Projetos

Abelhas e vespas (Hymenoptera, Aculeata) da Mata Atlântica: uma abordagem ecológica, genética e comportamental

Descrição: Desta proposta fazem parte quatro subprojetos. Um destes subprojetos tem como foco o estudo das relações filogenéticas da diversidade genética de populações de diferentes espécies de abelhas das orquídeas da Mata Atlântica. O outro subprojeto, atualmente em andamento, envolve o estudo de comunidades de abelhas e vespas em remanescentes de Mata Atlântica e áreas de reflorestamento. Este subprojeto integra o projeto PELD/CNPq (Sítio PELD MANP - Mata Atlântica do Norte do Paraná); este subprojeto tem como foco principal investigar diversos aspectos relacionados à fauna de abelhas e vespas em áreas remanescentes de floresta estacional semidecidual e áreas reflorestas com este tipo de formação vegetal. Os outros dois subprojetos integram duas novas linhas de pesquisa do LAGEA, as quais abordam: i) os efeitos de inseticidas em abelhas sem ferrão; ii) o estudo integrado envolvendo análises genéticas (com marcadores moleculares) e de hidrocarbonetos cuticulares, aplicados com a finalidade de investigar das relações de parentesco em abelhas solitárias que nidificam em agregações; especificamente o objetivo deste último subprojeto é estudar a biologia de nidificação em um agregado de Epicharis dejeanii, realizando observações de comportamento e investigando por meio de análises genéticas e de hidrocarbonetos cuticulares a existência de um sistema de reconhecimento entre irmãos e de dispersão mediada por machos. Todos estes subprojetos estão, sem dúvida, integrados em uma linha mais ampla de pesquisa do LAGEA, que é “o estudo da biologia e conservação de espécies de abelhas e vespas neotropicais”.

Integrantes: Silvia Helena Sofia - Coordenadora / Douglas Caldeira Giangarelli / Wilson Frantine da Silva

Financiador(es): CNPq / CAPES

Período: 2019-atual

Análise da estrutura genética de estoques reprodutores e repovoadores

Descrição: Muitos são os impactos sofridos pela ictiofauna e, na tentativa de minimizá-los, tem-se tentado repovoar os reservatórios de hidrelétricas e rios com espécimes cultivados. Porém problemas conceituais e estruturais podem não estar garantindo a manutenção da ictiofauna existente. As estações de hidrobiologia e aquicultura pertencente à CTG Brasil realiza a produção de alevinos para o repovoamento nos reservatórios e afluentes dos rios onde se localizam as hidrelétricas. Porém, para que este repovoamento seja realmente efetivo, e com custo benefício real é necessário que se realizem estudos sobre a biologia e a genética populacional dos peixes existentes no ambiente que se deseja repovoar, além de um manejo genético correto dos espécimes cultivados e seu estoque. Deste modo, o presente projeto tem como objetivo geral obter dados da estrutura genética através de marcadores microssatélites dos estoques de reprodutores e repovoadores das principais espécies de peixes cultivados nas estações de hidrobiologia e aquicultura, para posteriormente compará-los com os de populações naturais a fim de se obter dados para o manejo e alevinagem adequado destas espécies nos reservatórios.

Integrantes: Fernanda Simões de Almeida - Coordenadora / Mario Luis Orsi / Karen Mayumi Suzuki Amorim

Financiador(es): Rio Paraná Energia S.A – Outra

Período: 2018-atual

Comportamento de macacos-prego Sapajus nigritus (Goldfuss, 1809) (Primates, Cebidae) em fragmentos florestais da cidade de Londrina, Paraná, Brasil

Descrição: O macaco-prego (Sapajus nigritus (Goldfuss, 1809)) é uma espécie que possui alta plasticidade comportamental, adaptando-se facilmente a ambientes urbanos e com interferência antrópica. Atualmente o grupo de macacos-prego da Universidade Estadual de Londrina apresentou até 2017 população de 25 indivíduos, sendo 4 machos adultos, 5 fêmeas adultas, 2 machos sub-adultos, 2 fêmeas sub-adultas, 5 juvenis e 7 infantes, porém dados atualizados indicam a presença de 22 indivíduos. O objetivo deste projeto é realizar levantamento de dados de comportamento e ecologia de Sapajus nigritus na Universidade Estadual de Londrina e em fragmentos da cidade de Londrina (Jardim Botânico e Parque Arthur Thomas). A partir dos dados obtidos na pesquisa no campus da Universidade Estadual de Londrina objetiva-se executar ações de divulgação dos resultados aos membros da comunidade para uma boa convivência com os animais. As amostragens serão realizadas de setembro de 2018 a agosto de 2021. As análises comportamentais serão realizadas através de observação direta utilizando os métodos ad libitum, animal focal, scan sampling e sequencial, com intervalo de tempo de 5 minutos. Os indivíduos já identificados serão acompanhados por quatro a dez dias por mês em cada área de estudo por 4 a 8 horas diárias através dos métodos citados, onde serão anotados os comportamentos (forrageio, alimentação, sexuais e sociais), utilizando como base etograma já descrito, e complementado com informações específicas. Os dados serão analisados comparando-se as três localidades, período do ano, localidade, faixa etária e posição hierárquica, utilizando-se ANOVA fatorial para verificar a correlação de cada categoria comportamental, utilizando o nível de significância p < 0,05. Dados de interações sociais serão analisados pelo programa SOCPROG.

Integrantes: Ana Paula Vidotto Magnoni – Coordenadora / Fernanda Simões de Almeida / Karen Mayumi Suzuki Amorim

Período: 2018-atual

Desenvolvimento e aplicação de um programa inovador para a conservação e recuperação do estoque pesqueiro do rio Paranapanema

Descrição: A bacia do rio Paraná possui aproximadamente 600 espécies de peixes sendo representada principalmente por Siluriformes e Characiformes. Mais de 70% da produção hidroelétrica é gerada nessa região, com isso grandes modificações são realizadas no decorrer do curso dos rios. Para reduzir os impactos dessas barragens são obrigatórias as introduções de peixes e seu estabelecimento dependem de vários fatores influenciando todas as relações entre os componentes da cascata trófica da rede alimentar. Em ambientes aquáticos as relações das cascatas tróficas estão relacionadas aos princípios da termodinâmica e da biologia e ecologia comunitária, e seus estudos devem considerar características específicas das espécies que afetam as interações predador-presa. Visando a conservação das espécies de peixes presente na região e a recuperação da fauna nativa de peixes da região, baseando-se em resultados anteriores, esse trabalho propõe uma nova metodologia de soltura de peixes, realizando estudos genéticos para o controle da qualidade genética do estoque reprodutivo e a identificação de espécies de peixes presentes para estabelecer as relações tróficas em dois reservatórios da bacia do baixo rio Paranapanema.

Integrantes: Fernanda Simões de Almeida - Coordenadora / Mario Luis Orsi / Karen Mayumi Suzuki Amorim

Financiador(es): P&D ANEEL / CTG / CAPES

Período: 2018-atual

Diversidade e taxonomia de Aegla (Crustacea, Anomura) no centro-norte e noroeste do Paraná

Descrição: Os caranguejos dulcícolas do gênero Aegla são endêmicos do sul da américa do sul e são importantes para estudos conservacionistas, pois ocorrem geralmente em riachos de cabeceira, com águas correntes e bem oxigenadas, sendo bastante suscetíveis a perturbações ambientais e, por isso, considerados bons bioindicadores da qualidade do hábitat. Das 85 espécies descritas, aproximadamente 70% estão sob algum nível de ameaça de extinção. Este fato é potencialmente agravante no frágil mosaico de fragmentos florestais do estado do Paraná. Além disso, informações sobre eglídeos no centro-norte e noroeste do estado do paraná são escassas e a região apresenta um elevado potencial para a descoberta de novas espécies e ampliação da distribuição de espécies já conhecidas. No entanto, a morfologia do grupo é complexa e ferramentas como análises de morfometria geométrica e caracterizações moleculares podem ser necessárias para a realização de interpretações seguras da diversidade. Tais informações são primárias para qualquer iniciativa de conservação destes animais. Esta proposta tem como objetivo inventariar espécies de Aegla no centro-norte e noroeste do estado do Paraná nas bacias dos rios Ivaí, Pirapó, Tibagi e Cinzas utilizando análises morfológicas, moleculares e estimativas de densidade populacional, visando preencher lacunas importantes no conhecimento sobre os caranguejos eglídeos.

Integrantes: Gustavo Monteiro Teixeira – Coordenador / Silvia Helena Sofia / Lenice Souza Shibatta

Período: 2018-atual

Serviço de polinização nas principais regiões produtoras de café no Brasil: biodiversidade, avaliação bioeconômica e intensificação ecológica

Descrição: Este projeto propõe um estudo, envolvendo três das seis principais regiões produtoras de café em território brasileiro (estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Paraná), no qual pretende-se: i) fazer um diagnóstico dos serviços de polinização para as duas principais espécies de cafeeiro (Coffea arabica L. e Coffea canefora Pierre), produzidas no Brasil, utilizando uma abordagem baseada no conceito de intensificação ecológica; ii) paralelamente, realizar uma avaliação bioeconômica do serviço de polinização na produtividade agrícola destas duas espécies de cafeeiro; iii) conhecer de forma mais aprofundada o conjunto de insetos polinizadores duas espécies de cafeeiro focos deste estudo; iv) avaliar os potenciais efeitos de mudanças climáticas previstas para as próximas décadas sobre a área de distribuição das espécies de café em território brasileiro e sobre o conjunto de polinizadores destas espécies; v) comparar o conjunto de polinizadores em cultivos orgânico e convencional de cafeeiro; vi) realizar uma análise do efeito da paisagem sobre as áreas de cultivo e seus polinizadores.

Integrantes: Maria Cristina Gaglianone - Coordenadora / Silvia Helena Sofia / Wilson Frantine da Silva

Financiador(es): CNPq / A.B.E.L.H.A / CAPES

Período: 2018-atual

Padrões de distribuição e estruturação da diversidade genética em pequena escala para peixes Neotropicais

Descrição: Um grande número de espécies de peixes de água doce da região Neotropical é mantido por drenagens de pequeno porte, a exemplo de ribeirões e riachos. Em virtude de suas dimensões reduzidas, estas drenagens acabam fornecendo condições particulares quando comparadas com drenagens de maior porte. Ao mesmo tempo, características intrínsecas também fazem com que ribeirões sejam ambientes bastante sensíveis, algo muito preocupante, se considerarmos o atual cenário global de degradação de ecossistemas aquáticos. Considerando estas particularidades, muitos estudos têm buscado informações a respeito da ictiofauna destes ambientes, contudo, quando se considera a distribuição genética de uma espécie, estudos são praticamente inexistentes, revelando uma grande lacuna de conhecimentos, os quais são essenciais para a compreensão de aspectos evolutivos e conservação das espécies. De fato, os poucos estudos genéticos de peixes em ribeirões Neotropicais sugerem diferenciações genéticas em curtas distancias geográficas. Além disto, estudos também apontam para a possibilidade de manutenção de diferentes parcelas de diversidade genética em diferentes ribeirões ao longo de uma bacia hidrográfica. Assim, muitos aspectos poderiam destacar a importância de ribeirões na preservação das espécies de uma bacia hidrográfica e mais estudos deveriam ser realizados. Neste contexto, estudos genéticos populacionais de espécies amplamente distribuídas em ribeirões de uma bacia hidrográfica poderiam trazer muitas contribuições para o conhecimento de pequenas drenagens neotropicais. No caso particular das drenagens da bacia do alto rio Paraná, uma das mais impactadas por ações antrópicas atualmente, bacias como a do rio das Cinzas, importante sistema de drenagem da região norte do estado do Paraná, Brasil, apresenta boas condições de conectividade e um considerável número de ribeirões para este tipo de análise. Estudos prévios evidenciam espécies bem distribuídas nesta bacia, a exemplo do peixe Hypostomus ancistroides e Bryconamericus iheringii, podem representar um bom modelo de estudo. Além disso, um estudo realizado anteriormente, evidenciou a estruturação genética existente entre população de Hypostomus ancistroides na bacia do rio Laranjinha, alto rio Paraná, contudo, parte dessa estruturação genética foi atribuída ao seu comportamento de baixo deslocamento durante o período reprodutivo, por esse motivo, o atual estudo pretende ampliar a área de coleta e adicionar uma espécie (B. iheringii) com comportamento de deslocamento diferente da primeira espécie, para assim poder verificar o quanto a presença ou ausência de deslocamento interfere na estruturação genética em espécies de ribeirões. Para tanto, o presente estudo pretende empregar marcadores microssatélites e sequenciamento parcial da região D-loop do DNA mitocondrial no estudo genético de populações de H. ancistroides e B. iheringii amostradas em trechos da calha principal do rio das Cinzas e em trechos ao longo de vários ribeirões de da bacia, visando informações que possam contribuir para entendimento dos aspectos genéticos dentro de ribeirões Neotropicais e para futuras ações de manejo e conservação destes ambientes.

Integrantes: Silvia Helena Sofia - Coordenadora / Bruno Ambrozio Galindo / Dhiego Gomes Ferreira

Financiador(es): CAPES

Período: 2017-atual

Caracterização da estrutura genética de Sotalia guianensis (Van Bénéden, 1864) (Cetartiodactyla: Delphinidae) do litoral do Paraná, Brasil

Descrição: Apesar da sua grande importância ecológica e econômica, os cetáceos vêm sofrendo cada vez mais com as atividades humanas, devido à crescente exploração dos recursos e degradação do seu habitat natural. Sotalia guianensis, segundo a IUCN (International Union for Conservation of the Nature) é considerada uma espécie como data deficiente, ou seja, não há atribuição de um nível de ameaça. Essa classificação mostra a necessidade de se realizar mais estudos sobre a espécie, tal como estrutura e tamanho populacional, magnitude de mortalidades acidentais e diversidade genética. Diante das diversas ameaças antrópicas que S. guianensis vem sofrendo, a conservação da espécie se mostra uma atividade necessária. Para o desenvolvimento de teorias e práticas conservacionistas, é essencial a realização de estudos envolvendo a variabilidade genética. Contudo, as ameaças aos cetáceos se modificam constantemente ao longo do tempo, dessa forma, as medidas de conservação devem ser frequentemente reavaliadas e novas estratégias devem ser desenvolvidas para enfrentar as ameaças que antes não eram reconhecidas ou inexistentes. Ainda não foi realizado nenhum estudo genético envolvendo as populações de S. guianensis da região do Complexo Estuarino de Paranaguá. Assim, dados genéticos obtidos através de marcadores moleculares (microssatélites e DNAmt), podem fornecer informações importantes para os estudos de conservação.

Integrantes: Fernanda Simões de Almeida - Coordenadora / Camila Domit

Período: 2015-atual

Estrutura genética da tartaruga verde (Chelonia mydas) do litoral do estado do Paraná

Descrição: As tartarugas marinhas são adaptadas para permanecer durante seu maior período da vida em ambiente aquático, resultado em grandes modificações na fisiologia e morfologia, como nas nadadeiras e casco. Atualmente são descritas sete espécies com distribuição circumglobal (águas tropical e subtropical), que migram grandes distâncias entre as regiões de alimentação e nidifição, o que aumenta a importância da conservação dos oceanos como um todo. Chelonia mydas ou tartaruga verde é uma das cinco espécies que ocorrem no litoral do país; são animais herbívoros que possuem regiões de desova e alimentação no litoral do brasil, sendo elas altamente influenciadas pela ação antrópica, como a perda de habitat, poluição e captura acidental em redes de pesca. Na região do Complexo Estuarino de Paranaguá (CEP) é identificada a presença de uma população de tartarugas verdes, sendo o objetivo desse trabalho identificar as características genéticas e os haplótipos relacionados a origem de cada indivíduo baseado em dados já publicados de acordo com a análise de um fragmento da região controle do mtDNA. Com isso, espera-se obter informação sobre a população dessa área de alimentação servindo como base para próximos projetos e planos de conservação relacionados à espécie.

Integrantes: Fernanda Simões de Almeida - Coordenadora / Camila Domit

Período: 2015-atual

Dinâmica populacional, biologia reprodutiva e cultivo de Aegla lata (Crustacea, Anomura) uma espécie com elevado risco de extinção

Descrição: Aegla lata é um caranguejo anomura, pertencente à família Aeglidae, composta por animais de ambientes dulcícolas, hábitos bentônicos e distribuição restrita às regiões temperadas e subtropicais da américa do sul. Esta espécie, registrada anteriormente apenas para o rio Tibagi no município de ponta grossa, foi mencionada na literatura científica como não mais encontrada em sua restrita área de ocorrência no ano de 2004 e posteriormente considerada extinta na natureza no ano de 2009. No entanto, estes autores desconheciam que a espécie havia sido capturada no ano de 2006 em dois riachos na área do Parque Estadual Mata dos Godoy (PEMG), no município de londrina. Este novo registro, portanto, altera o status de conservação e amplia a distribuição geográfica original da espécie. Os animais do gênero Aegla por habitarem águas correntes e bem oxigenadas são muito suscetíveis às perturbações ambientais antrópicas, que acarretam em redução de suas populações e até mesmo o risco de extinções locais. Os riachos do PEMG, únicos lugares onde a espécie é encontrada na atualidade, são cursos d´água de pequeno porte e sofrem consideráveis variações sazonais no volume de água, além de sofrerem influência dos ambientes agrícolas adjacentes ao parque. Estudos ecológicos e populacionais sobre A. lata são inexistentes e, portanto, faz-se necessário adquirir informações sobre suas populações remanescentes, visto o risco de que a espécie desapareça antes mesmo que sua biologia possa ser compreendida. Este projeto tem como objetivo descrever a estrutura populacional e a biologia reprodutiva de A. lata e as possíveis influências de fatores ambientais como temperatura, ph, oxigênio dissolvido e granulometria do sedimento, além de avaliar as possibilidades de cultivo e reprodução em cativeiro, visando reduzir o risco de extinção da espécie.

Integrantes: Gustavo Monteiro Teixeira - Coordenador / Silvia Helena Sofia / Lenice Souza Shibatta

Financiador(es): CNPq

Período: 2013-atual

__Mata Atlântica do Norte do Paraná - MANP

Descrição: Esta proposta de sítio PELD foi aprovada na Chamada MCTI/CNPQ/FAPS nº 34/2012 -Programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração - PELD (Chamada 34/2012), e consiste em um conjunto de amostras distribuídas em fragmentos florestais e sítios de restauração ecológica (reflorestamentos com espécies nativas) situados na região de Londrina, norte do estado do Paraná. Todos os fragmentos e reflorestamentos já foram amostrados em diferentes momentos por pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (UEL), e situam-se em uma região homogênea em termos de vegetação original, solos, clima e histórico de ocupação. é importante mencionar que entre os reflorestamentos há um importante conjunto de sítios implantados de maneira controlada (técnica de implantação, rol de espécies empregadas, solo, topografia, altitude, etc) junto ao reservatório de Capivara. A proposta de estudo visa monitorar tanto a dinâmica de longo prazo nos fragmentos florestais quanto a evolução dos reflorestamentos, integrando os resultados num conjunto único de informações sobre a paisagem regional da Mata Atlântica. Um fragmento florestal foi selecionado como área de referência, por ser o maior e mais bem conservado da região, contendo uma unidade de conservação (Parque Estadual Mata dos Godoy) que está entre as mais bem estudadas do estado do Paraná, bem como foi adotada uma referência externa, contanto com área bastante maior, o Parque Nacional do Iguaçu, em condições de clima e solo similares às da região de Londrina. No total, entre os fragmentos selecionados estão cinco unidades de Conservação de Proteção Integral Públicas e duas RPPNS. A proposta inclui monitoramento de longo prazo de processos do ecossistema, comunidades vegetais, populações de vegetais selecionados, fauna de vertebrados e invertebrados. A condição biogeográfica peculiar, bem como o elevado grau de ameaça da floresta estacional (o maior entre os ecossistemas da Mata Atlântica) combinado com a predominância de uma das atividades econômicas mais importantes do país (a sojicultura e culturas associadas) contribuem para a relevância estratégica desta proposta de sítio PELD. Iniciativas de proteção dos remanescentes e restauração dos sítios degradados têm sido apontadas como incontornáveis, tanto para a conservação da biodiversidade quanto dos serviços ambientais, mas as condições atuais observadas, nas paisagens da Mata Atlântica em particular, e no planeta, com as mudanças climáticas, lançam dúvidas sobre a dinâmica de longo prazo tanto dos fragmentos de habitat remanescente, quanto sobre a trajetória sucessional das áreas em restauração. Assim, dada a importância ecológica, social e econômica de conservar a Mata Atlântica nas paisagens fortemente transformadas do centro-sul do Brasil, bem como de restaurar, da melhor forma possível, os sítios degradados, é preciso monitorar em longo prazo o comportamento de variáveis estruturais e funcionais dos ecossistemas, de forma a (i) melhorar o conhecimento ecológico disponível sobre os padrões e processos vigentes nas paisagens atuais e em escalas de tempo maiores, e (ii) subsidiar, em tempo real e de forma adaptativa, o manejo das áreas remanescentes e em recuperação.

Integrantes: José Marcelo Domingues Torezan - Coordenador / Silvia Helena Sofia

Financiador(es): CNPq / Fundação Araucária / CAPES

Período: 2013-atual

Laboratório de Genética e Ecologia Animal | LAGEA©2015
Universidade Estadual de Londrina
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Cx. Postal 10.011 | CEP 86.057-970 | Londrina - PR | Fone: (43) 3371-4437

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