a promoção da qualidade desse ambiente e da saúde de quem nele trabalha.

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Biografia do Autor

Aline Oliveira Russi Pereira, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil.

Enfermeira, Mestre em Ciências pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil.

Sérgio Valverde Marques dos Santos, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil.

Enfermeiro, Mestre, Doutorando em Ciências pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil.

Fabiana Cristina Taubert de Freitas Swerts, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil.

Fisioterapeuta, Doutora, Professora na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil.

Joab Jefferson da Silva Xavier, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil.

Educador Físico, Doutor em Ciências pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil.

Aida Maria de Oliveira Cruz Mendes, Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Coimbra, Portugal.

Enfermeira, Doutora, Professora do Curso de Enfermagem. Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Coimbra, Portugal.

Maria Lúcia do Carmo Cruz Robazzi, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil.

Enfermeira do Trabalho. Professora Titular da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, SP, Brasil.

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Publicado

2019-10-07

Como Citar

Pereira, A. O. R., Santos, S. V. M. dos, Swerts, F. C. T. de F., Xavier, J. J. da S., Mendes, A. M. de O. C., & Robazzi, M. L. do C. C. (2019). Avaliação da fadiga em profissionais de enfermagem do setor de urgência-emergência. Advances in Nursing and Health, 1. https://doi.org/10.5433/anh.2019v1.id37678

Edição

Seção

Artigo Original