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05/07/2018  

Laboratório investe em estudos de citologia animal

Agência UEL/ Bia Botelho

LACA faz parte da Central de Laboratórios de Diagnóstico Ambiental (LADA)

O Laboratório de Citogenética Animal (LACA), um dos sete que compõe a recém-inaugurada Central de Laboratórios de Diagnóstico Ambiental (LADA) no Centro de Ciências Biológicas (CCB), recebeu somente no último ano mais R$ 550.000,00 em apoio financeiro para projetos de pesquisa da Universidade, em recursos provenientes da Fundação Araucária, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e Embrapa Soja.

As pesquisadoras responsáveis Ana Lúcia Dias, Lucia Giuliano Caetano e Renata da Rosa, do Departamento de Biologia Geral, comemoram os resultados. Segundo elas, são os recursos que permitem que mais pesquisas sejam desenvolvidas no laboratório.

Atualmente, o LACA atende 21 estudantes em pesquisa de Iniciação Científica, Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e estágio curricular dos cursos de graduação de Ciências Biológicas, Agronomia, Zootecnia, além dos estudantes dos Programas de Pós-graduação em Genética e Biomolecular e da especialização em Gênica Aplicada, ambos do CCB. O trabalho é realizado com o auxílio do técnico Robson Rockembacher.

Pesquisadoras Renata da Rosa, Ana Lúcia Dias, Lucia Giuliano Caetano, do Departamento de Biologia Geral, do CCB
 

Segundo as professoras, o LACA é o único laboratório da Universidade que faz estudos de citologia animal, estrutura cromossômica e outras técnicas moleculares relacionadas ao tema. Elas explicam que a citogenética analisa as células que estão em divisão. "Nosso objetivo é ver o comportamento do material genético, os cromossomos, os gametas, como está a genética desse animal e os eventos genéticos diferenciados", explicou Lucia Caetano.

Elas explicam ainda que esse estudo é como um exame, uma espécie de diagnóstico. "A gente consegue ver alterações, síndromes, problemas de híbridos. Assim como tem exame de paternidade com o DNA, fazemos algo parecido, mas com cromossomo", apontou Ana Lúcia Dias.

Pesquisas - O LACA realiza pesquisa com diferentes animais, sendo essa diversidade considera muito importante para as pesquisadoras. Ana Lúcia Dias e Lucia Giuliano Caetano realizam há anos pesquisa com peixes neotropicais, com espécies endêmicas, que são encontradas em apenas uma região do país, e nos últimos cinco anos Ana Lúcia estendeu para aranhas venenosas de interesse medicinal.

Já Renata da Rosa tem estudos em citogenética de insetos, como mosquito da dengue, algumas pragas agrícolas, com foco na resistência desses animais aos inseticidas químicos e biológicos, e mais recentemente estuda também o bicho da seda. "A preocupação sempre é estudar a citogenética relacionada com o ambiente. Então a gente sempre tem essa preocupação de relacionar os dados com o ambiente em que eles foram coletadas, como eles se encontram dentro do habitat, tanto nas aranhas, quanto nos peixes, quanto nos insetos", explica Ana Lúcia.

Parcerias - Assim como as pesquisas não são isoladas dos ambientes dos animais, as pesquisadoras afirmam que não são feitas isoladamente, por isso são desenvolvidas em parceria com outros laboratórios, departamentos, institutos e universidades. "A gente não ficou só aqui, acabou desenvolvendo trabalhos com outros laboratórios. É muito importante essa parceria, afinal, ninguém se faz sozinho", avaliam as pesquisadoras da UEL.

Como explica Lúcia, as pesquisas com os peixes, por exemplo, têm parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e também com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). A pesquisa com as aranhas possui parceria com o Instituto Butantã de São Paulo.

Já Renata da Rosa conta que a pesquisa com o mosquitos da dengue é realizada em parceria com a Universidade federal do Paraná (UFPR), e o projeto da Seda é interdisciplinar com participação do Departamento de Agronomia, do Centro de Ciências Agrárias (CCA) e Departamento de Design, do Centro de Educação, Comunicação e Artes (CECA).

Serviços - Segundo Renata, o objetivo do LACA é ampliar os exames para prestar serviço para a comunidade. No ano passado, submeteram junto à Pró-reitoria de Extensão, Cultura e Sociedade (PROEX) e o Sistema de Arquivos da UEL (SAUEL), a proposta de prestação de serviço de aconselho genético animal, que está em processo de tramitação. "Podemos ofertar esse serviço para a comunidade no geral. O objetivo é atender produtores, piscicultores, clínicas e hospitais veterinários", afirma.

A professora conta que já foram prestados vários serviços inclusive para o Hospital Veterinário (HV). Ela lembra do caso de um exame feito em cachorro com pseudo hermafroditismo. Outro exemplo, segundo ela, foi a sexagem de gansos do Lago Igapó, realizado para uma pesquisa de TCC para identificar machos e fêmeas e separá-los, para fazer o controle de natalidade. "Esse tipo de exame é bem difícil de encontrar, na região mais próximo só Curitiba e São Paulo, com preços não acessíveis", explica Renata.

LADA - A Central de Laboratórios de Diagnóstico Ambiental (LADA) foi criada faz um ano e é direcionada a estudos ligados à biodiversidade e conservação de recursos naturais. A estrutura tem cerca de 1,5 mil metros quadrados de área, que receberam investimentos de cerca de R$ 2 milhões, oriundos da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e da Unidade Gestora do Fundo Paraná (UGF), da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI).

De acordo com as pesquisadores do Laboratório de Citogenética Animal (LACA), o espaço utilizado anteriormente era pequeno para a quantidade de alunos que o utilizavam. Com o espaço atual, elas afirmam que conseguem organizar melhor as atividades, pois o setor conta com ambientes mais divididos, adequados para realizar as pesquisas.

O LADA é composto pelos seguintes laboratórios:

Departamento de Biologia Geral

Laboratório de Citogenética e Diversidade Vegetal (LCDV), professor responsável André Vanzela.

Laboratório de Mutagênese e Oncogenética Ambiental (LMA), professor responsável Ilce Mara Syllos Cólus.

Laboratório de Bioinformática (BIOINF), professor responsável Rogério Fernandes de Souza.

Departamento de Ciências Fisiológicas

Laboratório de Ecofisiologia Animal (LEFA), professores responsáveis Claudia Bueno dos Reis Martinez, Juliana Delatim Simonato Rocha e Paulo César Meletti.

Departamento de Microbiologia

Laboratório de Microbiologia Ambiental e Análise de Resíduos (LAMAAR), professor responsável Admilton Gonçalves de Oliveira Junior.

Departamento de Biologia Animal e Vegetal

Laboratório de Ictiologia (LIC), professores responsáveis José Luís Olivan Birindelli, Oscar Akio Shibata e Fernando Camargo Jerep.


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