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07/03/2019  

Pesquisadores mapeiam cavernas e abrigos no Sudoeste do Paraná

Agência UEL

Levantamento revela potencial turístico das regiões

Projeto de Extensão desenvolvido pelo Departamento de Geociências, do Centro de Ciências Exatas (CCE), realiza pela primeira vez o levantamento de 23 cavidades, sendo 18 cavernas e cinco abrigos, localizados no Sudoeste do Paraná, em cinco municípios - Francisco Beltrão, Enéas Marques, Flor da Serra do Sul, Pato Branco e Manfrinópolis.

O estudo já resultou no mapeamento completo da Caverna do Pau Oco, em Enéas Marques, revelando mais do que belas paisagens. Segundo os primeiros levantamentos, já registrados em artigos científicos, as cavidades paranaenses foram desenvolvidas em paredões basálticos, apresentam ornamentos diversos localizados próximos a rios, córregos e quedas d'água e escondidas em meio à vegetação nativa. A Pau Oco representa a terceira caverna brasileira mapeada, segundo recomendações do Centro Nacional de Cavernas (CNC). A caverna tem 15 metros quadrados de área, apresenta teto baixo, não permitindo que uma pessoa possa ficar em pé no seu interior.

Professor Angelo Spoladore fez no ano passado três expedições para o Sudoeste do PR

O levantamento das cavidades do Sudoeste paranaense é interessante porque revela o potencial turístico de uma região, ao mesmo tempo em que traz luz para em um assunto ainda pouco difundido pela literatura científica. As cavernas estão inseridas em área de basalto conhecida como Serra Geral. Segundo o coordenador do projeto, professor Ângelo Spoladore, cavernas vulcânicas podem ser resultantes do esvaziamento de tubos de lava, que caracterizam o segundo tipo mais comum no mundo.

Em artigo apresentado no ano passado, no Simpósio Nacional de Geografia e Gestão Territorial, realizado na UEL, o professor revelou as primeiras informações do levantamento das cavidades do Sudoeste do Estado. As informações são recentes, dependem de estudos complementares, e de expedições que viabilizem um levantamento mais detalhado.

Estas formações começaram ser reveladas a partir de 2015, como cavernas de basalto no Paraná. Os primeiros levantamentos identificaram a Caverna do Cambota, em Mandaguari, na região no norte, e a Caverna Casa de Pedra, em Palmital, na região central. Posteriormente, em 2016, houve o reconhecimento da Caverna do Pau Oco, que deu início à intensa investigação. O levantamento da região Sudoeste foi possível a partir das atividades do projeto de extensão.

O estudo é realizado com apoio de uma equipe de estudantes de graduação da UEL, além de um colaborador externo, o engenheiro industrial e ambientalista de Francisco Beltrão, Cláudio Loes, responsável pelo levantamento inicial das cavidades. Segundo o professor Angelo Spoladore, no ano passado foram realizadas três expedições para o Sudoeste, com o objetivo de realizar os levantamentos.  

Ele explica que a importância destes estudos está relacionada ao conhecimento da formação da região, além da preservação da vida e das estruturas. Outro aspecto ligado ao conhecimento é a possibilidade de exploração do potencial turístico da região. "Estamos diante de uma grande riqueza", define o professor. 

Preservação - O levantamento das cavidades do Sudoeste partiu da iniciativa do ambientalista Cláudio Loes, que considerou inicialmente relatos da população local e indicações do Centro Nacional de Cavernas. A exploração teve início a partir de 2015, quando ele iniciou a verificação, constatando a existência das cavernas e abrigos. O próximo passo foi buscar apoio de uma instituição de pesquisa que pudesse colaborar com um levantamento mais detalhado. Em contato com a Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE), ele acabou chegando ao professor Angelo Spoladore.

Atualmente o ambientalista atua como colaborador do projeto de extensão. A função dele é encontrar cavidades e realizar os primeiros levantamentos, indicando se é caverna ou abrigo. É ele também que indica a posição geográfica inicial para que a equipe de pesquisadores possa aprofundar as medições. O projeto pretende mapear o maior número possível de cavidades. Para se ter uma dimensão do trabalho, o mapa é como se fosse a planta baixa da caverna, indicando exatamente a entrada, espaço interno, diâmetro e localização.

Já foram catalogadas pelo projeto as seguintes cavidades: Caverna do Pau Oco (Enéas Marques). Toca do Bugre, Caverna do Rio Palmeirinha e Alto da Jacutinga, em Francisco Beltrão, Pedra Lisa, Caverna do Moinho, Caverna da Reserva (Flor da Pedra do Sul). Caverna do Degrau, Caverna do Morcego, Caverna da Gruta, Caverna da Lebre, Caverna do Corvo, do Curucaca e do Tornado, em Marmeleiro, Caverna do Rio Ligeiro (Pato Branco) e Caverna do Paredão e do Beija Flor, em Manfrinópolis.

Formações descobertas a partir de 2015

Potencial - Ainda de acordo com o professor Angelo Spoladore, a região sudoeste paranaense tem grande potencial a ser aproveitado para a prática do ecoturismo, em virtude da existência de áreas rurais com vegetação nativa preservada, rios, cachoeiras, corredeiras e saltos, resultando em belas paisagens inseridas no Terceiro Planalto Paranaense. Os estudos desenvolvidos pelos pesquisadores da UEL sugerem que estas características poderiam servir para lazer, trilhas ou para prática de esportes, bem como o desenvolvimento do chamado turismo científico.  

Ainda segundo os pesquisadores, a educação ambiental tem papel importante para a conservação, o que demandaria esforço conjunto do poder público reconhecendo as potencialidades da região. Os pesquisadores sugerem um novo olhar para os fragmentos florestais nativos ainda existentes, para que sobrevivam e prosperem juntamente com as belezas geológicas e geomorfológicas ainda escondidas.


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