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Neusi Aparecida Navas Berbel

Neusi Berbel faz rascunhos e desenha desde 1990. Mas foi em 2001 que começou a se envolver com a técnica de pintura aquarela. Hoje, seu estilo é o hiperrealismo, técnica com muitos detalhes e se assemelha com uma fotografia. Neusi conta que demora uns três meses em cada quadro e que o exercício de pintura é feito nas aulas, toda semana. As futuras obras são escolhidas por fotografias tiradas da natureza. Alguns fotógrafos a presenteiam com fotos e ela reproduz em suas obras, outras são fotos que ela acha em revistas. Neusi Berbel fez um pequeno depoimento sobre seu trabalho. Todas as obras expostas nesta página é de sua autoria. Para ler seu perfl, clique aqui.

“Comecei vivenciar a pintura em aquarela em 2001. Minha professora, Nêmora Fazolo, grande artista plástica, é quem gosta de contar essa história. Cheguei em seu ateliê para um mês de aulas, em fevereiro de 2001.  Estava  de férias e queria aprender a aquarela. Bem... estou lá até hoje. No início teve bastante dificuldade, pois vinha de algumas experiências com outras técnicas e mesmo com uma professora, em São Paulo, que trazia em seu histórico a influência de aristas clássicos italianos. O exercício de aprendizagem pela copia do estilo de grandes mestres custou a dar lugar para um trabalho menos comprometido e até mais ético. (...) O interessante é que aos poucos fui me adaptando a aquarela, e mesmo sem saber bem como ou porque, distante do estilo da minha Mestra, fui criando o meu jeito de trabalhar com o material e representar meus objetos preferidos – as flores, os pássaros e outros seres viventes.
Fui errando e acertando, mas fui gostando do efeito, que é produzido muito mais com o intuito de desenvolvimento da sensibilidade, da atenção, da paciência, da persistência e de aprendizados múltiplos que estão associados ao trabalho, à convivência com a professora e os colegas no ateliê, do que para outras finalidades. No meu caso, portanto, não há pressa em terminar um trabalho iniciado. É pura curtição do pequeno tempo semanal dedicado a esse aprendizado. Às vezes, de sofrimento, quando me deparo com a falta ade habilidade para realizar o pretendido. A consciência adquirida ao longo desses anos é a de que o que eu faço na aquarela me revela e eu só faço aquilo que passo a cada momento de vida. Por isso, tenho ainda muito a aprender. A aquarela constitui uma mistura de pigmento e água sobre o papel. O complicado é que o papel absorve esses dois elementos e da ao aquarelista poucas chances de desfazer seus erros. A aquarela pode variar do colorido ao preto e branco e do rebuscado (perfeita exatidão) ao bagunçado, da aguada (efeito com tons/cores suaves) à quase fotografia. Quem trabalha com a aquarela suave, abstrata, até pode aproveitar os excessos de tinta para construir/criar imagens e efeitos, mas no meu caso, com minha escolha, que pode ser reconhecida como uma manifestação do hiperrealismo, um excesso de tinta ou água pode ser fatal. Sabe – se que a aquarela é uma das naus antigas técnicas de pintura, mas vai sendo sempre redescoberta e, os estilos, recriados, para adaptar-se às características de personalidade e temperamento de quem a elege. Gosto de mostrar minhas aquarelas. E gosto de observar ao longo dos anos foi ocorrendo alguma evolução, mas ainda há muito a evoluir”.  

    






 

 
 
       
 
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