Kadão e Irmo Celso dividem experiências de vida como fotojornalistas

Os fotojornalistas Ricardo Chaves (Kadão) e Irmo Celso Vidor participaram ontem (04/05) da mesa-redonda “Fotojornalismo e memória”, organizada pelo Mestrado em Comunicação Visual no III Eneimagem. Sérgio Sade, também convidado à mesa, não pôde vir, mas foi muito lembrado e elogiado por seus dois colegas de profissão.

Kadão foi o primeiro a falar, relembrando sua trajetória junto à fotografia jornalística, principalmente durante os períodos em que trabalhou na revista Veja. “Estive em várias Vejas e, certamente, a Veja que teve o Sade como editor foi a melhor, porque ele organizou o despacho e o recebimento das fotos das sucursais, além de promover reuniões com todos os fotógrafos do país que trabalhavam para a revista”. Ele também divertiu os ouvintes contanto histórias “folclóricas” do fotojornalismo brasileiro – como a antiga rixa entre os profissionais da Veja e da Istoé.

Irmo Celso falou logo em seguida, explicando que seu trabalho como fotojornalista começou em Londrina, no extinto jornal Panorama. Foram as imagens publicadas nesse periódico que o fizeram conhecido no Brasil, rendendo-lhe um emprego na sucursal da Veja em Curitiba e, mais tarde, na sede da editora Abril em São Paulo. Irmo Celso foi quem mais fotografou Lula durante os oito anos em que esteve na revista, por isso, relembrou algumas histórias, como a da imagem do ex-presidente jogando sinuca com o Ministro do Trabalho da ditadura, Murilo Macedo. Para finalizar, o fotojornalista fez uma reflexão sobre fotografia e memória, pontuando as dificuldades de se montar e preservar um acervo de imagens.

Encerrada as apresentações, os ouvintes puderam fazer perguntas a Kadão e Irmo Celso, complementando a mesa-redonda.

(Fotografia: Anderson Coelho)

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