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10/05/2019  

Projeto propõe sinalização para fundos de vale

José de Arimathéia

Desde o início da década, o professor Cláudio Pereira de Sampaio (Departamento de Design) ministra a disciplina de Sinalização para alunos do segundo ano do curso de Design Gráfico da UEL. Todas as turmas desenvolveram projetos para espaços públicos, como o Terminal Rodoviário, o Jardim Botânico e um Centro Municipal de Educação Infantil.

Para marcar os 10 anos de trabalhos, o professor foi além e firmou uma parceria com o IPPUL (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina), pela qual os 19 alunos da turma 2019 da disciplina apresentarão projetos de sinalização para a área de proteção ambiental onde fica a Lagoa Dourada, na zona sul da cidade. O projeto geral é intitulado "Sinalização dos fundos de vale de Londrina". A ideia é justamente aplicar este projeto piloto e expandir para outras áreas no futuro, se a primeira experiência for bem sucedida.

O IPPUL, responsável pelo planejamento urbano da cidade, desenvolve os projetos arquitetônico e urbanístico da área, para que possa ser usufruída pela população - calçamento, acessos, aparelhos de ginástica ao ar livre, brinquedos para crianças, entre outros. Tudo norteado pela equação tecnologia + preservação ambiental, através da educação, e com o objetivo da plenitude do exercício de cidadania. Desde o início da disciplina, os alunos têm feito pesquisas e, divididos em grupos, apresentarão cinco projetos ao IPPUL no dia 15 de julho, ao término da disciplina.

O professor Sampaio explica que os projetos estão sendo elaborados pensando na identidade de Londrina com vistas para o futuro, daí os conceitos chaves de tecnologia e meio ambiente. No caso, o IPPUL trabalha com um atlas das bacias hidrográficas da cidade - são cinco. A Lagoa Dourada fica na bacia do ribeirão Cambé, que corta a cidade de oeste a leste e forma os lagos Igapó. A turma de Design vai atuar na área do córrego Roseira, um dos afluentes do Cambé.

Informações topográficas já foram levantadas pela turma de alunos, que vão também entrevistar moradores da área para saber quais suas expectativas em relação aos espaços e a sinalização. Os briefings já foram concluídos. Os projetos a serem apresentados estão sendo pensados para os próximos 30 anos e terão natureza interdisciplinar, não só com a participação da Arquitetura e Engenharia com o IPPUL, mas também dentro do próprio curso, envolvendo as disciplinas de Sinalização, Identidade Visual, Tipografia, Modelagem 3D e Ergonomia. Além disso, os grupos desenvolvem a pesquisa de forma colaborativa, ou seja, as informações levantadas por um são aproveitadas pelos outros.                       
      
"Nosso trabalho é sempre voltado para o usuário e deve ser o mais inclusivo possível, para contemplar todos"
      

REQUISITOS

Os projetos deverão observar alguns requisitos definidos pelo IPPUL. A sinalização deve ser sobretudo educativa. Também deve ser durável e antivandalismo, o que leva à imaterialidade das informações, isto é, evitar sinalizações físicas (placas, cartazes), sujeitas à ação de vândalos ou mesmo furtos, e optar por sinalização acessível, por exemplo, pelo smartphone. Afinal, é para ser usado daqui para o futuro. E é pensando nesse futuro que deverá ser bilíngue. Além disso, a mobilidade das informações e o acesso pela tecnologia são também requisitos, e aí, por exemplo, entra a chamada Internet das Coisas (IoT). Finalmente, a sinalização deverá ter replicabilidade, ou seja, ser fácil de implantar em qualquer outra área.

Os projetos deverão ainda levar em conta a estrutura já existente no local e, para definir onde sinalizar, uma pesquisa de campo está sendo desenvolvida. Basicamente, explica o professor Sampaio, uma sinalização deve indicar onde a pessoa está (localização), onde quer ir (destino) e como chegar lá (navegação).

Professor Cláudio Sampaio

Como se trata de um trabalho acadêmico, os alunos também foram à literatura da área e fizeram estudos de caso. Sampaio cita duas cidades em que este tipo de sinalização está firmemente implantada e em funcionamento: Londres e Sidney. Lá, foi adotado o Wayfinding, um sistema que utiliza elementos visuais, auditivos e táteis que possibilitam às pessoas de movimentarem, de forma segura e informada, dentro de um parque, um bairro, uma cidade. No Brasil, diz o professor, há iniciativas pontuais, como no Parque Ibirapuera e na Avenida Paulista, ambos em São Paulo.

IDENTIDADE E HISTÓRIA

Um trabalho como este, na perspectiva do professor Sampaio, envolve tanto a funcionalidade dos espaços públicos quanto as tradições ligadas à população local. Segundo ele, o designer procura ao máximo conciliar a História e o futuro, quando propõe um projeto que se refere à identidade de um local e uma comunidade. "Nosso trabalho é sempre voltado para o usuário e deve ser o mais inclusivo possível, para contemplar todos", define. Por isso destaca a importância da Etnografia, isto é, o estudo e registro descritivo da cultura de um determinado grupo social, que inclui até as relações afetivas deste com o lugar.

Cláudio Sampaio informou ainda que os trabalhos desenvolvidos desde 2010 na disciplina e outros estudos farão parte de um livro com previsão de lançamento no início do ano que vem.

NOVO PROJETO

Além do projeto de sinalização uma novidade: os alunos do curso de Especialização em Direção de Arte do Departamento de Design também irão desenvolver um projeto relacionado ao IPPUL e ao tema dos fundos de vale. O objetivo do trabalho será o desenvolvimento de uma campanha de comunicação integrada para ampliar o conhecimento e a conscientização da população da cidade de Londrina sobre a importância dos fundos de vale, tantos em termos sociais quanto ambientais, e inclusive econômicos.

O projeto será desenvolvido de forma interdisciplinar e envolverá quatro disciplinas do curso: Design Thinking para grupos criativos (professor Cláudio Pereira de Sampaio); Direção de arte para campanhas publicitárias (professor Érico Belém); Redação publicitária (professor Fábio Dias) e Direção de Arte: fotografia e vídeo (professor José Oshiro). A apresentação final das campanhas para o IPPUL está prevista para o dia 17 de julho deste ano, e os alunos já iniciaram a fase de pesquisa com usuários.

Esta matéria foi publicada no Jornal Notícia nº 1.393. Confira a edição completa:




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