Projeto desenvolvido no Departamento de Fisioterapia, do Centro de Ciências da Saúde (CCS), juntamente com o Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação, atende cerca de 60 pacientes com doença de Parkinson, realizando 480 atendimentos especializados por mês. O projeto é coordenado pela professora Suhaila Smaili Santos, do Grupo de Pesquisa em Fisioterapia Neurofuncional (GPFIN), que funciona no Centro de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação (CEPPOS), no CCS-HU.
O projeto é gratuito e aberto à participação da comunidade. Nesta quarta-feira (11) autoridades de saúde lembram o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença de Parkinson (DP), estabelecido pela Organização Mundial da Saúde em 1988, em homenagem à data de nascimento do médico inglês James Parkinson, o primeiro a descrever os sinais e sintomas da doença, em 1817.
A professora Suhaila Smaili foi, no ano passado, uma entre 10 profissionais da área selecionados em todo o mundo para a capacitação intitulada Train ttheo trainer (Treinando o treinador), ministrada pela Parkinson?s Disease Foundation, na cidade de Portland, Oregon, nos Estados Unidos, além de ser membro da Movement Disorder Society (EUA).
"Com o projeto, além de promover a assistência especializada a esses pacientes e seus familiares, promovemos campo de ensino e pesquisa para alunos de graduação e pós-graduação. Nossas linhas de pesquisa são concentradas nos temas sintomas motores, cognitivos, neuromodulação, Wii-terapia e realidade aumentada", explica Suhaila.
Causa desconhecida - A estimativa é que a doença acometa mais de 10 milhões de pessoas no mundo, representando a segunda maior causa de doença degenerativa do sistema nervoso central, atrás apenas da doença de Alzheimer. "A sua causa ainda permanece desconhecida, mas acredita-se que a associação entre fatores genéticos e ambientais desencadeiam a degeneração lenta e progressiva de neurônios produtores de dopamina no mesencéfalo, causando a desregulação de áreas cerebrais que controlam o movimento", explica a professora.
Em razão disso, pacientes apresentam como sinais e sintomas clássicos o tremor de repouso, lentidão dos movimentos, rigidez muscular, déficits de equilíbrio e dificuldades na marcha. "Além disso, hoje é sabido que outras áreas e neurotransmissores também estão envolvidos na fisiopatologia da doença, desencadeando sintomas não motores como: depressão, ansiedade, distúrbios do sono, déficits de memória, atenção e planejamento", cita a professora do CCS.
O diagnóstico é clínico e realizado por um médico neurologista, sendo que o tratamento é baseado na reposição dopaminérgica. Alguns pacientes podem se beneficiar com as cirurgias, que consistem na implantação de um marcapasso em núcleos específicos do cérebro para
estimular as áreas comprometidas. Além do tratamento medicamentoso e cirúrgico, a literatura reúne um corpo de evidências acerca da importância da reabilitação no tratamento da doença de Parkinson.
Mais informações sobre o projeto pelo telefone 3342-9008.
(Com informações e FOTO da Assessoria de Imprensa do HU).
