O governo do Paraná disponibilizou, nesta terça-feira (17), R$ 13,7 milhões provenientes do Tesouro Estadual para serem aplicados na manutenção do Hospital Universitário (HU) e para suprir o custeio de atividades acadêmicas da UEL, garantindo o cumprimento de contratos com fornecedores, as refeições no Restaurante Universitário, e regularização de despesas correntes. A liberação dos recursos foi comunicada pelo Superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, professor Aldo Bona, aos reitores das sete Universidades Estaduais. Ao todo, o governo liberou R$ 56 milhões, que correspondem à primeira parte do valor anunciado para o segundo semestre.
Segundo o reitor da UEL, Sérgio Carvalho, os recursos servem para colocar em dia pagamentos de contratos e garantir quitações de despesas previstas para este ano. A UEL vem enfrentando problemas de custeio desde o início de 2019, quando o governo bloqueou parte do orçamento anual, contingenciando recursos da ordem de R$ 8 bilhões em todo o estado, atingindo setores como educação, ensino superior e saúde. Na época, o governo justificou a medida como limitação de despesas para garantir o equilíbrio fiscal.
"Com estes recursos poderemos quitar contratos antigos, garantindo a regularização destas despesas. Ainda há necessidade de liberação de outros valores para fechar as contas do ano, em um cenário de restrições orçamentárias e financeiras", assinala o reitor. Segundo ele, boa parte deverá ir para o HU, que é o maior órgão prestador de serviços da Universidade, considerado Hospital de referência no Paraná.
Ainda de acordo com o reitor, a liberação destes recursos é resultado de um trabalho realizado desde abril passado juntamente com lideranças locais, entre elas os deputados estaduais Tercílio Turini e Tiago Amaral, com respaldo do secretário estadual de saúde, Carlos Alberto Gebrim Preto e do superintendente da Seti, Aldo Bona, que acompanharam de perto todas as negociações. Segundo o reitor, ainda está em negociação com o governo um aporte de recursos para o pagamento de requisições de pequeno valor (RPV), uma vez que a instituição não possui orçamento próprio que possa ser utilizado para este fim.
O Pró-reitor de Planejamento da UEL, professor Mario Sérgio Mantovani, enfatiza que os recursos da ordem de R$ 13,7 milhões serão utilizados exclusivamente para a quitação de contratos pendentes, referente às despesas previstas para o ano de 2019. "Não são recursos novos repassados à UEL, mas o Estado liquidará contas pendentes da UEL com recursos diretos do Tesouro", explica o pró-reitor.