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21/05/2020  

Ação do SEBEC conecta e auxilia estudantes via roda de conversa online

Agência UEL/Reinaldo C. Zanardi

(Divulgação/SEBEC)

Suspensão do calendário acadêmico, prorrogação do período de realização do curso, transformações da dinâmica na relação ensino e aprendizagem, isolamento social. Essas são mais do que palavras para os estudantes de vários níveis de ensino, incluindo os de graduação e pós-graduação de todo o país, que vivem futuro incerto por causa da pandemia de COVID-19, causada pelo coronavírus.
Nesse sentido, o Serviço de Bem-Estar à Comunidade (SEBEC)  da UEL realiza nesta quinta-feira (21), às 19 horas, a roda de conversa online "Estudantes frente à pandemia: tempos incertos?", voltada para estudantes da instituição. Os interessados precisam fazer a inscrição pelo e-mail psicologia.sebec@uel.br. A transmissão será via Google Meet e os inscritos receberão o link para acesso à atividade.
A roda de conversa será liderada pela psicóloga do SEBEC, Carla Pagnossim, e por Baruana Calado, mestre em Ciências Sociais. "Nosso objetivo é trazer os estudantes para falarem sobre suas preocupações e juntos buscarmos caminhos. É importante que eles saibam que muito dilemas que têm enfrentado nesse período estão além da esfera pessoal e podem, devem ser pensados coletivamente", afirma Baruana Calado. "Juntar-se para elaborar essas questões é um modo de enfrentar as dificuldades do momento".
A psicóloga Carla Pagnossim afirma que tem escutado de forma recorrente, durante o período de isolamento social, relatos que mostram insegurança, ansiedade e medo. "São sentimentos comuns que a gente tem, normais. Importantes para a gente se proteger". No entanto, ela diz que esses sentimentos comuns estão aliados ao imponderável. "[tudo isso] somado a uma insegurança política, de gestão de governo, acaba acarretando alguns sintomas que são prejudiciais. O medo exagerado traz ansiedade, tristeza e estresse".
Ela lembra também que o ritmo da sociedade atual é agitado demais e que o isolamento social impôs - para quem não tem atividade essencial - uma mudança abrupta de rotina. "Nossos corpos tiveram que ficar parados, mas a cabeça não pára. Ao contrário, a cabeça está com muito mais coisa, muito mais agitação, acarretando uma ansiedade muito grande".
A psicóloga Carla Pagnossim lembra que não é possível controlar o que não tem controle e que não há dicas, mas diz que é preciso pensar em um processo de enfrentamento aos problemas decorrentes dessa situação. Questionar-se sobre o que se pode fazer individual e coletivamente, ser solidário com quem é mais vulnerável, construir uma rede de união e laços de qualidade são alguns dos caminhos. Confira o áudio.

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