Ranking QS América Latina aponta UEL como melhor estadual do sul
Agência UEL
A Universidade Estadual de Londrina (UEL) é a melhor universidade estadual do sul do Brasil, conforme o Regional Rankings Latin America 2020, promovido pela consultoria britânica QS World Universitty Rankings. Considerando as estaduais do país, a UEL está no 5º lugar, atrás apenas das instituições Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista (UNESP) e Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). O resultado completo do ranking pode ser consultado no endereço - QS.
Considerando o ranking de 2019, divulgado no ano passado, a UEL conseguiu melhorar 16 posições. Passou da 102ª colocação para a 86ª posição. O ranking considera 400 universidades latino-americanas. No estado, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) ficou em 32º lugar - única pública do estado à frente da UEL; a Universidade Estadual de Maringá (UEM) está em 92º e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) em 132º.
A professora Elisa Tanaka Carloto, diretora de Avaliação Institucional da Pró-Reitoria de Planejamento (PROPLAN), explica que o ranking leva em consideração oito critérios de avaliação: reputação acadêmica, empregabilidade, proporção professor/estudante, qualificação docente, citações por artigo, artigos por instituição, internacionalização e impacto na web.
Os critérios nos quais a universidade melhorou suas notas são os que tratam da empregabilidade, citação por artigo, artigos por instituição e capacitação docente. No item empregabilidade, a UEL melhorou sua nota na relação com o mercado, conforme destaca a professora Elisa Tanaka Carloto. Para ela, isso denota a credibilidade que a instituição tem com os empregadores.
No item citações por artigo, a nota da UEL passou de 48,5 (2019) para 60,6 (2020) e os artigos por instituição, a nota foi de 73,8 (2019) para 76,2 (2020). Já no item qualificação docente, a UEL conseguiu 100, a nota máxima, contra 99,7 de 2019. A professora Elisa Tanaka Carloto comenta que essas notas refletem a qualidade docente da universidade. Confira o áudio.
A professora Elisa ressalta, também, como destaque o processo de internacionalização (rede internacional de pesquisa) da universidade com a publicação de artigos científicos em revistas de base de dados mundial. Neste critério, a UEL saiu de uma nota 37,3, em 2019, para 60, em 2020, um aumento superior a 60%. Os dados coletados consistem nos trabalhos publicados nos últimos seis anos.
O Regional Rankings Latin America avalia apenas as instituições que publicaram, no mínimo, 150 artigos na base de dados Scopus. Conforme a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), a Scopus "é a maior base de dados de resumos e citações de literatura revisada por pares, com ferramentas bibliométricas para acompanhar, analisar e visualizar a pesquisa". A base contém mais de 22 mil títulos de mais de 5 mil editores em todo o mundo, "abrangendo as áreas de ciência, tecnologia, medicina, ciências sociais e artes e humanidades. Além disso, contém mais de 55 milhões de registros que remontam a 1823".
Indicadores - O QS Ranking aponta para indicadores que precisam ser melhorados e o exemplo é o critério que trata da proporção professor/estudante. Conforme a professora Elisa, um número maior de professores por aluno revela-se como indicador de comprometimento da instituição com o ensino e sua qualidade. Em virtude da não reposição de professores efetivos, por não ser aprovada a realização de concurso público - nos últimos anos - a nota da UEL neste critério caiu. Em 2018, a UEL teve nota 73,3, caiu para 63,5 (2019) e 63,2 (2020). Só no período de 2018 a 2020, a queda foi de quase 13,5%.