Localizada no estacionamento da COU, estrutura tem 240 pilares e 120 vigas. Elas foram fabricadas pela equipe da PCU
A equipe da Prefeitura do Campus Universitário (PCU) concluiu semana passada a montagem da estrutura, constituída um conjunto de 120 pórticos, formada por 240 pilares e 120 vigas, que vai receber a instalação da usina fotovoltaica, localizada no estacionamento da Clínica Odontológica (COU), no Campus Universitário. Será um sistema fotovoltaico que visa a captação e geração de energia elétrica a partir da incidência solar.
As placas fotovoltaicas deverão ser instaladas sobre a estrutura no máximo até agosto. O resultado será a produção de energia limpa e renovável para todo o Campus Universitário. A ação faz parte do Projeto de Eficiência Energética, em atendimento ao Programa de Eficiência Energética da ANEEL/COPEL.
A estrutura totaliza dois mil metros quadrados de área construída. Com a colocação das placas, o estacionamento da COU contará com 114 vagas semicobertas. Cada vaga tem três metros de altura, três metros de largura e cinco metros de profundidade.
A fabricação das peças de concreto foi realizada na própria PCU, com utilização de mão de obra da UEL para fabricação, transporte e montagem. De acordo com o prefeito do Campus Universitário, Gilson Bergoc, a fabricação própria gerou uma grande economia. Os gastos, orçados inicialmente em R$ 300 mil, foram reduzidos ao valor de R$ 91.300, entre materiais e mão de obra, ou seja, uma economia de quase 70% na estrutura completa.
Equipe da PCU responsável pela fabricação, transporte e montagem das vigas
"Tudo foi feito aqui na PCU. Isso gerou economia para a Instituição, melhorando o uso do dinheiro público", disse. Ainda segundo Gilson Bergoc, a área escolhida para a instalação da usina fotovoltaica é ampla, aberta, sem sombreamento e com grande incidência solar durante todo o dia. A energia gerada será inserida na rede elétrica do Campus, em média tensão (13.200V) por meio de um transformador que proporcionará a diminuição dos custos com a fatura de energia elétrica, uma vez que parte da energia consumida será gerada pela própria Universidade.
O servidor Osvaldo Conceição Berto, encarregado da Seção de Pré-moldados da PCU, liderou a equipe de cinco servidores para a fabricação das peças estruturais. Ele destaca que foi bastante trabalho nesses últimos dois meses para a fabricação dos pilares e vigas de concreto armado. "Eram 15 servidores aqui (na fábrica de pré-moldados da PCU/UEL) e hoje somos cinco. Graças ao empenho de todos conseguimos fazer a estrutura", afirma. Osvaldo reconhece a utilidade do trabalho feito por eles em benefício da Universidade, como forma de economia de energia em futuro próximo.
Prefeito do Campus Universitário, Gilson Bergoc, destaca economia de recursos na fabricação do pórtico
Projeto de Eficiência Energética - Aprovado na Chamada Pública COPEL VPDE 001/2017, em atendimento ao Programa de Eficiência Energética da ANEEL, a UEL foi contemplada com R$ 4,9 milhões para aplicar nos projetos de Eficiência Energética Prioritário (PEE) e de Pesquisa e Desenvolvimento Estratégico (P&D).
Com ênfase na economia de energia e seu uso eficiente, o Projeto de Eficiência Energética da UEL prevê investimentos no valor de R$3 milhões em ações que são implementadas no Campus. Além da instalação da usina fotovoltaica, está em fase de conclusão uma unidade geradora de energia elétrica a biogás que será produzido em biodigestores, localizados na Fazenda Escola, e ações de substituição de lâmpadas, condicionadores de ambiente e destiladores de água, por equipamentos mais eficientes e de menor gasto energético, gerando economia no consumo de energia da Universidade e até de água, como é o caso dos destiladores.
O Projeto de P&D tem como foco a utilização de resíduos produzidos na Fazenda Escola, do Centro de Ciências Agrárias (CCA), e do Restaurante Universitário (RU), para gerar energia elétrica por meio de um conjunto moto-gerador. A energia elétrica gerada também será inserida à rede do Campus Universitário. O investimento total do P&D é de R$1,9 milhões para compra de material de consumo, equipamentos e estruturas, além de bolsas de estudos para estudantes de graduação e pós-graduação.