O professor Felipe Arruda Moura, do Departamento de Ciências do Esporte do Centro de Educação Física e Esporte (CEFE), e a estudante de doutorado Juliane Cristina Leme representam o Projeto Hígia, ação mundial que desenvolve e distribui protetores faciais, o chamado face shield. Juliane Cristina Leme é orientanda de Moura, no Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física, mantido pela UEL e Universidade Estadual de Maringá (UEM).
O professor Felipe Arruda Moura explica que o Projeto Hígia é uma iniciativa de um grupo de mulheres na impressão 3D de protetores faciais. O grupo conta com parceiros da iniciativa pública e privada. "Esse projeto visa a impressão 3D de protetor facial - tipo face shield - para reduzir a contaminação das equipes de saúde e de pacientes por meio da troca de gotículas em ambiente hospitalar no Brasil e no mundo".
A representante do Brasil dessa iniciativa é a professora Marua Elizete Kunkel, da Universidade Federal São Paulo (Unifesp), coorientadora da doutoranda Juliane Cristina Leme. "Foi minha aluna e orientanda que começou a organizar as atividades por aqui", ressalta Felipe Arruda Moura. O protetor consiste em um acessório, que permite o encaixe de uma folha de acetato, que cobre totalmente o rosto da pessoa, impedindo a troca de fluídos. A parte traseira pode ser fixada com qualquer tipo de elástico.
O professor explica que para a realização do projeto, em Londrina, foram arrecadados - por meio de doações - folhas de acetato, elástico e cerca de R$ 1.200. Com o recurso financeiro foi adquirido o filamento, material plástico utilizado na impressora para fazer a haste do protetor; cola, utilizada para manter a haste presa a mesa de impressora, durante a impressão; álcool 70º, para limpar acetato, a haste e o elástico; sacos plásticos para embalar os protetores; manutenção da impressora.
O total de 186 protetores foram entregues para entidades de Londrina e região (FOTO: Divulgação)
Produção - Até o momento - com apenas uma impressora 3D - foram produzidos cerca de 250 protetores Hígia, dos quais 186 já foram entregues para o Hospital Norte Paranaense (HONPAR), em Arapongas); em unidades básicas de saúde de Londrina região; e para profissionais como médicos, veterinários, fisioterapeutas, dentistas e, também, policiais militares e agentes funerários. O restante será entregue para hospitais e clínicas nos próximos dias. "A produção continuará para caso haja novos pedidos", avisa o professor.
Conforme Felipe Arruda Moura, no Brasil e no mundo já foram fabricados - por iniciativa desses grupos - quase 30 mil protetores faciais por meio da impressão 3D, que são exclusivamente doados para instituições que estão na linha de frente de combate à COVID-19, causada pelo coronavírus.
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