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07/06/2017  

Jornal Notícia 1.362 - 7 de junho

Agência UEL

        

Educar para o respeito e responsabilidade

CCS inaugura Centro de Pós-graduação

Grupo analisa qualidade da água em Londrina e região

Projeto debate os Direitos Humanos e o ECA

O melhor amigo do homem - e dos pacientes

Pioneiro defende velha e atual bandeira da Medicina Preventiva

Acontece

EDUEL

EXPEDIENTE

Educar para o respeito e responsabilidade


Mary Neide: "Não é para formar pessoas com um beneficio pessoal. É para formar pessoas críticas, que ajudem o mundo a ficar melhor"

BIA BOTELHO

Em meio às recentes discussões sobre a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o novo Ensino Médio, diversos pontos da Educação foram colocados em debate. Um dos trechos do texto da BNCC alterado pelo Ministério da Educação trata da orientação sexual e de gênero, ligados à educação sexual nas escolas. Segundo a professora sênior da UEL, Mary Neide Damico Figueiró (Departamento de Psicologia Social e Institucional), desde 1996, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), do MEC, dão respaldo oficial para a educação sexual nas escolas, com propostas para que sejam trabalhadas questões de corpo, gênero e sexualidade.

"É essencial que as escolas, desde a educação infantil, comecem a tratar das questões do corpo e das relativas à saúde. Educar crianças e adolescentes, do ponto de vista sexual, não só é trabalhar com conhecimento de Biologia ou Fisiologia, mas também ensiná-los a pensar e refletir questões presentes na vida para que eles possam ser sujeitos com responsabilidade e liberdade. A gente quer formar pessoas não preconceituosas, abertas, que saibam reconhecer onde há discriminação violência, e ajude a transformar esse contexto de desigualdade de gênero e da diversidade sexual", afirma a professora.

Em mais de 30 anos na Universidade, de 1980 a 2011, Mary Neide realizou estudos sobre educação sexual e formação de educadores sexuais, na área de Psicologia Escolar, o que a torna autoridade nesse tema no país. "Fui garimpando, porque nos anos 80 não havia um modelo de quem trabalhava nas universidades com essa temática da educação sexual", afirma. "Minha grande contribuição, com a bagagem que eu tinha após Mestrado, e no início do Doutorado, foi trabalhar com extensão universitária e formação de educadores sexuais. Sou a pioneira na formação de educadores sexuais no Brasil, pois fiz a primeira publicação de peso sobre a temática", explica.

Em projeto realizado na UEL, contribuiu anualmente com a formação de 80 profissionais da educação e da saúde da rede pública. No grupo de estudos, professores de várias áreas participavam das reuniões, como por exemplo, os de Química e Matemática. Segundo a professora, educação sexual não se restringe ao professor de Biologia, que explica sobre menstruação e gravidez. Mary Neide exemplifica que, na Geografia, o professor pode explicar sobre as estatísticas de gravidez na adolescência, índice de violência a homossexuais, casamento infantil, relacionando-os à formação dos alunos. Segundo a docente, o casamento infantil é um tema ligado diretamente à realidade vivida pelo adolescente brasileiro, entre 13 e 15 anos, pois o país é o 1º da América Latina e 4º no mundo a realizar este tipo de casamento.

"Acompanhei os resultados em todos esses anos de pesquisa. As professoras que trabalham com isso, ganham mais o respeito e consideração dos alunos, porque elas tocam em questões ligadas à vida. Dá mais sentido e ajuda, inclusive, para o aluno a ver mais sentido na escola como um todo, porque ele não está ali só para estudar questões ligadas a mapas e rios do Brasil, por exemplo, mas é o corpo dele que ele vai conhecer", afirma.

Tabu - Para a professora Mary Neide a família tem papel muito importante na educação sexual das crianças e adolescentes. Porém, ela considera que só a educação em casa não é suficiente. A escola e o professor são responsáveis pela formação integral do educando, o que vai além de ensinar as disciplinas para o vestibular ou para o trabalho. "Não é para formar pessoas com um beneficio pessoal. É para formar pessoas críticas, que ajudem o mundo a ficar melhor, para melhor as relações humanas, combater desigualdades e preconceitos", defende Mary Neide.

Educação sexual, porém, pode ser vista como um tabu para a sociedade e os pais dos alunos - algo que acontece desde o início do trabalho da professora, nos anos 80 - pois se tem a idéia de que incentivará a prática sexual, o que para a docente é um engano. "Adolescentes que têm a oportunidade de pessoas que conversem com ele sobre o tema sexo, em casa ou na escola, tendem a ver esse assunto com muita responsabilidade. Os estudos mostram que esses jovens tendem a iniciar a vida sexual mais tarde, do que os que não têm. Debater, ouvir e esclarecer torna os alunos mais maduros. E eles realmente não querem apressar o início da vida sexual de uma forma atropelada. Por isso nós acreditamos muito da importância da educação sexual".

Apesar dos avanços nos estudos da educação sexual nas últimas décadas, a professora conta que há uma onda de conservadorismo no país, que dificulta o trabalho nas escolas.

Livro - Devido às contribuições e estudos ao longo destes anos, recentemente, a professora foi convidada a participar do livro "Historias de las Sexologias Latinoamericanas", organizado pelo pesquisador e psicólogo Oswaldo M. Rodriguez Jr, coordenador do Instituto Paulista de Sexualidade. Contribuíram com capítulos pesquisadores da área de educação sexual da Argentina, Brasil, México, Colômbia e Peru.

Na obra, a professora conta sua trajetória e os feitos durante os mais de 30 anos de estudo. "Participar desse livro é um reconhecimento dessa caminhada. Eu me sinto lisonjeada, porque fui uma das escolhida por alguém que conhece a minha atuação e contribuições para a pesquisa no Brasil".

Aposentada pela UEL em 2011, a docente realiza atualmente projeto de pesquisa com a temática do aborto.
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CCS inaugura Centro de Pós-graduação


Familiares do professor homenageado, Darli Antônio Soares, a esposa Maria Cacilda e as filhas Adriana e Ana Luiza, e a reitora Berenice Jordão descerram a placa de inauguração do Ceppos

COM-HU

O Centro de Ciências da Saúde (CCS) inaugurou, dia 26 de maio, o CEPPOS - Centro de Pesquisa e Pós-Graduação Prof. Dr. Darli Antonio Soares.

O Centro tem 757,54 m², contando com 23 salas, dentre elas laboratórios, salas de orientação para os alunos, salas de defesa de dissertação e secretarias. Abriga seis programas de pós-graduação: Enfermagem, Ciências da Reabilitação, Ciências da Saúde, Saúde Coletiva, Ciências Farmacêuticas e Fisiopatologia Clínica e Laboratorial. O Centro também conta com espaço para alunos bolsistas desenvolverem projetos de pesquisa, além de sala de coordenação e reunião.

A parceria entre a Reitoria, a Pró-Reitoria de Planejamento (PROPLAN) e a própria direção do HU fez que as obras fossem iniciadas em 2014 e inauguradas agora. A obra teve investimento de quase R$ 1,6 milhão, vindos da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), da Secretaria Estadual da Saúde, Unidade Gestora do Fundo Paraná/Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; e R$ 349.158,00 de recursos próprios da UEL.
Coordenador do Laboratório de Fisioterapia Jefferson Cardoso e a reitora descerram a placa

A diretora do CCS, professora Mara Solange Dellaroza, comenta: "Com um Centro só para a pós-graduação, o CCS ganha melhores condições, já que os cursos estarão organizados e localizados num único espaço, melhorando a integração e otimização dos trabalhos para o desenvolvimento de projetos científicos".

A superintendente do HU, Beth Ursi, enfatizou a satisfação com a inauguração do prédio: "É um prazer para o HU sonhar e realizar, junto com o CCS, a criação de um Centro de Pesquisa e Pós Graduação em Saúde", disse.

A reitora da UEL, Berenice Quinzani Jordão, finalizou a cerimônia exaltando o trabalho de toda a equipe para a construção do CEPPOS. "Esse sonho se concretizou graças ao trabalho de muita gente, resultado de uma luta de 10 anos", observou.

O evento contou também com a presença do primeiro diretor do CCS, Nelson Rodrigues do Santos, e do deputado federal Alex Canziani, responsável pela aquisição do gerador do prédio.

Laboratório de Fisioterapia - Em seguida à inauguração do CEPPOS, o Laboratório de Biomecânica e Epidemiologia Clínica, do Departamento de Fisioterapia, teve as obras de reforma e ampliação entregues. As obras tiveram investimento de R$ 332.369,00, vindos do Ministério da Saúde, da SETI (via Fundação Araucária), da SESA e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

No laboratório, que se consolida como o mais completo centro de diagnóstico em Fisioterapia da região de Londrina, são realizadas as atividades do Grupo de Pesquisa em Avaliação e Intervenção em Fisioterapia, o PAIFIT, coordenado pelo professor Jefferson Cardoso, e são desenvolvidas importantes pesquisas e atividades de extensão voltadas, basicamente, para duas linhas de pesquisa: uma para a análise do movimento, principalmente para pacientes com distúrbios musculoes-queléticos e neurológicos, e, ainda, para uma linha de pesquisa voltada para Epidemiologia Clínica e que discute a eficácia e efetividade dos tratamentos, a acurácia dos exames e também a aplicação da análise estatística avançada para tomada de decisão clínica. Para análise de movimento são utilizados equipamentos de última geração, como as câmeras, plataforma de força e eletromiógrafos.

Já passaram por avaliação física no Laboratório de Fisioterapia atletas de nível olímpico, como Jadel Gregório, do atletismo, e Natália Falavigna, do tae-kwon-do, além de jogadores profissionais do Londrina Esporte Clube e de equipes que disputam ligas nacionais de handebol e vôlei, entre outros. A interface com a extensão se dá por meio de atividades do Centro de Fisioterapia Aquática Professor Paulo Armínio Seibert, inaugurado há quatro anos.

O coordenador Jefferson Cardoso agradeceu a presença de todos na solenidade e a participação de cada um no crescimento do Laboratório de Fisioterapia, e apresentou, em vídeo, um histórico da criação e desenvolvimento do setor e o trabalho do PAIFIT. Cardoso é bolsista produtividade do CNPq-1D desde 2007. Recentemente recebeu bolsas da Capes/Fulbright e do CNPq para dois pós-doutorados.
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Grupo analisa qualidade da água em Londrina e região


Os pesquisadores, Mario Henrique Killner, Neide Kamizake e João Carlos Alves, (coordenador do projeto)

MARCELO SILVA*

Desde o ano passado, um projeto de extensão desenvolvido pelo Departamento de Química da UEL tem feito análises da qualidade da água " tanto a consumida pela população quanto a depositada como resíduo industrial " na região metropolitana de Londrina. Entre os objetivos, estão a determinação de parâmetros físico-químicos e dos contaminantes relacionados à qualidade da água na região, o desenvolvimento de novos métodos de análise e a implantação de um laboratório padrão especializado nesse tipo de serviço.

"Há 20 anos, tivemos um projeto parecido que acabou não dando certo porque, na época, não existia a demanda que temos hoje. O que ocorre é que sempre recebemos pedidos de análise do Ministério Público e de pessoas que, por exemplo, moram em um sítio e querem verificar a qualidade da água que estão consumindo. Por conta da procura, chegamos à ideia de um projeto voltado para esse atendimento", explica o professor e pesquisador João Carlos Alves, que coordena o projeto. Além dele, o trabalho tem outros cinco participantes, entre docentes e estudantes do curso de Química. "Esse tipo de projeto não só presta serviço à comunidade, mas também auxilia no desenvolvimento de outras atividades. A ideia é contribuir para a pesquisa, envolver estagiários da graduação e ainda gerar recursos financeiros para o departamento e para a UEL", afirma o professor.

O projeto verifica a potabilidade da água a partir de análises físico-químicas " ou seja, são analisados parâmetros como o valor de pH, a concentração de metais, de nitrato e nitrito, entre outros. De acordo com João Carlos Alves, o trabalho desenvolvido no projeto difere de uma análise microbiológica, que investiga a presença de microorganismos (como bactérias) na água. "A nossa parte é verificar se a água que chega ao nosso laboratório está dentro dos 28 parâmetros físico-químicos que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) utiliza para reconhecer o líquido como potável", explica. Um alto número de nitrato e nitrito, por exemplo, pode ser indicativo de poluição, já que ambos são resultados da decomposição de matéria orgânica na água. Além dos 28 parâmetros, o projeto também faz o atendimento de necessidades específicas, como a análise da quantidade de pesticidas ou de chumbo em uma amostra.

Qualquer pessoa interessada em verificar a qualidade da água em sua propriedade " esteja ela localizada em um sítio, uma chácara ou em uma região que utilize poços " pode buscar o atendimento do projeto. A responsabilidade de fazer a coleta, no entanto, é dela. "Já recebemos materiais de condomínios e prédios que utilizam poço artesiano e precisam anualmente fazer um controle da qualidade da água. Em todo caso, nós instruímos o interessado sobre a maneira adequada de fazer a coleta, usando sempre um frasco limpo que deve ser embalado e trazido o mais rápido possível para o laboratório. Se a água for tirada de uma torneira, o ideal é abri-la e esperar o líquido escoar por alguns segundos antes de coletá-lo. É necessário todo um cuidado básico, já que uma desatenção qualquer, como o uso de um recipiente mal higienizado, pode contaminar a amostra e influenciar no resultado da análise", explica o coordenador do projeto.

Os preços e o prazo para entrega dos resultados variam conforme o pedido. "Uma dificuldade é que muitas pessoas vêm até nós achando que o serviço é gratuito e algumas até desistem ao saber que existem taxas. No entanto, é importante esclarecer que esses valores são usados para cobrir gastos com os reagentes e demais produtos que utilizamos no laboratório. Nada é feito visando ao lucro ou a benefícios pessoais", acrescenta João Carlos.

O projeto de extensão também recebe material vindo de empresas que, na maioria das vezes, utilizam água em alguma etapa do seu processo de produção e, antes de descartá-la na Natureza, precisam comprovar que o líquido está dentro dos parâmetros oficiais de qualidade da água. Há ainda casos em que o laboratório recebe amostras ligadas a outros fins. "Já recebemos produto de uma indústria de carvão que utilizava a água para fazer um subproduto que pulverizava a plantação. Nessa situação, apareciam fungos no líquido e o problema estava na mina que os responsáveis utilizavam como fonte", conta a professora e pesquisadora Neide Kamizake, que também participa do projeto.

Apesar dessas análises, os participantes do projeto dizem que a procura pelo serviço ainda não atingiu a expectativa. "O projeto ainda não atraiu a demanda, o movimento que esperávamos. Por isso, estamos planejando uma divulgação externa, já que a comunidade precisa desse tipo de serviço. Muitas empresas aqui na região utilizam uma mão de obra que não é especializada e necessitam de auxílio", declara o professor João Carlos. Transformar o laboratório do Departamento em referência na área de análise da água é outro objetivo que ainda está para ser alcançado. Segundo a professora Neide Kamizake, no interior do Paraná, faltam locais credenciados. "A unidade do IAP (Instituto Ambiental do Paraná)) em Londrina é credenciada apenas em alguns parâmetros. Como a maioria fica em Curitiba, existe uma grande falta de laboratórios no interior do estado", justifica.

Interessados em enviar amostras de água para análise podem contatar o Departamento de Química pelo telefone (43) 3371 " 4286.

Problemas de saúde

Segundo o professor João Carlos Alves, o consumo de água contaminada pode provocar graves problemas de saúde. Em concentrações altas de um metal como chumbo, o efeito é agudo, e o indivíduo sente um mal estar instantâneo. Já nos casos de concentração menor (mas ainda acima do permitido), ocorre o efeito crônico, e os problemas aparecem apenas a longo prazo. "O chumbo é um metal estranho ao organismo, que não tem um meio de eliminá-lo naturalmente. Assim, se a pessoa consumir água contaminada diariamente, em 10, 20 ou 30 anos pode apresentar problemas no fígado, como cirrose. O que acontece é que esse consumo inadequado se mistura a outras doenças do indivíduo e se torna muito difícil identificar se a água teve alguma influência", diz.

O professor também chama a atenção para regiões que se localizam nas proximidades de cemitérios. "Em regiões com cemitérios, o chorume liberado pelos cadáveres pode chegar até poços rasos e contaminar a água. Nesse caso, a matéria orgânica resulta na produção de nitrato, que, em altos níveis no organismo, tem sido relacionado a ocorrências de câncer".

*Estagiário de Jornalismo na COM
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Projeto debate os Direitos Humanos e o ECA


RAQUEL PIMENTEL*

Desconstruir significações distorcidas sobre o que são os Direitos Humanos e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Esta é a proposta do Multiplica-ação, projeto de extensão desenvolvido pelo curso de Serviço Social da UEL.

O projeto existe desde 2015 e, por meio de oficinas realizadas pelos estudantes, cria um espaço de diálogo e reflexão sobre temas como a redução da maioridade penal, racismo, homofobia, cotas sócio-raciais e violência de gênero. O público varia entre adolescentes de escolas públicas, grupos assistidos por programas sociais, centros de socioeducação e outras instituições.

Oficinas são realizadas e incluem atividades com músicas, desenhos, dinâmicas ou filmes, a abertura de um espaço de compartilhamento com o objetivo de resgatar aspectos sociais e históricos dos Direitos Humanos e do ECA, entendendo-os como conquistas históricas e enfatizando sua importância. Ao problematizar questões trazidas pelos próprios participantes, as intervenções objetivam ainda o esclarecimento de dúvidas e a desmitificação de valores equivocados que se voltam contra a efetivação destes direitos. ?A gente busca acabar com a ideia de que os Direitos Humanos são ?só pra bandido?. A proposta é ouvir as concepções que pessoas têm e trabalhar em cima disso, esclarecendo algumas coisas, aumentando o conhecimento e tratando da importância dos movimentos sociais e da organização?, explica a professora Andrea Pires Rocha, coordenadora do projeto.

O Multiplica-ação surgiu como segmento do Aproxima-ação, um projeto de extensão com abordagens diferentes mas de mesma temática. A iniciativa decorre de demandas percebidas no desenvolvimento da pesquisa ?Violência que atinge o cotidiano de escolas das periferias de Londrina?, realizada pelo curso de Serviço Social entre os anos de 2009 e 2010. O estudo fez o levantamento dos tipos de violências materializados no cotidiano escolar da cidade e, deste contexto, o projeto nasceu como forma de uma intervenção visando a difusão de conhecimentos sobre os Direitos Humanos e os direitos voltados ao segmento infanto-juvenil.

Com o objetivo de expandir o debate em torno destas temáticas para além dos muros da Universidade, o Multiplica-ação propõe o diálogo em uma linguagem próxima e inteligível a todos. As rodas de conversa oferecem a reflexão em uma perspectiva social, crítica e plural sobre os Direitos Humanos e o Estatuto da Criança e do Adolescente e buscam explicar como, mesmo inalienáveis, algumas pessoa têm seus direitos usurpados. ?A gente tenta expor porque, mesmo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, há muita dificuldade em efetivá-los?, conta Andrea.

O projeto busca incentivar os participantes a se tornarem multiplicadores em ações cotidianas, daí decorre o nome Multiplica-ação. Participam hoje 13 alunos dos cursos de Serviço Social, Psicologia, Direito e Artes. Para a realização das oficinas, os colaboradores se dividem em grupos para planejar e discutir abordagens de acordo com o público-alvo.

A iniciativa tem gerado impacto não só na comunidade, mas também na vida dos estudantes. Esther Mariane Nascimento é aluna de Serviço Social e participa do Multiplica-ação desde o início, em 2015. A estudante conta que o projeto tem colaborado para o seu desenvolvimento em aspectos pessoais e acadêmicos. ?Hoje sei muito mais sobre a história dos Direitos Humanos e pude desconstruir pensamentos conservadores que tinha quando entrei no curso. O Multiplica me ensinou também a lidar com os diferentes públicos, nas áreas do planejamento e dinamismo?, afirma.

Cine Multiplica - Além das oficinas, o projeto promove um ?cine-debates? no Campus Universitário. As sessões acontecem sempre às quintas-feiras, uma vez por mês, no Centro de Estudos Sociais Aplicados (CESA). Os filmes apresentam temáticas polêmicas que promovem o debate e atraem estudantes, servidores, bem como a comunidade externa. Além do filme, o Cine Multiplica traz alguma autoridade para comentar sobre o tema em debate.

O cine já exibiu neste ano Corpo Delito (2016), documentário que narra a história de um homem preso que vive a transição entre o regime fechado e o semiaberto, seguido da roda de conversa: "Estado Penal x Direitos Humanos: situando as audiências de custódia". Outra sessão exibiu "Do Outro Lado do Atlântico" (2015), filme que retrata a ponte entre Brasil e África por meio das histórias de vida de estudantes. Estiveram presentes para a roda de conversa o professor José Francisco dos Santos, da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), pesquisador sobre relações Brasil-Angola, a professora Luci Ribeiro, do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB) da UEL, além de estudantes da UEL naturais de países africanos.

 Capacitação - O Multiplica-Ação apresenta ainda uma novidade: a oferta de um programa de capacitação. O curso "Educação, Direitos Humanos e ECA" é gratuito, com encontros semanais e garante certificado. Serão ofertadas 40 vagas, direcionadas a professores de escolas públicas, educadores de movimentos sociais, representantes de  ONG's, centros de socioeducação e outras organizações.

O curso apresenta uma carga de 56 horas, divididas entre aulas teóricas, atividades práticas e seminários avaliativos, com as apresentações dos resultados obtidos durante as atividades. O edital será divulgado em breve com a data e termos para as inscrições, que começam em julho. Mais informações podem ser obtidas no telefone (43) 3371-4614 e na página do projeto no Facebook, pelo endereço facebook.com/multiplica.

*Estagiária de Jornalismo na COM
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O melhor amigo do homem - e dos pacientes


IZABELLA MOREIRA*

Os animais trazem sensação de conforto e podem ajudar de inúmeras formas. Os cães, com sua fácil sociabilidade e aceitação entre os seres humanos, podem não curar doenças, mas promovem benefícios físicos e mentais para aqueles que passam por tratamento de saúde. A presença de um cão no ambiente hospitalar pode amenizar sensações ruins causadas pelas doenças e até apressar a recuperação dos pacientes.

 O Hospital Universitário recebe quinzenalmente, aos sábados, cães para a Terapia Assistida por Animais (TAA). O projeto foi implantado há seis meses como forma de descontração para pacientes do hospital.

O Petiatras, como é chamado, é uma ação desenvolvida em parceria entre a Diretoria de Enfermagem do HU e o GoldenContro. Os donos de cachorros da raça Golden Retriever oferecem voluntariamente seus cachorros para a terapia dos pacientes. Apesar de receber somente cães da raça Golden, o hospital já cogita adotar outras raças para o projeto.

De acordo com a enfermeira Dagmar Vituri, coordenadora do projeto no hospital, a interação entre cachorro e paciente tem comprovação científica de que é eficaz. Além disso, desde que foi implantado no HU, o projeto Petiatras tem aceitação quase unânime entre os pacientes. "O pet traz a sensação de bem estar, os pacientes têm lembranças de suas casas e animais, assim traz um pouco mais de felicidade e humanização para as pessoas que passam por tratamento", ressalta Dagmar.

Antes de chegarem ao hospital, os animais recebem alguns cuidados especiais. Tomam banho, são vacinados e passam por um processo de higienização, para que possam visitar os pacientes.

Os animais chegam no hall e são recebidos com euforia por gestantes e principalmente crianças, depois visitam os quartos da ala feminina, masculina e tisiologia. A ideia é expandir, futuramente, para outras alas do hospital.

A equipe de Terapia Assistida por Animas do HU é composta por enfermeiros, veterinários e tutores dos cães.

*Estagiária de Jornalismo na COM/HU
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Pioneiro defende velha e atual bandeira da Medicina Preventiva


"As periferias sofriam constantes tensões sociais, era preciso dar uma resposta rápida às necessidades básicas", conta o professor Nelson dos Santos

PEDRO LIVORATTI

Pioneiro nos estudos da Medicina Preventiva, primeiro diretor do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UEL, o doutor Nelson Rodrigues dos Santos, é velho conhecido dos estudiosos da área, nome fundamental quando se discute o tema Reforma Sanitária. Aos 81 anos, o médico pioneiro mantém os mesmos princípios defendidos desde a década de 70, quando deixou São Paulo para estruturar o Departamento de Saúde Coletiva do curso de Medicina da UEL.

Na bagagem, o jovem médico trazia também o ideal de desenvolver um atendimento integral ao paciente, com foco na prevenção de doenças. Nelson esteve em Londrina no último dia 26 de maio para a inauguração do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação (CEPPOS), Darli Antonio Soares, que vai atender aos seis programas de pós-graduação do CCS.

Foi colocando as ideias defendidas pelo professor Nelson que a equipe do CCS da UEL desenvolveu o projeto pioneiro de descentralização da saúde, a partir da estruturação de uma rede de atenção básica para a Prefeitura de Londrina. A ação foi possível a partir de convênio entre a Universidade e o município. Surgia assim, em 1970, as primeiras três Unidades de Saúde, sendo duas na área urbana (Vila Fraternidade e Jardim do Sol) e outra no Distrito de Paiquerê. Esta ação deu origem à rede de mais de 20 unidades que a cidade mantém hoje.

Nelson lembra que a estruturação das unidades nos bairros tinha respaldo nos estudos de Saúde Coletiva, que indicavam a possibilidade de resolução de 90% dos problemas da população. ?O posto de saúde representa a atenção primária, acolhe o paciente que chega com o problema ainda no início, além de prevenir a doença?, define ele.

Na época, o recém-criado Departamento de Saúde Coletiva do CCS, além de intervir para melhorar a saúde pública municipal, também registrava grande produção acadêmica, lembra o médico. Ele cita alguns integrantes da equipe como o próprio professor Darli Antonio Soares, a professora Ana Ito, Ana Cândida (farmacêutica) e Kiko Shibayama (enfermeira).

O que justificava a descentralização do sistema era a economia brasileira de 1970. O país amargava os efeitos da forte explosão demográfica, conseqüência do êxodo rural, que inchou as cidades médias do país. Em alguns casos, municípios chegaram a dobrar de população. ?As periferias sofriam constantes tensões sociais, era preciso dar uma resposta rápida às necessidades básicas?, lembra o médico.

Ele cita que Londrina foi uma das primeiras cidades brasileiras a adotar a chamada descentralização da saúde, juntamente com Montes Claros (MG), Porto Alegre (RS), Niterói (RJ), João Pessoa (PA) e Campinas (SP). De acordo com o professor Nelson, uma inovação local foi a utilização de estudantes do 4º ano de Medicina da UEL no atendimento da rede municipal. Os procedimentos contavam com supervisão dos professores do curso. Atualmente, só para fazer um comparativo, a rede municipal de Londrina conta com a participação de aproximadamente 4 mil estagiários de cursos da área de saúde.

Aos 81 anos, Nelson mantém agenda diária como professor colaborador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), além de presidir o Instituto de Direito Sanitário Aplicado (IDISA). O professor é graduado em Medicina, com doutorado em Medicina Preventiva pela Universidade de São Paulo. Foi professor titular de Saúde Coletiva na UEL, Consultor da Organização Pan-Americana de Saúde (ligada à Organização Mundial da Saúde) e Secretário Municipal de Saúde de Campinas (SP).

"SUS é resultado da mobilização da população"

Com larga experiência na área sanitária, membro da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), o professor Nelson Rodrigues dos Santos participa ativamente das reuniões da entidade que debatem a melhoria da qualidade da saúde pública. Em reunião recente da entidade, ele reforçou sua opinião sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), fazendo menção à implantação do Sistema ainda na década de 80. A declaração foi publicada no último boletim da Associação, em 3 de maio passado. 

?Nós temos o SUS da Constituição, temos o SUS pós-constitucional e temos o SUS real, que é uma mistura dos dois. O SUS constitucional é o resultado da mobilização da população, consciente dos seus direitos, querendo uma política pública de direitos de cidadania. O SUS pós-constitucional é o SUS ditado economicamente pelo FMI [Fundo Monetário Internacional] e socialmente pelo Banco Mundial ? tem dinheiro só para políticas focais e compensatórias; o SUS pobre para pobre. Os dois SUS convivem e conflitam permanentemente?.

Segundo ele, o país deixou que o grande capital tomasse conta do Estado e o SUS é um exemplo desse desvio. ?O SUS foi a política pública que mais avançou, mais aguerrida, que mais soube politizar ao final da ditadura e na construção da Constituição. É a luta que mais está escrita e amarrada na Constituição e, no entanto, muito mais da metade do dinheiro público para o SUS vai para o setor privado?, criticou o professor.
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Acontece

Experimentação animal
Estão abertas, até 16 de junho, as inscrições do terceiro curso internacional Métodos Alternativos à Experimentação Animal em Testes Toxicológicos e no Estudo da Relação Parasito-Hospedeiro (III MALTOX), organizado pelo Departamento de Microbiologia da UEL. O curso é gratuito e será realizado de 7 a 18 de agosto, com carga horária de 80 horas (38 teóricas e 42 práticas). As aulas teóricas serão realizadas no Laboratório Escola (LABESC) e as atividades práticas, no Interlaboratório do CCB (Sala do mestrado).
O curso é direcionado a profissionais das áreas de Ciências Biológicas, Veterinária, Zootecnia, Agronomia, Farmácia, Biomedicina, Medicina e Odontologia. O interessado deverá ter concluído ou estar cursando uma pós-graduação (Stricto sensu), e possuir experiência com modelos animais (vertebrados ou invertebrados) de investigação científica.  As inscrições podem ser feitas no Portal do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação: mct.gov.br.

Palestras em Alimentos
O Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos e o Programa de Pós-Graduação em Ciência de Alimentos do Centro de Ciências Agrárias (CCA) promovem o I Ciclo de Palestras em Alimentos. O Ciclo será realizado em dois períodos 29 e 30 de junho, e 28 e 29 de setembro, no Anfiteatro da Morfologia (Sala 241).
Os interessados podem fazer a inscrição para as duas etapas do evento ou participar de apenas uma. O objetivo é atualizar os participantes acerca de temas ligados à área. A primeira etapa (dias 29 e 30) terá como temas "Segurança de alimentos: Desafios e Atualidades" e "Alimentos Funcionais". Já a segunda vai envolver os temas Café: Composição e Processamento e Conceitos e Inovações para Embalagens de Alimentos.
Mais informações podem ser obtidas pelo endereço uel.br/eventos/cpalimentos .

Perícia Judicial Ambiental
O Departamento de Economia da UEL abriu inscrições para o curso de Capacitação Profissional em Perícia Judicial Ambiental. Interessados podem realizar a pré-inscrição com a professora Irene Domenes Zapparoli, do Departamento de Economia, pelo e-mail zapparoli@uel.br, pelo qual também podem ser obtidas mais informações.
O curso é direcionado para a comunidade interna e externa, e será realizado entre os dias 14 e 16 de julho, na Sala Multimeios do Centro de Ciências Exatas (CCE). As atividades serão ministradas das 8 às 22 horas. A carga horária é de 45 horas. Além dos módulos de teorização, o conteúdo programático prevê visita técnica, treinamentos, relato de experiência, palestra do Ministério Público e minicurso.

Ciência da Informação
Estão abertas as inscrições para o VII Seminário em Ciência da Informação (SECIN) que será realizado no Prédio do PDE no período de 21 a 23 de agosto deste ano. Esta edição traz como tema ?Linkando informações, culturas e comunidades: reflexões teórico-práticas?. As inscrições estarão abertas até 18 de agosto no endereço fauel.org.br.
O objetivo do Seminário de ressaltar o papel social e transformativo da informação em diferentes contextos além de evidenciar a estreita relação entre a informação e a sociedade. O evento é uma realização do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI) junto com o Departamento de Ciência da Informação, do Centro de Educação, Comunicação e Artes (CECA). A coordenação geral é da professora Luciane de Beckman Cavalcante.
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EDUEL

PRATELEIRA

Provérbios e expressões do latim: com 380 expressões e adágios de direito
Autoria: Nelson Attílio Ubiali

Sinopse: A obra, além de difundir a clássica cultura do Lácio, merece especial atenção de estudantes e profissionais do Direito, pois apresenta 380 "expressões e adágios" jurídicos. O Direito Ocidental, em sua vertente do "civil law" ou "direito romanístico", esteia-se, sobretudo, no Direito Romano, cujos princípios devem ser reavivados, especialmente diante da atual corrupção corrosiva das instituições democráticas: honeste vivere, alterum non laedere, suum cuique tribuere (viver honestamente, não lesar outrem, dar a cada um o seu direito).

Para que serve a história? A perspectiva de Hayden White
Autoria: Ricardo Marques de Mello

Sinopse: O livro é uma contribuição importante para historiadores profissionais e estudantes de História, especialmente aos que se dedicam à Teoria da História. Ao examinar de maneira séria e objetiva a obra de Hayden White, historiador polêmico e, até agora, pouco pesquisado no Brasil, o autor afasta-se de algumas interpretações simplistas e parciais que movimentaram os debates acadêmicos sobre a produção do historiador norte-americano durante as três últimas décadas. Mello examina a produção de Hayden White a partir da perspectiva e de seus pressupostos teóricos, evitando, assim, cair em conclusões apressadas e superficiais.

História, políticas e ética na área profissional da linguagem
Organização: Simone Reis

Sinopse: Coletânea que vem cobrir uma lacuna importante no campo de ensino de línguas, como vem sendo concebida e praticada no Brasil. Assim, proporciona ao leitor uma série de textos bem escritos e articulados que tratam, de modo aprofundado, sobre história, política e ética no ensino de línguas. São temas que, embora estejam presentes no dia a dia da profissão docente, raramente são objetos de uma reflexão sistemática. O livro traz ainda o texto da Carta de Londrina, produzido no primeiro Fórum da Profissionalização Docente, realizado em 29 e 30 de setembro de 2014, na Universidade Estadual de Londrina. É uma leitura necessária e mais do que recomendada, não só para os professores de línguas e demais profissionais da área, mas também para todo o público interessado.

Estes e outros títulos podem ser adquiridos na Livraria EDUEL.
Mais informações, pelo telefone 3371-4691. Ou pelo e-mail - livraria-uel@uel.br

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Publicação semanal da Universidade Estadual de Londrina
Reitora: Profª Drª Berenice Quinzani Jordão
Vice-Reitor: Prof. Dr. Ludoviko Carnasciali dos Santos
Editado pela Coordenadoria de Comunicação Social - COM
Coordenadora da COM: Ligia Barroso
Editor: José de Arimatheía
Fotógrafos: Gilberto Abelha e Daniel Procópio
Jornalista Diagramador: Moacir Ferri - (MTb-3277 PR)
Jornalista Diagramador e Editor eletrônico: Nadir Chaiben (MTb 3521-PR)
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