John Krystal, presidente do CINP 2018, entrega o certificado da Rafaelsen Young Investigator Award para Chiara Bortolasci
A pesquisadora Chiara Bortolasci, doutora em Ciências da Saúde pela UEL, conquistou o prêmio Rafaelsen Young Investigator Award. O resultado foi divulgado durante a 31º edição do congresso realizada entre 16 a 19 deste mês em Viena (Áustria), os premiados foram escolhidos por um júri científico internacional, baseado no currículo do jovem pesquisador e na qualidade do programa de pesquisa por ele realizado.
O prêmio é promovido pelo Colégio Internacional de Neuropsicofarmacologia (The International College of Neuropsychopharmacology - CINP), organização mundial estabelecida há mais de 50 anos em Zurique (Suíça). Rafaelsen Young Investigator Award é direcionado aos jovens pesquisadores de todo o mundo que se destacam no campo da neuropsicofarmacologia. São selecionados 10 pesquisadores vencedores dentre mais de 100 inscritos. Chiara Bortolasci conseguiu a premiação por investigar a patofisiologia do transtorno bipolar e criar novos alvos terapêuticos utilizando células troncos, além de dar suporte laboratorial para demais ensaios clínicos randomizados (controlados) e estudos no campo da psiquiatria.
"Essa premiação demonstra a qualidade do pesquisador brasileiro, pois dos dez vencedores selecionados quatro são brasileiros, sendo que somente um realiza a pesquisa no Brasil. Sem dúvida, esse prêmio aumenta a visibilidade e a credibilidade da pesquisa científica brasileira. Sendo um incentivo ao jovem pesquisador e eleva o potencial da produção científica das novas gerações de pesquisadores ao aumentar a visibilidade dos mesmos no meio cientifico e permitir a interação com os grandes pesquisadores da área", declara Chiara.
Chiara Bortolasci atualmente é pós-doutoranda na área de Ciências da Saúde (Metabolic Research Unit e no Centre for Innovation in Mental and Physical Health and Clinical Treatment) com dedicação exclusiva à pesquisa na Universidade Deakin, localizada na cidade portuária de Geelong no estado de Victoria (Austrália). A universidade é reconhecida por ser um excelente campo de ensino e pesquisa que constantemente traz inovações.
UEL - A carreira científica de Chiara Bortolasci começou durante a graduação em Farmácia na UEL. "O professor Décio Sabbatini foi meu orientador desde a iniciação científica, a partir do terceiro ano da faculdade e continuou como meu orientador durante o mestrado e o doutorado. Foi ele quem me apresentou a pesquisa científica, sempre guiando o meu desenvolvimento científico, inclusive dando suporte e estimulando o meu crescimento pessoal e profissional", lembra a pesquisadora.
O doutorado em Ciências da Saúde foi defendido em 2015. O título da tese é "Relação entre o status da Paraoxonase-1, os genótipos QQ, QR e RR e o estresse oxidativo em pacientes com transtorno do humor e comorbidades: transtorno por uso de tabaco e síndrome metabólica". O estudo teve orientação do vice-reitor da UEL, professor Décio Sabbatini Barbosa, do Departamento de Patologia, Análises Clínicas e Toxicológicas, do Centro de Ciências da Saúde (CCS).
A oportunidade de aperfeiçoamento e internacionalização surgiu em 2014, quando Chiara participou do doutorado sanduíche na Deakin University (Austrália) pelo período de um ano. Na oportunidade, ela teve a chance de executar parte da tese com os maiores pesquisadores do mundo no campo da psiquiatria, Michael Berk e Ken Walder.