Caro leitor, ressaltamos que as simulações abaixo exibidas foram realizadas com base nas seguintes premissas:
(a) partimos dos dados publicados pela prefeitura, divulgados via os
boletins diários,
objetivando calibrar os parâmetros de nosso modelo;
(b) implementamos o modelo matemático epidemiológico SEIR para simular o espalhamento de COVID-19;
(c) partimos da data 27/04/2020, por conta do novo formato adotado pela prefeitura, e realizamos diversas simulações, de 14 em 14 dias, para descrever como as ações tomadas pela sociedade se contrapoẽm à doença.
(d) admitimos no modelo, a partir da data 05/03/2021, a existência de pessoas vacinadas com eficácia de não contaminação da ordem de 50%.
Além disso, as simulações nos dão uma visão de como está ocorrendo, qual a dinâmica do espalhamento da COVID-19 em Londrina-PR. Objetivamos trazer uma visão científica de como se manifesta a infecção da população por COVID-19.
Infectados Atuais versus Vacinados: Na imagem abaixo ressaltamos o início da vacianação em 20/01/21. Tomamos como referência que a população de Londrina é de 569.733 habitantes. Calculamos os valores relativos da população que recebem a 1a, 2a e 3a doses de imunizantes. Desta forma, monitoramos a evolução, ao longo do tempo, da imunização da população. Observe na imagem a evolução da Porcentagem da População Vacinada em contraste com os Infectados Atuais-Escala log.
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Com base nos dados dos boletins divulgados pela prefeitura e as nossas simulações,
o período de 20/01/21 a 25/10/21 indica que:
as vacinações provavelmente estão induzindo a diminuição do número de infectados atuais.
Pico da COVID-19: Acessando o vídeo abaixo você verá a atualização de infectados atuais. Consideramos a data 27/04/2020 como o dia 0 (ZERO) de nossa contagem. Nesse dia tomamos o valor de 99 confirmados e descontamos dele 68 recuperados e 13 óbitos, o que resultou em 18 infectados atuais. Os circulos referem-se ao número destes infectados atuais. As linhas contínuas coloridas são as nossas simulações. Aplicamos uma mudança de escala no eixo vertical para melhor visualização do pico da doença. Veja que a localização do pico ao longo do tempo, e seu valor, não são fixos. Isso acontece porquê a sociedade londrinense reage contra a doença ao longo do tempo.
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Com base nos dados dos boletins entre as datas 12/10/2021 - 25/10/2021 e as nossas simulações,
o último quadro do vídeo mostra que o pico teria ocorrido em 24/08/2021,
e temos como tendência futura
uma diminuição nos casos de infecção.
Taxa Rt: Acessando o vídeo abaixo você observará a dinâmica da taxa de transmissão Rt por fatias de tempo de 14 em 14 dias. O eixo vertical refere-se a evolução de valores Rt com o passar dos dias. Observe, por exemplo, que em 23/05 o valor de Rt foi estimado em 4.851. Isto significa que 1 (uma) pessoa infectada tinha o potencial de transmitir a doença para aproximadamente 5 outras pessoas. O objetivo principal é mobilizar políticas para manter Rt < 1 ao longo do tempo, o que significa potencializar a extinção da doença na população.
Correlação: Acessando o vídeo abaixo você observará que nossa metodologia é atualizada de 14 em 14 dias. Utilizamos esta prática porquê o ciclo mais comum da doença em uma pessoa, na média, ocorre em 14 dias. O eixo vertical refere-se ao número de infectados atuais com o passar dos dias. Neste vídeo não foi necessária a mudança de escala no eixo. Observe que reações da sociedade em relação a COVID-19 conduz a uma mudança abrupta de tendência, ou seja, induz o aumento ou a diminuição da doença na população.
Compartimentação: Acessando o vídeo abaixo você verá a evolução dos compartimentos: Suscetíveis, Expostos, Infectados e Removidos. "Suscetíveis" é o compartimento daqueles que podem contrair a doença. "Expostos" é o compartimento das pessoas que entraram em contato com o vírus SARS-COV-2 que manifesta a doença COVID-19. "Infectados" é o compartimento daqueles que vivenciam os principais sintomas da doença ou são assintomáticos, e que podem espalhar a doença para outras pessoas sadias. Finalmente, "Removidos" é o compartimento de pessoas que vieram a óbito ou foram reuperadas, ou ainda foram imunizadas conforme descrito na premissa (d) no início deste texto. O número de recuperados é substancialmente maior que o de óbitos.
26/10/2021 - última simulação a ser divulgada