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12/06/2019  

Biobanco acumula 300 dentes humanos doados por pacientes

Agência UEL

Captação é realizada com autorização do paciente

Você sabia que cada dente humano é um órgão e quando retirado pode ser doado para pesquisas e práticas de ensino? É justamente a função do Biobanco de Dentes Humanos (BDH), da Clínica Odontológica Universitária (COU) da UEL, que já acumula 300 dentes doados por pacientes da própria COU. 

Todo trabalho de coleta dos dentes começou em março deste ano. A captação é realizada com autorização do paciente, que passou por procedimentos realizados em quatro pontos de coleta na COU, no Campus Universitário. Os dentes recolhidos são estocados em refrigeradores, mergulhados em líquido para esterilização e hidratação.

Eles serão usados em práticas de ensino dos alunos do curso de Odontologia, do Centro de Ciências da Saúde (CCS). Por outro lado, a expectativa é investir em pesquisas com dentes humanos, inclusive na área de células-tronco - como já é feito em outros 64 bancos vinculados às principais faculdades de Odontologia do país.

Projeto - Cadastrado como projeto de extensão e ligado ao Departamento de Odontologia Restauradora, o Biobanco de Dentes é coordenado pelo professor Wagner José Silva Ursi, do Departamento de Odontologia Restauradora. Fica no antigo prédio da COU, que funciona na Rua Pernambuco, nº 540 (Centro), junto ao Laboratório de Ensino e Pesquisa.

Segundo o professor, a etapa agora é reunir uma quantidade maior de dentes e disponibilizar para as práticas de ensino dos alunos do 1º e 2º anos do curso. Hoje, os alunos utilizam dentes de acrílico e, até mesmo, de boi para o treinamento de diversos procedimentos, com o objetivo de adquirir habilidades motoras essenciais para a prática profissional.

Um dos motivos para utilizar dentes de animais e protótipos é que atividades e pesquisas que envolvem dentes humanos só podem ser realizadas com aprovação do Conselho de Ética. Ursi, porém, afirma que há diferença em realizar procedimentos com esses dentes e com o dente humano. Ele explica que em dentes feitos de acrílico, por exemplo, não é possível tratar uma cárie real. Já o dente de boi, embora apresente a dentina, camada mais interna do dente, tem composição diferente da humana.

Professor Wagner Ursi, do Departamento de Odontologia Restauradora, responsável pelo Biobanco da UEL

Sem dúvida, conforme ressalta o professor, com um estoque maior, será possível formar moldes móveis com dentes humanos, em que o aluno poderá treinar com mais precisão antes de começar o atendimento em pacientes na Clínica Odontológica, já a partir do 3º ano do curso. Outro ponto, segundo o professor, é a segurança no recebimento desse material, que será entregue devidamente esterilizado e pronto para uso. "Com o Biobanco vamos suprir uma lacuna na prática de ensino junto ao aluno do curso", afirma Ursi.

Futuro - A etapa futura será em pesquisas e projetos em dentes humanos. Para os estudos com células-tronco, em específico, é necessária a coleta de dentes decíduos, conhecidos como dentes de leite. Wagner Ursi explica que este tipo de dente possui uma polpa, local em que as células-tronco são encontradas.

As primeiras pesquisas com a célula-tronco da polpa dentária no país apontaram que elas eram capazes de acelerar o processo de regeneração óssea do crânio. Atualmente, essas células têm sido usadas também em estudos sobre doenças genéticas como fissuras lábio-palatinas (FLP) e autismo. Esses trabalhos também mostram que uma das vantagens da utilização da polpa dentária é que o procedimento é minimamente invasivo, quando comparado a outros que retiram a célula-tronco de fontes como o cordão umbilical e medula óssea.

Alunos do curso de Odontologia, do CCS, em aula prática

Coleta - O Biobanco de Dentes Humanos (BDH) faz a coleta dos dentes todas às quintas-feiras, nos procedimentos realizados no Pronto Socorro 24 horas, Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) e nos Ambulatórios dos 4º e 5º anos do curso.

Além disso, recebe também a doação de todos os tipos de dentes, sejam eles sadios, restaurados, cariados, fraturados, permanentes ou decíduos, independentemente do tempo e do modo como foram guardados. Interessados em fazer a doação podem entregar o material na COU, no Campus Universitário, em um dos quatros pontos de coleta.

Ursi lembra ainda que dente também é um órgão e precisa da autorização legal do paciente para ser utilizado no ensino e na pesquisa. Portanto, a doação é enquadrada na Lei de Transplantes (Lei 9.434/97), como os demais órgãos do corpo humano.


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