Agência UEL de Notícias
    Londrina, Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024 -  Busca   

 · Agência UEL de Notícias  · Jornal Notícia
21/02/2017  

JORNAL NOTÍCIA - 22 de fevereiro de 2017

Agência UEL

        

Um balanço dos 40 anos da Especialização em Docência no Ensino Superior

UEL submete projeto de eficiência Energética em edital da Copel

Pesquisa mostra hábitos de macacos-prego do Campus da UEL

Iniciação Científica é janela de oportunidade na Graduação

Humor e desenho no combate ao desperdício

Agenda

Pesquisa desvenda relação entre inatividade física e desempenho escolar

EDUEL

EXPEDIENTE

Um balanço dos 40 anos da Especialização em Docência no Ensino Superior

DIENE EIRE DE MELLO
SANDRA APARECIDA PIRES FRANCO *

No ano de 2016, o Curso de Especialização em Docência na Educação Superior comemorou 40 anos de existência, configurando-se como a especialização mais antiga da Universidade Estadual de Londrina, ofertada de forma ininterrupta desde a sua criação em 1976, quando a UEL tinha apenas cinco anos. O objetivo inicial do Curso de Especialização em Docência na Educação Superior era o de formar professores para o quadro da própria Universidade, que necessitava de formação teórico-pedagógica para atuar nas várias áreas de conhecimento e de cursos existentes naquele momento. Vale ressaltar que na década de 1960, o Brasil contava com 38 Programas de Pós-graduação, sendo 11 de Doutorado e 27 de Mestrado. Atualmente, a UEL possui mais Programas de Pós-graduação stricto sensu no âmbito de Mestrados do que o país todo na década de 1960.

Esse aspecto nos leva a indagar: se tal curso foi pensado para formar professores para a Docência no Ensino Superior, levando em conta a escassez de programas de Mestrados e Doutorados no país, como um Curso de Pós-graduação lato sensu resistiu a tantas mudanças no contexto social, político e econômico?

Tal questionamento nos faz refletir acerca de nossas próprias práticas e também da filosofia do trabalho adotada ao longo de quatro décadas. Pode-se dizer que atingimos a maturidade de um curso que vem se reinventando ao longo de todos estes anos, resistindo aos diversos embates em vários campos, sejam estes, no campo das políticas adotadas pelos vários governantes, pela escassez de recursos para o seu funcionamento, pelo arrefecimento de incentivos aos cursos de Especialização lato sensu, a partir da grande oferta de Programas de Pós-graduação no âmbito de Mestrados e Doutorados, entre tantos outros.

O Fórum da Educação na Constituinte (1987) apontou a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, a fim de garantir uma Educação Pública e de qualidade. Entretanto, o ensino que se tem como foco/ênfase na Universidade é a graduação, sendo a pesquisa alcançada por meio dos Programas de Pós-graduação no âmbito de Mestrados e Doutorados que têm grande visibilidade e status acadêmico nacional e internacional por meio das produções científicas divulgadas pelos docentes e discentes. Enfim, qual é o papel reservado aos cursos de Especialização nas Universidades? O que significa formar professores na atualidade em tais cursos? Que significado tem assumido o curso ao longo de sua história?

A Educação Superior pública tem resistido a várias investidas de governos que passaram a considerá-la como gastos e não investimentos. A crise que assola estados e a União são refletidas na falta de investimento nas Universidades, com impacto inevitável nas salas de aula em condições desfavoráveis, com falta de contratação de professores, laboratórios sucateados e ultrapassados e ao desinteresse e falta de atrativos para a Docência em virtude da alta exigência em detrimento dos baixos salários.

Esses são alguns aspectos da conjuntura social e econômica que assola a sociedade brasileira. No entanto, sem esquecer dessa globalidade, o foco de nossas lutas e de tantos outros professores que propuseram o curso de formação para a Docência no Ensino Superior ou que trabalharam apesar dos "parcos" recursos para formar com qualidade profissionais dotados de conhecimentos teóricos e práticos para assumir a docência com ética e responsabilidade, é a Docência e a formação do futuro professor universitário.

Trabalhamos com a hipótese de que a resistência e o fôlego de tal curso se deva ao espírito daqueles que souberam lançar olhares (gestores e professores) para a sociedade em cada momento histórico e apreender as reais expectativas não do mercado, não da economia, mas da sociedade e das necessidades e demandas que foram surgindo ao longo destes 40 anos. Entretanto, independente das mudanças ocorridas a partir das várias determinações sociais, pedagógicas, econômicas, o mesmo não perdeu seus principais fundamentos, que são: visão de um professor enquanto trabalhador na educação e a docência no Ensino Superior e a sua prática pedagógica em sala de aula.

O propósito do curso em toda a sua trajetória histórica foi a de não reduzir o trabalho do professor universitário a um pesquisador, nem a um técnico capaz de transmitir eficazmente um conteúdo, mas sim o de um professor capaz de unir por meio de sua docência a teoria e a prática de forma consciente e eficaz, proporcionando o conhecimento científico a seus alunos. Trata-se de um curso de Especialização que prima pelo conhecimento teórico-prático, pela responsabilidade da formação de homens que se sintam integrantes dessa sociedade e com a responsabilidade de proporcionar ações efetivas, éticas e educacionais a outros homens.

Por esta razão o curso de Especialização em Docência em Educação perdurou por 40 anos e a depender dos profissionais que o integram, tanto no âmbito da gestão quanto no âmbito da educação, perdurará por muito mais tempo. O quadragésimo primeiro ano deste curso já se inicia com esse propósito: o de que a Docência é transmitir o saber, o conhecimento científico com práticas pedagógicas conscientes e formadora de novos homens e mulheres, frente às dificuldades sociais, políticas e econômicas que assolam o Brasil.

* Diene Eire de Mello e Sandra Aparecida Pires Franco são professoras do Departamento de Educação da UEL, organizadoras do livro "Educação Superior: cenários e perspectivas"
Voltar

UEL submete projeto de eficiência Energética em edital da Copel


Projeto conta com participação de tecnicos da prefeitura, estudantes e professores do CTU

PEDRO LIVORATTI

A Prefeitura do Campus, o Centro de Tecnologia e Urbanismo (CTU) e a Fazenda Escola, do Centro de Ciências Agrárias, estão apresentando um projeto de eficiência energética estratégico com o objetivo de otimizar recursos e gerar parte da energia elétrica consumida no Campus da UEL. O projeto é baseado em quatro pontos estratégicos que passam pela substituição de lâmpadas, de condicionadores de ar e pela implantação de usinas geradoras de energia elétrica fotovoltaica. Outro ponto que deverá ser atacado é a criação de um sistema híbrido de eficiência energética, a partir de um grupo gerador de energia alimentado por biogás produzido com sobra de alimentos, resíduos de podas e dejetos de animais da Fazenda Escola.

A proposta foi habilitada na Chamada Pública VPDE 001/2017, no último dia 15, pela Copel Distribuição S.A. O projeto tem foco na conservação ambiental e na capacitação de recursos humanos e prevê investimentos da ordem de R$ 4,3 milhões incluindo equipamentos, materiais e bolsas de estudos. O prefeito do Campus Universitário, Dari de Oliveira Toginho Filho, explica que foram propostas quatro ações efetivas, incluídas em um Projeto de Eficiência Energética Prioritário e outro de Pesquisa e Desenvolvimento Estratégico.

"Fizemos estudos de pontos de alto consumo e elencamos iniciativas buscando racionalização, redução de consumo de energia elétrica e sustentabilidade", resume o prefeito. A proposta de projeto prevê a substituição de 9,6 mil lâmpadas fluorescentes de 40 watts por equivalentes em Led, consideradas duas vezes mais econômicas e quatro vezes mais duráveis. As lâmpadas estão presentes nas salas de aula, laboratórios, corredores e demais unidades administrativas em todo o Campus.

Outra medida de economia prevê a substituição de 40 condicionadores de ambiente por aparelhos mais modernos e econômicos (tecnologia inverter). Hoje a Universidade possui pouco mais de 500 condicionadores muito antigos, com mais de 10 anos de uso, cadastrados no sistema de patrimônio, que demandam a substituição visando economia de energia elétrica. De acordo com o prefeito, o maior gasto de energia no Campus está relacionado à iluminação e ao sistema de condicionamento de ambiente.

A terceira ação prevê a implantação de uma usina geradora de energia elétrica a partir de células (placas) fotovoltaicas de captação de energia solar. A proposta é contar a médio prazo com usina com capacidade de geração de até 250.000 watts de potência, o equivalente a 10% da demanda da Universidade.

Esta terceira ação se baseia na instalação de cinco módulos de 340 metros quadrados cada, que gerariam energia que seria incorporada à rede geral. O local mais adequado para a instalação das placas é na proximidade da rede de alta tensão, devendo ser objeto de avaliação técnica quando da aprovação final do projeto. O sistema, afirma o prefeito, poderá servir ainda como um fértil campo de estudo e treinamento.

Sistema alternativo inclui biodigestor

Outra ação proposta, incluída na chamada da Copel, é a aquisição e instalação de um Grupo Gerador alimentado a biogás com capacidade de 120.000 watts para a produção de energia elétrica em horários de pico, das 18 às 21 horas. O projeto considera a aquisição de um novo biodigestor e uso do equipamento instalado em 2012 na Fazenda-Escola da UEL, que funciona a partir de dejetos do setor de bovinocultura de corte, que passam por processo fermentativo gerando gás metano. A proposta de projeto de P&D foi apresentada pelo professor Fernando Fernandes do Departamento de Engenharia Civil do CTU.

Os biodigestores deverão ser alimentados com sobras de alimentos do Restaurante Universitário (RU), resíduos das podas efetuadas no Campus pela Divisão de Jardinagem da PCU e com dejetos dos animais da Fazenda-Escola. Segundo Dari Toginho, os biodigestores farão o processamento dos resíduos, produzindo o biogás utilizado para alimentar o gerador de energia elétrica. O material que sobra deste processo é considerado adubo orgânico de excelente qualidade, que poderá ser utilizado nas áreas de plantio da própria fazenda. 
Voltar

Pesquisa mostra hábitos de macacos-prego do Campus da UEL


Leandro Dias e Mariana Lorenzo passaram os últimos meses acompanhando o grupo para checar comportamento e hábitos alimentares

PEDRO LIVORATTI

Avaliar o comportamento do grupo de macacos-prego que habitam há mais de 30 anos a área verde do Campus da UEL e alertar a comunidade universitária para uma convivência pacífica com os animais. Estes são alguns dos objetivos do projeto de pesquisa desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa de Comportamento Animal, do Departamento de Biologia Animal e Vegetal (BAV) do Centro de Ciências Biológicas (CCB), iniciado oficialmente em 2016. Os primeiros estudos iniciaram um ano antes, a partir da necessidade apontada pela Prefeitura do Campus para alertar a comunidade interna sobre procedimentos com os animais, que comumente são vistos próximos a salas de aula, laboratórios e demais unidades.

O grupo de pesquisa é formado por estudantes de graduação e pós-graduação, um agente universitário, além da professora Ana Paula Vidotto Magnoni, coordenadora da pesquisa. Os estudos focam os hábitos dos animais, dieta alimentar, além da observação do impacto das ações informativas junto à comunidade. Para dar uma dimensão maior, o grupo de pesquisa mantém uma página no Facebook (Macacos prego da UEL), com mais de 700 seguidores, onde compartilha informações, fotos, vídeos e mensagens. Pelo menos quatro trabalhos científicos estão em andamento.

Os pesquisadores já mapearam que o grupo da UEL é composto por 26 animais, sendo seis fêmeas. Uma curiosidade é que o grupo tem hoje quatro bebês, todos machos. Os hábitos do grupo começam a ser conhecidos. A mestranda Mariana Lorenzo e o estudante de graduação Leandro Dias passaram os últimos 12 meses literalmente atrás dos macacos para quantificar e entender os hábitos dos animais. Eles identificaram cada um deles pelas características faciais e até corporais.

Quem trabalha com primatas tem de aprender a considerar estas particularidades. Macacos, assim como os seres humanos, possuem feições e expressões próprias que podem ser identificadas. Os animais ganharam apelidos Harry, João, Tico, Juca, Hanks, Zoe, Lu, Brow, Dixie.

De dia o grupo percorre ou prefere vários locais como Centro de Tecnologia e Urbanismo (CTU), Centro de Estudos Sociais Aplicados (CESA), Centro de Ciências Agrárias (CCA) e as áreas verdes existente nas proximidades do Núcleo de Estudos da Cultura Japonesa (NECJ) ou da Capela, no Calçadão. Eles tem também vários dormitórios, entre eles a mata da Fazenda Escola.

Embora possam parecer uma atração, os macacos são considerados perigosos pela comunidade universitária, despertando medo e até o desejo de que o correto seria remover todo o grupo para outro local. A convivência não é a desejável ou amistosa.

"Queremos disseminar informações para que a comunidade entenda e se conscientize de que é possível conviver", resume a professora Ana Paula. Ela propõe uma mudança de olhar sobre o grupo. Como um animal silvestre, o macaco reage quando se sente ameaçado. Da mesma forma o grupo tem atitudes para se proteger. As fêmeas tem filhotes e acabam tendo as reações naturais quando entende que as crias correm algum perigo. Como acontece nos grupos de animais, há um macho dominante, que tem a preferência das fêmeas. Não raro existem brigas entre os machos, na disputa pelas parceiras.

Uma das linhas de pesquisa desenvolvida pelo grupo foca os hábitos alimentares. Ao contrário do que a comunidade acredita, o Campus e suas áreas verdes oferece comida em abundância ao grupo. A dieta é rica, baseada em folhas, insetos e frutos. Os pesquisadores concluíram que eles se alimentam de mais de 70 tipos de plantas, entre elas sementes de árvore 7 Copas, araçá, ingá, cereja do campo, coquinho e palmito, frutas como goiaba, jaboticaba e pitanga. O hábito de revirar lixeiras ou de buscar alimentos dos seres humanos se dá pela facilidade, embora os estudos demonstrem que esta comida faz mal à saúde, provocando diabetes, problemas nos dentes. Há relatos também de alteração da pressão sanguínea.

"Entendemos que existe ainda o efeito do vício, uma vez que o animal, assim como o ser humano, pode desenvolver este comportamento. Por isso a aproximação com o homem é desaconselhável", afirma a coordenadora da pesquisa.

Animais não são transmissores de febre amarela

O aumento no número de casos de febre amarela tem despertado dúvidas sobre os procedimentos para evitar a doença, entre eles a vacinação, que, de acordo com o Ministério da Saúde, só é recomendável para as áreas de risco. Até o momento, foram confirmados 234 casos de febre amarela silvestre no país e há outros 877 em investigação, sendo 84% dos casos relatados em Minas Gerais.

De acordo com a professora Ana Paula, os macacos não transmitem a doença. Há duas formas de transmissão de febre amarela - a silvestre e a urbana. Na silvestre, a infecção é entre macacos e mosquitos silvestres, que só vivem na floresta. Se uma pessoa entra na floresta e é picada por esse mosquito pode se infectar com o vírus, caracterizando posteriormente a febre amarela urbana.

A professora destaca que a partir deste mês de fevereiro, o grupo de pesquisa vai trabalhar de forma integrada com o Grupo de Trabalho de Vigilância e Controle do Aedes da UEL. O objetivo é ampliar o raio das ações desenvolvidas para o controle da doença. Uma ação prática possível e que pode ter um grande efeito é evitar a alimentação dos macacos pelos humanos, concentrando os animais em locais definidos, reduzindo a interferência e a convivência.

Ana Paula alerta, no entanto, que o problema de contaminação poderia ocorrer com a chegada de algum animal doente. Ela afirma que falta controle mais efetivo para evitar o tráfego de animais silvestre como répteis, aves e até espécies maiores. Os relatos de descobertas deste tipo de ação via malote de correios são cada vez mais comuns, sem considerar as apreensões por parte dos órgãos de fiscalização ambiental.

Outro fator importante, afirma ela, seria a realização de exames preventivos nos animais do Campus da UEL e no grupo que habita a área do parque Artur Thomas. Em Maringá, a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) está realizando o controle epidemiológico de mais de 500 macacos-prego no Horto Florestal. Semanalmente são coletadas amostras de sangue e encaminhadas para o laboratório da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, em Foz do Iguaçu.

Regras de convivência

? Não alimente os macacos. Eles possuem dieta natural composta de insetos, sementes e frutos coletados nas áreas verdes.

? Existe abundância de alimentos no Campus, tanto que pesquisadores levantaram mais de 70 itens diferentes da dieta.

? O alimento humano atraí o macaco-prego pela facilidade de encontrá-lo, mas pode prejudicar a saúde dos animais.

? Evite jogar restos de alimentos nas lixeiras abertas. Elas podem ser atrativas para os animais, mesmo com comida abundante.

? Ao contrário do que se pensa, o grupo de macacos-prego da UEL é composto apenas por 26 membros, a maioria fêmeas e quatro filhotes machos.

? O grupo tem atitudes para se proteger. As fêmeas acabam tendo reações naturais quando entendem que as crias correm algum perigo.

? Há um macho dominante, que tem a preferência das fêmeas. Não raro ocorrem brigas entre machos, na disputa pelas parceiras.

? Não sorria para o macaco. Mostrar os dentes pode ser interpretado como provocação.

? Não se aproxime dos animais. Eles andam sempre em grupo e podem reagir se entenderem que existe uma ameaça.

(Fonte: Grupo de Pesquisa de Comportamento Animal da UEL)
Voltar

Iniciação Científica é janela de oportunidade na Graduação


Júlio Barcelos: preparo para a vida

BEATRIZ BOTELHO

Um dos mais importantes eventos sediados na UEL no ano passado, o XXV Encontro Anual de Iniciação Científica (EAIC), realizado juntamente com o VI Encontro Anual de Iniciação Tecnológica e Inovação (EAITI), reuniram centenas de jovens pesquisadores, em outubro passado, para trocar experiências. Mais do que a oportunidade para apresentar os primeiros resultados de trabalhos, estudantes puderam ouvir de pesquisadores renomados o quanto a produção científica e tecnológica impacta a carreira profissional e a própria sociedade.

Para Júlio Otávio Barcellos, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a iniciação científica é uma janela de oportunidades na graduação. Além de aprender metodologia cientifica, ter contato com outros pesquisadores, a iniciação possibilita ao estudante ir além do aprendizado. ?Ele aprende a se portar em uma apresentação de trabalho e a debater suas idéias. A iniciação científica prepara para a vida e o deixa mais maduro?, afirma.

O professor defende que o papel do docente é ser mentor do estudante, para que este possa compartilhar uma experiência completa. Na UEL 878 alunos bolsistas participaram do último EAIC, compartilhando experiências e expondo suas pesquisas.


Osvaldo Alves: inovação precisa ser aplicada

Aproximação com a indústria ? outro palestrante convidado foi o professor Oswaldo Luiz Alves, da Universidade de Campinas (UNICAMP), que falou sobre ?Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento?. Ele é fundador do Laboratório de Química do Estado Sólido (LQES), no Instituto de Química da Unicamp, atuando diretamente nos últimos 15 anos com nanotecnologia. Segundo o professor, o LQES obteve 35 patentes, sendo seis internacionais, numa aproximação maior com as indústrias.

As pesquisas já envolveram mais de 120 estudantes de graduação e pós-graduação colocando-os em contato com a tecnologia e a inovação e, além disso, com o empreendedorismo e a criação de novos produtos. Para o professor, a aproximação com o setor produtivo permite ao estudante avançar nas descobertas, porque, de fato, toda a inovação produzida na universidade acaba sendo aplicada. Entre os produtos produzidos no LQES, por exemplo, estão uma palmilha antibacteriana, utilizada por uma empresa do Rio Grande do Sul. ?O trabalho científico deve ser feito com excelência, mas sempre pensando nas possibilidades na aplicação?, afirma.
Voltar

Humor e desenho no combate ao desperdício

Tema de matéria do Notícia de 25 de janeiro, projeto desenvolvido por estudantes do 2º ano de Design da UEL buscam reforçar a campanha do Restaurante Universitário (RU) para combater o desperdício de alimentos por meio da sensibilização dos usuários. A solicitação partiu da administração do Restaurante, preocupada com o melhor aproveitamento dos alimentos servidos diariamente. O Restaurante da UEL tem capacidade para 4 mil refeições/dia.

Os trabalhos abusam da linguagem das HQs e mostram situações e comportamentos dos usuários do RU. Os estudantes foram divididos em cinco grupos, apresentando três tirinhas, que o Notícia passa a mostrar. As criações foram desenvolvidas dentro da disciplina História em Quadrinhos, coordenada pela professora Paula Napo, e Pré-Produção e Edição de Imagens, do professor Marcelo Andreo.
Voltar

Agenda

NAFI realiza avaliação física
O Programa de Atividades Física (NAFI), do Centro de Educação Física e Esporte (CEFE) da UEL, oferece avaliação física para a comunidade interna e externa, interessada em averiguar estatura, peso corporal, percentual de gordura, flexibilidade, dinamometria, força abdominal, teste em esteira, entre outros. As avaliações são realizadas sempre às segundas-feiras, das 9 às 16h30, com duração de 30 minutos. O valor da avaliação é de R$ 80,00.

O agendamento deve ser feito pelo e-mail nafi@uel.br, e o pagamento na Secretaria do NAFI, que funciona das 13h30 às 18 horas, de segunda-feira à sexta-feira. O Nafi informa ainda que, durante o exame, os homens devem usar camiseta, shorts, sunga e tênis. Já as mulheres devem trajar camiseta, maiô ou top, além de shorts de lycra e tênis.

Análise do Comportamento
Estão abertas as inscrições para a V Jornada de Análise do Comportamento (JAC-UEL), que será realizada nos dias 4 e 5 de maio, no Anfiteatro Cyro Grossi, no Centro de Ciências Biológicas (CCB), no Campus da UEL. Profissionais, docentes e estudantes podem se inscrever no endereço www.uel.br/eventos/jac/. A programação conta com palestras e apresentação de trabalhos. O prazo final para envio de trabalhos é 10 de abril.

A jornada busca aprofundar a o tema Análise do Comportamento com foco no preparo de acadêmicos interessados em se candidatar em programas de pós-graduação Stricto sensu. Serão apresentadas as linhas de pesquisa e temas para orientação de trabalhos e estudos do Programa de Mestrado em Análise do Comportamento da UEL. Informações pelo telefone (43) 3371-4227, pelo e-mail jornada.ac.uel@gmail.com ou pelo site www.uel.br/eventos/jac/.

Fórum Iscar-Brasil
Estão abertas as inscrições para o IV Fórum Iscar-Brasil, evento bianual, que reúne pesquisadores que trabalham com temáticas social, histórica e cultural, como as desenvolvidas por Vygotsky, Leontiev e Luria. Com o tema central ?Cenários da teoria da atividade sócio-histórico-cultural nos contextos dos grupos de pesquisa do Brasil?, o evento será realizado nos dias 28 e 29 de abril, no Campus da UEL.

Interessados podem se inscrever no site https://forumiscar.wordpress.com/. O Fórum busca aprofundar questões relacionadas à perspectiva do desenvolvimento humano, além de analisar formas de participação nas práticas sociais, destacando particularmente algumas condições como o impacto do desenvolvimento tecnológico e dos processos educacionais, além de fortalecer espaços conjuntos de discussão transdisciplinar.

O Fórum Iscar-Brasil é realizado pela Seção Brasileira da International Society for Cultural and Activity Research (ISCAR-Brasil), em parceria com renomadas instituições de ensino. A primeira edição aconteceu em 2010, no Centro Brasileiro Britânico, em São Paulo. A programação completa está disponível no endereço https://forumiscar.wordpress.com/programacao/.

Representante docentes no Conselho
Estão abertas as inscrições para a eleição que vai escolher representantes das cinco classes da carreira docente no Conselho Universitário da UEL. As inscrições vão até 3 de março, junto ao Sistema de Arquivos (SAUEL), com declaração da Pró-reitoria de Recursos Humanos (PRORH). O prazo para solicitar a declaração vai somente até o dia 24 deste mês, próxima sexta-feira. A eleição está marcada para o dia 18 de abril. Serão escolhidos um representante titular e um suplente, de cada uma das seguintes classes da carreira docente: professor titular, associado, adjunto, assistente e auxiliar. O mandato será de dois anos, de 11 de abril de 2017 a 10 de abril de 2019. O Regimento Eleitoral (Ato Executivo 02/2017) e Cronograma Eleitoral estão disponíveis no endereço www.uel.br/gabinete/portal/pages/edital-eleicoes.php.
Voltar

Pesquisa desvenda relação entre inatividade física e desempenho escolar


Para o professor Gustavo Aires de Arruda, hábitos saudáveis combatem doenças, obesidade e dores. Crianças e adolescentes ativos tem mais chances de se tornarem adultos saudáveis

PEDRO LIVORATTI

Pesquisa desenvolvida no Centro de Educação Física e Esporte (CEFE) da UEL joga luz em um problema comum relacionado às novas gerações que priorizam o computador e a TV em detrimento a programas ao ar livre, que possibilitam a prática de esportes e exercícios físicos. O projeto representa a tese de doutorado do professor Gustavo Aires de Arruda, do Departamento de Estudos do Movimento Humano, com orientação do professor Arli Ramos de Oliveira, dentro do programa de Pós-graduação associado UEL/UEM em Educação Física. O estudo demonstra a importância de hábitos saudáveis e da prática esportiva como antídoto para doenças cardiovasculares, obesidade e dores na coluna. O estudo demonstrou ainda que adolescentes ativos têm mais chances de se tornarem adultos saudáveis, embora o exercício não interfira diretamente no desempenho escolar.

O levantamento representa uma pesquisa comparativa com cerca de 250 estudantes de duas escolas estaduais de Londrina a partir de informações (dados fisiológicos) coletados nos anos de 2010 e 2013.

?O incentivo à prática de exercício físico ganha importância na medida em que alunos que adquirem hábitos saudáveis acabam mantendo-os no decorrer da vida?, resume o pesquisador. Ele detalha que o levantamento longitudinal, ou seja, que acompanhou os mesmos personagens em um período de três anos de diferença, permitiu observar que os jovens que tinham hábitos do exercício físico rotineiro foram beneficiados com o chamado efeito tracking no final da adolescência.

A investigação do professor foi dividida em quatro etapas com os subtemas prática de atividade física; prática de esporte e/ou exercício físico e fatores de risco cardiovascular; prática de esporte e/ou exercício físico e dores na coluna; prática de esporte e/ou exercício físico e desempenho escolar.

Os resultados demonstraram que jovens suficientemente ativos tiveram três vezes mais chance de manter um estilo de vida ativo. Outro dado impactante foi relacionado a jovens com excesso de massa corporal (sobrepeso ou obesidade). De acordo com a pesquisa, adolescentes com sobrepeso/obesidade apresentaram 36 vezes mais chance de manter a condição.

?Os jovens que apresentaram sobrepeso ou obesidade no início do estudo mostraram uma predisposição a se manter nesta condição, isto reforça que a prevenção é fundamental para uma boa condição de saúde?, resume o pesquisador. De acordo com os dados levantados, 39,8% dos estudantes analisados apresentaram quadro de sobrepeso ou obesidade em algum momento. Os dados refletem números nacionais. Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde aponta que uma em cada três crianças de cinco a nove anos está acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para o professor, a situação ainda se complica porque ?o sobrepesado, se não tiver uma intervenção terá uma maior chance de se tornar um obeso?, afirma ele.

Estudo verificou casos de dores na cervical

O levantamento mostrou ainda que 46,6% dos estudantes apresentaram problemas de dores na coluna em algum momento do estudo. A pesquisa verificou casos de dores na cervical, lombar e na torácica. De acordo com o pesquisador, aqueles que apresentaram dores no início do estudo, tiveram três vezes mais chances de apresentar o quadro posteriormente. Meninas representam o grupo com maior frequência do problema, 59,1%, contra 36,5% dos adolescentes do sexo masculino.

Ele chama a atenção que a prática constante de exercícios melhora os quadros de dores, embora existam modalidades e práticas que podem provocar impactos. A recomendação se baseia no fato de que quanto maior a força muscular e a flexibilidade, melhor a postura e menor a chance de ter dor na coluna.

Para analisar a relação desempenho escolar e prática de esportes, a pesquisa avaliou o desempenho dos estudantes, considerando notas maiores do que a média sete em pelos menos 70% das disciplinas, sem o registro de reprovação nas demais. O professor identificou que o exercício não interferiu diretamente no desempenho escolar, embora alguns estudos revelem que a vida ativa causa efeito positivo em funções cognitivas. ?A prática de atividade física proporciona bem estar, influenciando a capacidade de atenção e memória?, afirma ele. 
Voltar

EDUEL

PRATELEIRA

Povoações abandonadas no Brasil
Autor: Nestor Razente
Formato: Impresso e eBook

Sinopse: Por que aglomerados urbanos são despovoados e abandonados se o horizonte da sociedade do século XXI é a cidade? Procurando resposta para essa pergunta, a obra relata a criação e o ruinísmo de oito aglomerados urbanos ocorridos nos últimos duzentos anos: Ayrão Velho (AM), Fordlândia (PA), Ouro Fino (GO), Biribiri e Desemboque (MG), Bom Jesus do Pontal (TO), Cococi (CE) e Ararapira (PR). No caso brasileiro, a resposta está na História e no processo civilizatório na modernidade brasileira.

Dos sentimentos de honra na literatura política do antigo regime: as concepções de Montesquieu
Autor: Thiago Rodrigo Nappi
Formato: Impresso e eBook

Sinopse: Ao longo do Antigo Regime, a nobreza utilizou-se daquilo que entendeu ser a honra, para assim distinguir-se dos demais estratos da sociedade, requerendo as distinções e os privilégios dos quais ela própria julgava ser merecedora. Por isso, não se deve pensar na honra como um conceito filosófico atemporal, algo desarraigado de uma estrutura social específica. E a principal fonte de análise para se compreender o que foram os ideais de honra para a aristocracia dos séculos XVI ao XVIII é a literatura política de época. As transformações do poder ocorridas no âmbito da monarquia absolutista fizeram com que os sentimentos honoríficos sofressem alterações sensíveis. São essas movimentações conceituais o objeto de análise deste livro.

Corpo e sentido
Autor: Jacques Fontanille
Tradutores: Fernanda Massi e Adail Sobral
Formato: Impresso

Sinopse: Concentra-se particularmente no argumento principal de uma teoria semiótica do corpo. O sentido só é apreendido em suas transformações e transposições, quaisquer que sejam elas: a junção e o ajustamento de uma expressão e de um conteúdo, a enunciação que transpõe uma experiência em um mundo significante etc. Para cada uma dessas transformações, deve-se supor uma força que é mobilizada por um actante, ao qual pode-se atribuir a operação. A transformação e o actante que a realiza jamais são, de fato e de direito, isolados: reencontram outras transformações em curso, e outros actantes, implicados na mesma situação semiótica e imersos no mesmo ambiente de sentido.

Estes e outros títulos podem ser adquiridos na Livraria EDUEL.
Mais informações, pelo telefone 3371-4691. Ou pelo e-mail - livraria-uel@uel.br

Voltar  

EXPEDIENTE


Publicação semanal da Universidade Estadual de Londrina
Reitora: Profª Drª Berenice Quinzani Jordão
Vice-Reitor: Prof. Dr. Ludoviko Carnasciali dos Santos
Editado pela Coordenadoria de Comunicação Social - COM
Coordenadora da COM: Ligia Barroso
Editor: José de Arimatheía
Fotógrafos: Gilberto Abelha e Daniel Procópio
Jornalista Diagramador: Moacir Ferri - (MTb-3277 PR)
Jornalista Diagramador e Editor eletrônico: Nadir Chaiben (MTb 3521-PR)
Endereço: UEL - Campus Universitário - Caixa Postal 6001 - CEP 86051-990 - Londrina - Paraná - Página na Internet: www.uel.br
COM: Fone (43) 3371-4361 - 3371-4115 - Fax 3328-4593 (redação)
Endereço Eletrônico: noticia@uel.br

Voltar




rodapé da notícia

  14h22 16/04/24 - Revista do Meio-Dia (UEL FM)
  14h21 15/04/24 - Revista do Meio-Dia (UEL FM)
  14h19 12/04/24 - Revista do Meio-Dia (UEL FM)
  12h29 11/04/24 - Revista do Meio-Dia (UEL FM)
  12h28 10/04/24 - Revista do Meio-Dia (UEL FM)
D
DESTAQUES ::.

Portal O Perobal

Jornal Notícia

Rádio UEL FM

TV UEL
B
BUSCA no SITE ::.
C
CANAIS ::.
COMITÊS / COMISSÕES
OUTROS ENDEREÇOS
PORTAIS
PROGRAMAS / PLANOS
SAÚDE
SERVIÇOS
Fale com o Reitor
Agenda do Reitor
Holerite
Certificados Declarações
L
LINKS ::.
                             
© Universidade Estadual de Londrina
Coordenadoria de Comunicação Social
Rodovia Celso Garcia Cid | Pr 445 Km 380 | Campus Universitário
Cx. Postal 10.011 | CEP 86.057-970 | Londrina - PR
Fone: (43) 3371-4361/4115/4331  Fax: (43) 3328-4593
e-mail: noticia@uel.br