Pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, Amauri Alfieri, aluno Matheus Deroco Veloso da Silva, secretário da SETI, Décio Sperandio
Os alunos da UEL, Matheus Deroco Veloso da Silva (graduação) e Jeniffer Aparecida Machado Lopes (pós-graduação), conquistaram premiações na 31ª edição Paranaense de Ciência e Tecnologia Governador José Richa. A solenidade de entrega do Prêmio foi realizada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior ontem, quarta-feira (19), no Palácio Iguaçu em Curitiba. Além de certificados, os nove vencedores receberam mais de R$ 200 mil em premiação. Na solenidade de entrega do Prêmio, a UEL foi representada pelo pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, professor Amauri Alfieri.
Matheus Deroco Veloso da Silva, do curso de Biomedicina, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), conquistou prêmio na categoria graduação. Ele foi premiado com o estudo "Análise histológica do fígado de ratos wistar tratados com atrazina associada à goethita", e recebeu prêmio no valor de R$ 11.000. Ele tem como orientador o professor Fábio Goulart de Andrade.
Já a mestranda do programa de pós-graduação Engenharia de Edificação e Saneamento, atual pós-graduação em Engenharia Civil, do CTU, Jeniffer Aparecida Machado Lopes, que também é graduada em Engenharia Civil pela UEL, venceu na categoria inventor independente, na área de Engenharias. Ela criou um misturador gradual de fluxos, projeto que visa criar dispositivo de baixo custo, dentro do padrão Minha Casa Minha Vida, que permita o controle de água fria e quente em um único registro. Jeniffer se emocionou ao falar sobre o prêmio. "A vida universitária é muito difícil, estudar o mesmo tema por anos a fio pode ser uma tarefa ingrata. Esse prêmio veio como um grande motivador para eu seguir esse caminho que estava quase desistindo".
Além do aluno da UEL, também foi premiada na categoria graduação a aluna da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Flávia Manente da Silva, com o estudo sobre "Pré-tratamento de águas residuais por meio da eletrocoagulação em um reator em batelada".
O secretário Décio Sperandio, ressaltou a importância de ações como o prêmio que além de reconhecer o importante trabalho de pesquisadores, estudantes, jornalistas e inventores, também estimula a produção científica e tecnológica no estado. "Sabemos da dedicação destes profissionais e precisamos valorizar este trabalho que reflete em benefícios para toda a sociedade. O Paraná vem avançando, significativamente, em Ciência e Tecnologia com contribuições que são fundamentais para o desenvolvimento de um estado e de um país", afirmou.
Os premiados reforçaram a importância de toda a estrutura universitária, alunos, professores, pesquisadores e equipamentos como fatores essenciais à produção de conhecimento científico relevante e de alto impacto. Na categoria pesquisador venceram o professor Celso Vataru Nakamura da Universidade Estadual de Maringá (UEM), na área de Ciências Biológicas, e o professor Marcos Lúcio Corazza da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Engenharias. Nakamura ganhou com o trabalho "A morte celular apoptótica induzida pelo composto A3K2A3 em Leishmania Amazonensis ocorre através da disfunção mitocondrial caspase e ATP dependente". Corazza foi o vencedor com o artigo "Cinética da esterificação etílica de ácido láurico usando montmorillonita (STX1-b) como catalisador".
O professor Nakamura ressalta a emoção de ser premiado aos 39 anos de serviços prestados à universidade às vésperas de sua aposentadoria. "Estou muito feliz e surpreso diante do alcance deste prêmio. Valoriza o trabalho de toda uma vida e fazendo o que eu gosto. Um projeto que teve a participação da minha equipe de trabalho".
Corazza evidenciou a valorização de pesquisas que buscam incentivar o uso de energias renováveis. "Meu trabalho sempre focou no desenvolvimento de processos químicos e propriedades termodinâmicas para produção de biocombustíveis. Desta forma, fomentando processos industriais mais sustentáveis".
Na categoria pesquisador-extensionista, venceram o professor Eduardo Luís Cupertino Ballester da UFPR, em Ciências Biológicas, e o professor Camilo Freddy Morejon da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em Engenharias. Ballester apresentou a pesquisa "Carcinicultura: Relato de experiência no oeste do Paraná", e Morejon com o artigo "Estação modular para tratamento de efluentes de frigorífico de peixes".
"O meu trabalho é buscar meios de transformar resíduos como matéria prima em tecnologia. Desta forma, criando uma economia circular, em que não há descarte, solucionando diversos problemas ambientais", explicou Morejon.
Para o professor Eduardo, premiar pesquisas de extensão é um grande diferencial. "Na extensão, os resultados da pesquisa são levados à sociedade, impactando diretamente na vida das pessoas. Receber esse prêmio não é uma conquista só minha e de todos os envolvidos, mas também dos produtores de aquicultura, principalmente aqueles com características de produção familiar, do oeste do estado".
Jeniffer Aparecida Machado Lopes venceu na categoria inventor independente, na área de Engenharias. Ela criou um misturador gradual de fluxos. O projeto visa criar um dispositivo de baixo custo, dentro do padrão Minha Casa Minha Vida, que permita o controle de água fria e quente em um único registro. Jeniffer se emocionou ao falar sobre o prêmio. "A vida universitária é muito difícil, estudar o mesmo tema por anos a fio pode ser uma tarefa ingrata. Esse prêmio veio como um grande motivador para eu seguir esse caminho que estava quase desistindo".
Na categoria de jornalista venceram Cleber Moletta Gomes, da rádio Cultura FM, na área de Ciências Biológicas, e Gislene Maria Bastos, da RICTV, em Engenharias. Gislene fez uma reportagem sobre realidade virtual, o uso de games no treinamento de eletricistas. E Cleber uma matéria sobre a busca de soluções contra a poluição de um arroio em Guarapuava, por alunos de uma escola pública, com o apoio da Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro).
Prêmio - O prêmio de Ciência e Tecnologia Governador José Richa contempla a cada ano, em um sistema de rodízio, duas grandes áreas de conhecimento. Já são quase 110 premiados desde 1986, quando foi criado. As áreas previstas no próximo edital, que será lançado nos próximos dias, são Ciências Exatas e da Terra e a área de Ciências da Saúde.
(Com informações e FOTOS da SETI).