Professoras permaneceram 10 dias na Ilha de Bubaque

As professoras Vera Lúcia Bahl e Patrícia Oliveira da Silva, do Departamento de Biologia Geral, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), recentemente retornaram da África Ocidental onde participaram como convidadas do V Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e de Comunidades de Língua Portuguesa, realizado na Ilha de Bubaque, no Arquipélago de Bijagós, na República de Guineau Busseau.

A viagem, custeada com recursos das próprias das professoras, teve o objetivo de conhecer mais da cultura africana, visando futuros projetos a serem desenvolvidos naquela região. As duas professoras retornaram no último dia 25 de abril, depois de mais de 10 dias de viagem, com direito a apresentações no Congresso, visitas e investigações. 

O Congresso reuniu cerca de 450 pesquisadores de cerca de 10 países da América Latina e África e teve o objetivo de debater metodologias para a formulação de políticas que fortaleçam a educação ambiental nos países Lusófonos, além de difundir a produção científica em português. A iniciativa foi da Rede Lusófona, entidade que difunde pesquisas focadas na temática ambiental. Este ano o evento teve como tema "Crise Ecológica e Migrações: leituras e respostas da Educação Ambiental".

Professora Patrícia de Oliveira Rosa da Silva em atividade durante o Evento

A professora Patrícia de Oliveira Rosa da Silva integrou a programação oficial do evento em dois momentos. No dia 15 de abril coordenou o minicurso "Uma Carta da Terra da Escola ao V Congresso Internacional De Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa: potencialidades para se repensar a Terra ferida". No mesmo dia ela apresentou o trabalho "O mapeamento socioambiental participativo no jornal escolar de um coletivo jovem".

Já professora Vera Lucia Bahl participou do Congresso com apresentação de dois trabalhos. Nas comunicações orais apresentou o trabalho "Educação Ambiental: conhecer o outro e o entorno", no dia 15 de abril, no período matutino. No dia 18 de abril apresentou o trabalho "Educação Ambiental: biodiversidade em terrários", destacando o reaproveitamento de garrafas pets a partir da produção de hortas suspensas.

Imersão - A programação do evento também incluiu visitas monitoradas e interação com as comunidades do arquipélago de Bigajós, constituído por 88 ilhas situadas ao largo da costa africana, compondo uma área protegida, classificadas pela UNESCO como reserva da biosfera. As professoras observam que, apesar da beleza natural, os cerca de 30 mil habitantes do arquipélago não contam com infraestrutura básica como água encanada, saneamento, energia elétrica e coleta de lixo.

Segundo elas relataram, embora as ilhas tenham o meio ambiente conservado, é fundamental que os habitantes se atentem para a conservação dos recursos naturais. Elas planejam colaborar com professores que atuam lá para o desenvolvimento de projetos de sustentabilidade. Uma das prioridades é informar a população local sobre a separação de resíduos sólidos, sobretudo para evitar a destinação irregular de embalagens plásticas.