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12/07/2018  

LABRE pesquisa restauração ecológica há 20 anos

Agência UEL/ Larissa Piauí

Setor monitora a dinâmica de longo prazo em fragmentos florestais

É fato que as transformações da Mata Atlântica, resultado das mudanças climáticas e ações do homem, lançam dúvidas sobre a dinâmica de longo prazo dos fragmentos remanescentes e das áreas em restauração. Diante deste cenário os estudos desenvolvidos no Laboratório de Biodiversidade e Restauração de Ecossistemas (LABRE) da UEL conquistam importante espaço no meio científico, pois desenvolve inúmeras pesquisas ligadas à restauração de ecossistemas brasileiros. 

O Labre, que acumula quase 20 anos de existência, é do Departamento de Biologia Animal e Vegetal (BAV), do Centro de Ciências Biológicas (CCB), tendo como responsável o professor José Marcelo Domingues Torezan, do BAV. O setor monitora a dinâmica de longo prazo nos fragmentos florestais, além da evolução dos reflorestamentos, integrando os resultados num conjunto único de informações sobre a paisagem regional. Vale ressaltar que o Labre ainda desenvolve pesquisa, extensão e capacitação para formação de recursos humanos que atuam diretamente com a restauração ecológica.

O conceito de restauração está relacionado à atividade prática de restabelecer sistemas que foram degradados, sendo que a contrapartida envolve, por parte da ciência, avanços na área de ecologia da restauração. Sem dúvida, uma parte complementa a outra. "Inicialmente fazíamos muita extensão, recuperando lugares que foram degradados ao redor de Londrina. E hoje atuamos mais com pesquisa, nesses mesmos espaços que foram restaurados", explica Torezan.

José Marcelo avalia que as áreas recuperadas por meio das práticas extensionistas, como aquelas que têm espécies nativas da Mata Atlântica, presente no Norte do Paraná, atualmente são um "laboratório de pesquisa natural". Desse modo, como salienta o professor José Marcelo, as ações e atividades do Labre reforçam a pesquisa ecológica de longo prazo no país. "Agora a nossa principal atividade é monitorar as áreas de restauração e prever a trajetória de recuperação dela. Assim, integrando uma cadeia nacional de restauração coordenada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico", acrescenta o pesquisador.

"Dentro da Universidade somos conhecidos pela pesquisa por interagir com vários outros laboratórios, no entanto fora daqui somos mais reconhecidos pela extensão. Porque, já atuamos em parceria inclusive com a FUNAI, ajudamos moradores de terras indígenas e assentamentos agrários, prestamos serviço para empresas de açúcar e álcool, hidrelétricas. Todas essas áreas a gente tem algum contato por dar assistência técnica", avalia Torezan, demonstrando a abrangência da atuação do LABRE em todo estado do Paraná e no Brasil.

Labre desenvolve inúmeras pesquisas acerca da restauração de ecossistemas brasileiros

Os alunos de graduação e pós-graduação do curso de Ciências Biológicas são os mais beneficiados pela infraestrutura do LABRE. Além de aulas, os alunos da UEL encontram no Laboratório oportunidade de atuação na iniciação científica, bem como a realização de monografias, dissertações e teses. Hoje, o setor recebe 15 alunos.

MANP - Atualmente, o maior projeto do LABRE é o "Mata Atlântica do Norte do Paraná (MANP)". O Manp tem como objetivo restaurar áreas sítios degradados. Conforme informa a bióloga Alba Lúcia Cavalheiro, o foco é monitorar a longo prazo o comportamento de variáveis estruturais e funcionais dos ecossistemas. O objetivo, segundo ela, é melhorar o conhecimento ecológico disponível sobre os padrões e processos vigentes nas paisagens atuais e em escalas de tempo maiores, além de subsidiar em tempo real e de forma adaptativa, o manejo das áreas remanescentes e em recuperação. Alba resume que a pesquisa ecológica de longa duração consiste em um conjunto de amostras distribuídas em fragmentos florestais e sítios de restauração ecológica na região de Londrina.

Professor José Marcelo Domingues Torezan, do BAV
 

Parcerias - O LABRE também colabora por meio de parcerias no processo de coleta e análise de dados para monitorar o impacto sobre ambientes terrestres de usinas hidroelétricas e indústrias de açúcar e álcool. A obtenção de dados detalhados sobre fauna e flora, utiliza um amplo leque de técnicas, seguindo critérios eficientes de monitoramento, o que facilita o planejamento de processos de licenciamento ou a concepção e execução de planos básicos ambientais.

"A gente entrega a informação de monitoramento para as empresas fazerem o relatório que precisam apresentar no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Pra eles é um documento necessário de monitoramento de restauração ecológica e para a gente é uma forma de custear demais serviços que não possuem fonte de financiamento próprio para serem atendidas, como áreas de reforma agrária e terras indígenas", completa Torezan.

Equipe - O funcionamento do Laboratório conta com o apoio da bióloga Alba Lúcia Cavalheiro e os auxiliares operacionais Norival Soares do Cabo, Odair do Carmo Pavão e Osmar de Matos Teixeira.


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