Professores do Departamento de Morfologia, do CCB, apresentaram a proposta à Pró-reitoria de Graduação (PROGRAD)
O Departamento de Morfologia, do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UEL, está iniciando um projeto para substituir o tradicional formol por solução salina na conservação dos cadáveres e das peças utilizadas para estudos de anatomia humana e animal. A conservação em sal é considerada menos tóxica para estudantes, professores e servidores que estudam e trabalham no Departamento, além de trazer vantagens na conservação das peças, o que deverá melhorar a qualidade das aulas.
Para se ter uma dimensão da importância do Departamento, estudantes de pelo menos 13 graduações das áreas de Saúde, Biológicas e Agrárias utilizam os laboratórios da Morfologia, ciência que estuda a forma ou parte dos seres vivos, incluindo as áreas de Anatomia (visão macroscópica) e da Histologia (visão microscópica).
Os professores do Departamento apresentaram a proposta à Pró-reitoria de Graduação (PROGRAD), na última sexta-feira (21). A pró-reitora, Marta Favaro, acompanhada da Diretora de Assuntos Acadêmicos, professora Maria Elisa Cestari fizeram uma visita aos laboratórios para conhecer detalhes do projeto. Os professores explicaram que as atividades nos laboratórios são diárias, com aulas e procedimentos que chegam a durar mais quatro horas seguidas. A substituição do formol por sal deverá trazer maior conforto para as aulas, uma vez que o produto é considerado bastante nocivo ao organismo.
Os professores Célia Fornaziero, Leandro Martins e Marna Sakalem explicaram que a proposta está sendo implementada de forma gradual. O professor Leandro traz a experiência de ter trabalhado com peças de animais conservadas em sal, no Departamento de Morfologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Ele esclarece que existe uma literatura farta sobre o tema e que as vantagens estão ligadas ao maior conforto para experimentos, procedimentos e aulas. Outro fator favorável é que o uso de solução salina traz vantagens na conservação das peças.
Tecnologia - Outra inovação que é gradualmente implementada é a utilização de QR Code em peças utilizadas nas aulas práticas de anatomia. Segundo a professora Marna, o QR Code permitirá que o aluno acesse informações pelo telefone celular, tendo em mãos um roteiro completo dos elementos visíveis que aparecem dissecados na peça. Dessa forma, a tecnologia será utilizada para auxiliar o aprendizado e a compreensão.
O Departamento de Morfologia da UEL mantém acervo completo e diferenciado, com mais 100 cadáveres para estudo, além das chamadas reduções ou peças humanas e de animais. Daí a importância em melhorar metodologias e implantar novas tecnologias para o estudo de anatomia, com foco na qualidade de ensino e de pesquisa. Integram o Departamento os seguintes professores, Eddy Krueger, Eduardo Tonani, Eduardo Veiga Neto, Leandro Martins, Marcelo Morgueti, Rodrigo Sella, Vilma Babboni, além dos professores Célia Fornaziero, Leandro Martins e Marna Sakalem, envolvidos com o projeto para conservação de peças com solução salina.
