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A soma dos subespaços \(U\) e \(W\), de um espaço vetorial \(V\), denotada por \(U+W\), é o conjunto de todos os vetores da forma \(v=u+w\), onde \(u\in U\) e \(w\in W\), isto é:
Proposição: Se \(U\) e \(W\) são subepaços de um espaço vetorial \(V\), então a soma \(U+W\) é um subespaço de \(V\).
Demonstração: Sejam \(U\) e \(W\) subespaços do espaço vetorial \(V\).
Exemplo: Sejam os subespaços de \(R^3\) definidos por:
O conjunto \(U+W\) é um subespaço de \(R^3\) e na realidade, segue que \(U+W=R^3\).
Exercício: Sejam os subespaços de \(R^3\) definidos por:
Mostrar que \(U+W\) é um subespaço de \(R^3\) e que \(U+W=\{(x,y,z)\in R^3: z=0\}\) (plano \(z=0\)).
A interseção dos subespaços de \(U\) e \(W\), de um espaço vetorial \(V\), denotada por \(U\cap W\), é o conjunto de todos os vetores pertencentes a ambos os subespaços, isto é:
Proposição: Se \(U\) e \(W\) são subespaços de um espaço vetorial \(V\), então a interseção \(U\cap W\) é um subespaço de \(V\).
Demonstração: Sejam \(U\) e \(W\) subespaços do espaço vetorial \(V\).
Exemplo: Sejam os subespaços de \(R^3\) definidos por:
O conjunto \(U\cap W\) é um subespaço de \(R^3\) e \(U\cap W ={\theta}\) é o subespaço nulo.
Exercício: Sejam os subespaços de R^3 definidos por:
Mostrar que \(U\cap W\) é o subespaço vetorial de \(R^3\), conhecido como o Eixo \(OX\).
A soma direta dos subespaços \(U\) e \(W\), de um espaço vetorial \(V\), denotada por \(U \oplus W\), é o conjunto de todos os vetores que podem ser escritos de modo único como \(v=u+w\), onde \(u\in U\) e \(w\in W\).
Sejam \(U\) e \(W\) subepaços de um espaço vetorial \(V\). \(V=U \oplus W\) se, e somente se, \(V=U+W\) e além disso \(U\cap W=\{\theta\}\).
Exemplo: Seja \(V\) o espaço vetorial das matrizes quadradas reais de ordem 2, \(S\) o subespaço de \(V\) das matrizes simétricas (da forma)
e \(T\) o subespaço de \(V\) das matrizes anti-simétricas (da forma)
Assim \(V=S \oplus T\), pois \(V=S+T\) e \(S\cap T=\{\theta\}\).
Isto significa que toda matriz quadrada de números reais de ordem \(2{\times}2\), pode ser decomposta, de forma única, com a soma de uma matriz simétrica e uma matriz anti-simétrica.
Exemplo: Se \(M\) é uma matriz quadrada arbitrária de ordem \(2{\times}2\):
então é possível obter uma matriz simétrica a partir de \(M\)
e uma matriz anti-simétrica usando \(M\)
de modo que existe uma decomposição única para \(M\), isto é, \(M=M_S + M_T\).
Exercício: Seja \(F=\{f:R\to R\}\) o espaço vetorial de funções, \(F_p\) o subespaço de \(F\) das funções pares e \(F_i\) o subespaço de \(F\) das funções ímpares, isto é,
Então, \(F=F_p \oplus F_i\), pois \(F_p+F_i=F\) e \(F_p \cap F_i =\{\theta\}\).
Sugestão: Tomar \(f\in F\), tal que \(f(x)=p(x)+i(x)\) e mostrar que
Depois, mostrar que \(p=p(x)\) é uma função par e que \(i=i(x)\) é uma função ímpar.