Histórico
Londrina é o principal pólo tecnológico da região norte do Paraná, contando com diversas Instituições de Ensino Superior (IES) e escolas técnicas/tecnológicas. Sendo assim, é de suma importância estimular estudantes da educação básica a ingressarem nestas instituições. A Universidade Estadual de Londrina, proponente neste edital, foi criada em 1977, implantando o curso de Engenharia Elétrica em 1997. Até o momento, 12 turmas de Engenharia Elétrica foram graduadas na UEL, e seus egressos ocupam lugar de destaque em empresas do cenário nacional e mundial (Copel, Infraero, Petrobrás, ALL, VALE, Embraer, Bombardier, entre outras).
No ano de 2007, visando aumentar a motivação dos alunos de graduação do curso de Engenharia elétrica da UEL, foram inseridos experimentos com kits de robótica LEGO MINDSTORMS© a um grupo de alunos de iniciação científica. Em 2009, os resultados dos trabalhos destes estudantes foram apresentados aos alunos de ensino básico e fundamental do Colégio de aplicação da UEL. Posteriormente em 2010, foi adicionado ao programa da disciplina de “Introdução à Engenharia” ministrada no primeiro semestre do curso, aos alunos ingressantes, um projeto para desenvolvimento e apresentação de protótipos robóticos a serem apresentados ao final da disciplina. O objetivo era desafiar esses alunos de Engenharia Elétrica a criar experimentos simples para demonstrar princípios de Física e Matemática, para depois apresentá-los a alunos do ensino fundamental e médio de escolas públicas de Londrina. Como a receptividade e repercussão dessas atividades ficou acima das expectativas do grupo, surgiu o interesse dos docentes responsáveis pela disciplina a formalizá-las através de projetos de ensino e extensão na UEL.
Paralelamente, a esses acontecimentos, foi criado em 2010 o projeto FutBots, que pretendia estudar estratégias de jogo, baseadas em Inteligência Artificial (IA), para serem utilizadas em jogos virtuais de Futebol de Robôs. Disto, em novembro de 2012, foi realizada a “1a Copa de Futebol de Robôs da UEL (FutBots – UEL)”, na qual participaram 15 estudantes de graduação divididos em 06 equipes, que controlavam times de robôs virtuais. Esse evento contou com o patrocínio de uma empresa de tecnologia de Londrina, formada por alunos egressos do curso de graduação de Engenharia Elétrica da UEL e, que anteriormente, tinha sido gestada na Incubadora Tecnológica da UEL (INTUEL).
O Brasil encontra-se em uma fase de constante desenvolvimento. Os desafios do futuro exigem profissionais bem qualificados para ocupar posições estratégicas no mercado de trabalho. Os jovens de hoje precisam ser estimulados a desenvolver raciocínio lógico, buscar inovações, agir com criatividade, e serem capacitados a tomar decisões acertadas rapidamente. Além disso, a falta de profissionais na área técnica, principalmente nas engenharias, continua sendo assunto recorrente nos meios de comunicação. Até 2015, o Brasil vai precisar de 300 mil novos profissionais, segundo a Federação Nacional dos Engenheiros. Hoje se formam aproximadamente 38 mil engenheiros por ano, mas para atender as necessidades do mercado, esse número tem que chegar a 60 mil.
Pensando nesta necessidade, o CNPq, em parceria com a Companhia Vale do Rio Doce, lançou um edital em 2012 intitulado Forma Engenharia. O objetivo deste edital era selecionar propostas de projetos que visassem estimular a formação de engenheiros no Brasil, combatendo a evasão que ocorre principalmente nos primeiros anos e, despertando o interesse vocacional dos alunos de ensino médio para as engenharias e para a pesquisa. Nesse edital, foi aprovado pela equipe proponente da atual proposta, o projeto “A Robótica Educacional como Instrumento Motivacional no Ensino da Engenharia”, no qual foram capacitados tutores (professores e alunos) para atuar no ensino de Robótica para crianças com Altas Habilidades / Superdotação (AH/SD) atendidas pelo NAAH/S (Núcleo de Atividades em Altas Habilidades / Superdotação) situado no Colégio Estadual Vicente Rijo na cidade de Londrina-PR. Este projeto encontra-se na fase final, acumulando até o momento duas disseminações em congressos científicos nacionais e um pôster, que recebeu menção honrosa, em evento de extensão. Além disso, foi organizado e realizado pelo grupo envolvido nesse projeto, o “1o Campeonato de Robótica do NAAH/S – Londrina-PR” que contou com a participação de 25 alunos do ensino médio e teve divulgação nos principais jornais escritos e na mídia televisiva local.
A partir da experiência adquirida com os projetos anteriores, entendemos que através de campeonatos ou mostras científicas, é possível levar o conhecimento e interesse pelas áreas de engenharia e ciências exatas a um número maior de estudantes. Desta forma, a busca de fomento efetivo de atividades relacionadas às ciências exatas e engenharias nos diversos níveis de ensino (médio, fundamental, técnico e superior), terá o objetivo de descobrir estes novos talentos, ou ainda aperfeiçoar e motivar mais o desenvolvimento de vocações para essas áreas, e que vão repercutir positivamente na sociedade brasileira.
ROBÓTICA EDUCACIONAL PARA MENINAS E JOVENS
a) Problema abordado.
Motivar alunas e jovens do ensino médio a escolha da carreira de engenharia.
b) Objetivos
Objetivo geral: Transferir às alunas e jovens do ensino médio, conhecimento básico de engenharia de forma lúdica a partir da robótica educacional e construção de protótipos criados a partir de sucatas.
Objetivos específicos:
i. Capacitar multiplicadores de conhecimento, através do desenvolvimento de atividades de robótica educacional utilizando kits robóticos e sucatas;
ii. Atualizar e aprimorar material didático de apoio ao trabalho dos multiplicadores;
iii. Apresentar o material didático aos alunos do Colégio, através de aulas expositivas e práticas realizadas pelos multiplicadores;
iv. Possibilitar aos alunos de graduação em engenharia a vivência como multiplicadores de conhecimentos e avaliadores dos procedimentos e resultados da ação. Tal atividade tem como objetivo a diminuição da evasão nos cursos de graduação e preparação para a vida profissional diante de desafios extensionistas;
v. Organizar atividades que estimulem a criatividade e interesse dos alunos participantes à área de engenharia através de competições, exposições de trabalho, palestras, entre outros.