A desigualdade econômica, social e o preconceito são fatores que podem gerar sofrimento psíquico para segmentos afetados pela situação de vulnerabilidade. Entre os estratos sociais, incluídos nessa realidade, estão a população negra, a indígena e os públicos que envolvem a questão de gênero e a orientação sexual. Por isso, o Serviço de Bem-Estar à Comunidade (SEBEC) da UEL realiza a mesa-redonda "Sofrimento psíquico, suicídio e questões sociais".

"O evento é direcionado à comunidade interna, mas a comunidade externa também pode participar", lembra a psicóloga Carla Maria Canalle Pagnossim, do serviço de Saúde Mental do SEBEC. O evento, a ser realizado na próxima quarta-feira (2), às 19 horas, no Anfiteatro Maior do Centro de Letras e Ciências Humanas (CCH), é gratuito e não há necessidade de efetuar inscrição. "Basta chegar ao local da atividade", comenta Carla.

Para abordar o sofrimento psíquico na interface com as questões sociais, quatro pessoas abordarão diferentes perspectivas. O professor Jefferson Olivatto, do Departamento de Psicologia Social e Institucional, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), vai falar sobre o "Pensamento decolonial para o acolhimento psicológico das populações indígenas". O estudante de Medicina Rodrigo Tupã Luis, que ingressou no curso por meio do Vestibular Indígena, vai abordar o "Índice de suicídio entre populações indígenas".

A estagiária em Saúde Psicologia Nathália Lopes falará sobre o tema "Para além do corpo: leitura dos fatores presentes no suicídio da população negra". A também estagiária em Saúde Psicologia Júlia Corrêa abordará a questão de "Gênero e orientação sexual como fatores que tangem o suicídio". Ambas realizam pesquisas orientadas por professores da UEL.

O debate abrirá, conforme Carla Pagnossim, uma série de atividades que o SEBEC vai realizar durante o mês de outubro, abordando o tema saúde mental. A organização, além do SEBEC, está a cargo do Estágio em Saúde Psicologia, com apoio da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), Comissão Universidade para os Índios (CUIA), Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB) e Programa de Apoio à Permanência (PROPE).