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Apaixonada pela profissão de assistente social

 

Com seus ideais completos, Clem aproveita a vida com aquilo que mais gosta.

Quem conhece Maria Clementina a chama por Clem, pois é dessa forma que ela se apresenta. Casada faz 57 anos, tem 4 filhos e 6 netos. Ela descobriu sua paixão profissional em 1957 quando estudava em Ourinhos, cidade do interior de São Paulo. Mas sua vontade profissional ficou em segundo plano por um tempo.

Em Ourinhos, estudou no colégio de freiras Santo Antônio, e elas mostravam opções de carreiras que os alunos poderiam seguir. Quando Clem ouviu falar em Assistência Social tinha certeza que seria sua profissão, pois se identificou muito com as responsabilidades. No entanto, o curso de Serviço Social só tinha nas grandes capitais, já estava noiva e não tinha condições financeiras de ir até uma outra cidade para cursar. Em 1958 se formou no magistério e ano seguinte se casou com Lázaro Colito. Deixou sua vontade de ser assistente social de lado por 18 anos.

Em 1962 mudou se para Londrina, devido a transferência do marido, que era bancário na época. E a cidade só oferecia cursos superiores em Ciências e Letras. Clem fez sua inscrição para o vestibular em Ciências da história, mas não foi fazer a prova. “Não era o que eu realmente queria”.


Depois de dois anos, uma nova transferência do trabalho do marido levou a família a Cambé. “E meu ideal profissional continuava pendurado, porque o ideal de mulher estava sendo cumprido, casei (...) já estava aguardando meu terceiro filho”. No final de 72, a UEL abriu o curso de Serviço Social, um ano e meio depois, Clem fez o vestibular e participou da segunda turma do curso. “Eram poucas alunas, nos graduamos em 9”. No mesmo período, ela trabalhava na prefeitura de Cambé no setor de Bem Estar Social, como auxiliar social. “Eu entrei (...) no departamento de Bem Estar, em 1970. Comecei, sem ter noção nenhuma como auxiliar social. Mas eu vi que era isso mesmo que eu queria”.


Graduada, foi convidada para trabalhar na UEL como Assistente Social. “Eu e mais um amiga minha fomos convidadas para trabalhar no DIBEC – atual SEBEC. Era um órgão apêndice da coordenadoria de extensão, por isso se chamava assim. Era uma diretoria”. As duas trabalharam em um projeto que se chamava Centro de Vivência. “Ele previa a criação de uma livraria, uma banca de jornal, no plano tinha um restaurantezinho. Era um centro de vivência que previa aglutinar uma área de confraternização, de encontros entre os estudantes. Ia ter até cabeleireiros”. Esse espaço ia funcionar em frente à Biblioteca Central e, em partes, o projeto foi concretizado.


Em 1978, foi convidada para ser docente no departamento de serviço social. “Através do concurso de título, eu ingressei como professora do curso de Serviço social (...). Eu ficava com um pé no DIBEC e um pé no departamento”. Inscreveu-se para o mestrado em 1982 em São Paulo, na Pontifícia Universidade Católica (PUC), pela CAPES. Tinha como tema “comunidade e pesquisa”.
“Viajava toda semana para São Paulo para ver as aulas. Ia de manhã e voltava à noite”. Devido algumas greves, voltou para Londrina sem defender sua dissertação. “Os professores quase sempre estavam em greve, e isso foi atrasando a defesa. Consegui defender em maio de 87”.


Foram 32 anos na UEL e em setembro de 2009, se aposentou. “Foi pela expulsória”, brinca. “Quando você faz 70 anos você tem que deixar, seis meses antes de você completar 70 anos, você recebe uma carta da coordenadoria de ensino e graduação. ‘A partir do dia 9 de maio, deste ano, a senhora não pode entrar mais em sala de aula’. Foi muito doloroso, porque eu gostava muito do que fazia”. Contou que chorou muito quando recebeu a carta. Além de lecionar várias disciplinas na UEL, exerceu cargos em diferentes áreas: chefia, coordenação, em áreas ambientais, social e deu aula em escolas públicas.


Agora que esta aposentada. Cuida da casa, é avó, catequista e participa do projeto de extensão Oficina de TV para a Terceira Idade, do professor Regis Moreira, no departamento de Comunicação Social da Universidade. “Quando a secretária do me departamento me contou, as vagas já estavam preenchidas, mas como queria contribuir o Reginaldo aceitou. No fim ficaram poucos e um desses fui eu”. O projeto vai até outubro, até então, todos participantes vão gravar um vídeo biográfico, falando um pouco da vida de cada um.

“O que importa [a agora] é você fazer amigos, aproveitar as coisas boas que a vida oferece”.

 

Marina Gallo

 


 


 

 
 
       
 
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