Ex-aluno da UEL, Maurício Mantoani, atualmente pós-doutorando na University College Dublin (UDC) (Irlanda)
O biólogo e pesquisador Maurício Mantoani, atualmente pós-doutorando na University College Dublin (UDC), na Irlanda, esteve no Campus Universitário nesta sexta-feira (4) para ministrar palestra aos estudantes do curso de Ciências Biológicas, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), e também visitou os professores que fizeram parte da sua formação acadêmica.
A trajetória do pesquisador chama atenção porque teve início na UEL, quando ele ainda era adolescente, aos 15 anos de idade. O primeiro contato com o mundo acadêmico foi por meio da Iniciação Científica Júnior, destinado a alunos do Ensino Médio de escolas públicas. Em seguida, o jovem cursou graduação e mestrado na UEL, depois seguiu para o doutorado na University College Dublin, no ano de 2015.
Hoje, aos 31 anos, ele relembra a trajetória percorrida e reconhece a forte ligação com a UEL. "Não consigo voltar para Londrina e não vir à UEL", afirma. Maurício conta que as pesquisas na IC Júnior foram conduzidas junto ao Laboratório de Biodiversidade e Restauração de Ecossistemas (LABRE), época em que o jovem era estudante do Ensino Médio, no Colégio Estadual Vicente Rijo. Ele foi orientado pelo professor José Marcelo Domingues Torezan, do Departamento de Biologia Animal e Vegetal, do CCB, e pela bióloga Alba Lúcia Cavalheiro.
Ele conta que seguiu da graduação direto para a pós-graduação, inclusive o mestrado na área de Botânica, com orientação do professor José Marcelo Torezan. Conseguiu uma bolsa de estudos pelo Programa Ciência sem Fronteiras e foi para Dublin fazer o doutorado. Na pesquisa, o jovem estudou como as mudanças climáticas podem interferir na retroalimentação de ervas daninhas. Atualmente, no pós-doutorado, ele analisa a espécie de grama azevem relacionada também às mudanças climáticas.
Intercâmbio - O pesquisador vai contar um pouco desta trajetória aos estudantes do curso de Ciências Biológicas, com o objetivo de mostrar que o intercâmbio é uma alternativa viável para todos eles. Maurício conta que, a partir da experiência no exterior, pretende aconselhar os alunos sobre a importância da Língua Inglesa. "Demorei para aprender inglês, comecei só aos 25, e isso dificultou um pouco". Para ele, o contato direto com estudantes é uma forma de retribuir o que foi proporcionado pela Universidade ao longo dos últimos anos. Já no que diz respeito à formação acadêmica, ele aponta o maior aprendizado: "A UEL me ensinou a pensar".
Após anos fora do país, o jovem pesquisador precisa voltar para o Brasil devido aos critérios do Programa Ciência sem Fronteiras. Segundo ele, o objetivo para a carreira é ser professor universitário. "Quero ser professor, porque sou apaixonado pelo que faço. E se for na UEL, melhor ainda", reitera Maurício Mantoani.