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21/12/2018  

Projeto do CCA enviará pesquisadores para França

Agência UEL

Professora Ana Paula Bracarense, do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva

Projeto de pesquisa coordenado pela professora Ana Paula Bracarense, do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, do Centro de Ciências Agrárias (CCA), foi aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e deverá resultar no envio de pesquisadores da UEL para o Institut Nacional de La Recherche Agronomique Tolulouse (INRA), na França.

O Instituto francês é considerado um dos mais importantes centros de estudos em ciências agrárias. A pesquisa foi selecionada no programa Cooperação Internacional França Cofecub e prevê investimentos de cerca de R$ 140 mil em bolsas para pelo menos quatro pesquisadores da UEL.

A pesquisa busca identificar e caracterizar espécies produtoras de micotoxinas (substâncias químicas tóxicas produzidas por fungo) e os impactos na saúde humana e animal. Conta com a participação de pelo menos três professores do Centro de Ciência Biológicas (CCB) da UEL ? Waldiceu Verri Junior (Departamento de Ciências Patológicas), Admilton Gonçalves de Oliveira (Departamento de Microbiologia) e Maria Helena Fúngaro (Departamento de Biologia Geral). A equipe multidisciplinar é composta por outros três pesquisadores franceses. 

A coordenadora do projeto explica que o trabalho será desenvolvido nos próximos quatro anos com o envio de dois pesquisadores do Programa de Ciência Animal e dois do CCB da UEL para temporadas de estudos no INRA, nas modalidades doutorado sanduíche e Pós-doutorado. Segundo Ana Paula, entre 2010 e 2014 ela conseguiu aprovar outro edital semelhante, também com foco em micotoxinas.

O projeto aprovado agora prevê quatro etapas de estudos distintos para caracterizar espécies menores, produtoras das chamadas aflatoxinas e ocratoxinas. A professora explica que o projeto foca a segurança alimentar ou qualidade sanitária dos alimentos, tema que chama muito a atenção de pesquisadores de várias áreas, em todo o mundo. De acordo com a coordenadora do projeto, os fungos são considerados contaminantes naturais dos alimentos.

Diante disso, a proposta dos pesquisadores brasileiros e franceses é quantificar até onde existe contaminação, quando ocorre o consumo de pequenas porções diárias. Ela cita que pelo menos 80% dos grãos produzidos mundialmente contém micotoxinas. Os estudos revelam, no entanto, que esta contaminação é pequena, ou considerada dentro dos parâmetros recomendados pelas autoridades de saúde.

"O que nos interessa é saber se pequenas doses consumidas cronicamente podem comprometer a saúde", define ela. A ciência já identifica impactos relacionados ao consumo de fungos. Por exemplo, pacientes que têm o vírus da hepatite tem maior predisposição em desenvolver câncer hepático quando expostos a determinadas micotoxinas. Ela cita também o caso de estudo desenvolvido nos Estados Unidos em 2015 que apontou prejuízo anual de U$S 1 bilhão na produção animal (suínos e aves) por contaminação com fungos.

A professora adianta que existem dois impactos bem claros da contaminação de micotoxinas na produção agropecuária. Um primeiro efeito é a tendência de menor resposta a vacinas (imunossupressão). "A micotoxina interfere diretamente na capacidade de resposta do animal", complementa ela, acrescentando que como consequência ocorrem prejuízos à produção. Outro efeito relacionado aos fungos é a alteração da estrutura do intestino causando redução ou perda de produtividade, com o menor desenvolvimento do animal.

INRA - O Institut Nacional de La Recherche Agronomique (INRA) fica em Toulousse, sul da França, é o primeiro instituto de pesquisa agronômica da Europa, o segundo maior em ciências agrárias do mundo. Em 2005/2006, a professora Ana Paula realizou pós-doutorado naquela Universidade, iniciando os primeiros estudos sobre micotoxinas.

Depois do pós-doutorado, a professora conta que os acordos de mobilidade evoluíram. Entre 2010 e 2014, quando ocorreu do primeiro edital Cofecub, pelo menos quatro pesquisadores franceses estiveram na UEL para estudos e troca de experiências. No próximo ano, a expectativa é de que a Universidade receba pelo menos um pesquisador do INRA para temporada de estudos.


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