Defesa de Dissertação – Saudades eternas: a fotografia no limiar entre a morte e a eternidade

O mestrando Michel de Oliveira Silva defende nesta terça-feira, 16 de fevereiro, a dissertação intitulada “Saudades eternas: a fotografia no limiar entre a morte e a eternidade”. 

A banca será composta pelos docentes Dr. Paulo César Boni (orientador), Dr. Carlos Alberto Augusto Klein (UEL) e Dr. Richard Gonçalves André (UEL – Departamento de História). A defesa será às 14h30, na sala 627.

Resumo

Este estudo analisa como as fotografias de família são suportes que motivam a oralidade. A partir desse ponto inicial, observa de que forma os retratos de entes falecidos são tomados como artefatos de culto à memória, a suscitar saudades e recordações afetivas que lhes garante uma sobrevida memorial. A investigação apresenta uma nova aplicação para a proposta metodológica da fotografia como disparadora do gatilho da memória, explorando sua potencialidade como auxiliar na evocação de recordações afetivas, e não somente de fragmentos históricos. O referencial metodológico foi utilizado para nortear entrevistas abertas, feitas com quatro idosos de Londrina (PR), nas quais eles foram instigados a rememorar a partir de fotografias de pessoas próximas que já faleceram. Com base na pesquisa empírica e na discussão teórica, que teve como base referenciais transdisciplinares, foi possível perceber que à fotografia é atribuída uma importante função memorial, que instaura uma sobrevivência simbólica dos que se foram. Os registros fotográficos, em sua instância material, são revestidos de uma complexa ambivalência, estabelecendo-se como um limiar entre a morte e a eternidade.
Palavras-chave: Fotografia. Oralidade. Álbum de família. Gatilho da memória.