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07/12/2016  

JORNAL NOTÍCIA 1.356 - 7 de dezembro de 2016

Agência UEL

        

Shakespeare vivo, Shakespeare morto: aspectos de uma controvérsia literária

A cidade como aliada da população

Laboratório do HU se equipara aos maiores do país

Exercícios físicos para a saúde mental

Para preservar a memória e a História da Educação

Oferecer mais a quem já tem mais

Amparo para quem precisa

Professor da Comunicação recebe prêmios internacionais

Hemocentro amplia atendimento e demanda

Shakespeare ensina História para deficientes visuais

Laboratório de Fisioterapia é reformado e ampliado

UEL aprova 62 projetos em edital de pesquisa

A MP nº 746 e a desintegração Latino-Americana

UEL forma 12 novos doutores

Novas resoluções para o calendário acadêmico 2016

Livro de Astrobiologia tem autores da UEL

EXPEDIENTE

Shakespeare vivo, Shakespeare morto: aspectos de uma controvérsia literária

MARCOS ANTÔNIO LOPES*

Os cerca de quatrocentos e vinte anos que separam os dias que correm da intensa atividade criativa de Willian Shakespeare (1564-1616) são um lapso de tempo pouco significativo, se pensarmos na perenidade de seus textos, na intensidade de sua "vida" após a morte. Para peças teatrais concebidas a toque de caixa como rentável negócio para uma Companhia profissional de teatro, fica a dúvida lançada pelo acadêmico Stephan Greenblatt, na biografia do Bardo de Stratford-upon-Avon: como foi possível a Shakespeare exprimir o homem da forma como o fez, principalmente quando se leva em consideração a pouca originalidade de seus temas, muitos deles já abordados e repisados por autores que o precederam, ou que lhe foram contemporâneos?

Ora, não custa lembrar que a obra de Shakespeare ocupa cadeira cativa nas redes hierárquicas alternantes da tradição literária ocidental, redes estas muito sensíveis às variações seletivas das posteridades que se sucedem no tempo. Shakespeare nunca sai de cena. Portanto, a ele não se aplica a norma "viva o novo", justamente porque suas tragédias, comédias e peças históricas sempre demonstram uma insuperável capacidade de impor aos gostos variáveis das gerações a regra de Schopenhauer: o novo raramente é bom, porque o que é bom só é novo por pouco tempo! Isso talvez explique a onipresença shakespeariana ontem e hoje, sempre capaz de atrair leitores atentos e exigentes. Em termos de linguagem, o autor não encontra concorrência. Sentindo as carências do inglês de seu tempo, incluiu em seu idioma centenas de palavras que ele mesmo criou, para cobrir as lacunas do vocabulário disponível. Ilustrativo da força de expressão shakespeariana é o exemplo dado pelo filósofo oitocentista Emerson, ao referir-se a linguagens que falam de maneira tão natural ao leitor, que fazem um texto parecer uma prosa ao vivo com o seu autor. Assim, se cortarmos a palavras que ele pronuncia em Hamlet, elas sangrarão, porque são vasculares e estão vivas. Emerson observou ainda que, de todos os viventes que em algum grau dominaram a língua inglesa, Shakespeare foi aquele que possuiu maior alcance. Desse domínio incomparável ele pôde dizer em inglês tudo o que efetivamente poderia ser pensado em inglês, acrescendo a tal maestria que quando se tratar de talento e poder mental, a humanidade não terá nada equivalente para exibir.

E como disse o historiador Thomas Carlyle em seu conhecido livro sobre grandes homens, "há mais no intelecto de Shakespeare do que nós até agora temos visto. As mais longínquas gerações de homens encontrarão novos sentidos em Shakespeare, novas elucidações sobre o próprio ser humano". Carlyle comparou o dramaturgo inglês a uma espécie de patrimônio muito mais vasto do que todo o Império da Índia, por que o destino de todos os impérios terrenos é desfazer-se mais dia menos dia; mas não o império de uma palavra com o engenho shakespeariano. Mas, para além da excelência da linguagem, o profundo domínio das questões humanas é o que mantém Shakespeare vivo. O crítico literário Harold Bloom considera que a universalidade das reflexões shakespearianas é de tal extensão que suas peças poderiam ser encenadas até em outros mundos. Onde haja traços de humanidade, ali suas obras se instalam como uma expressão visceral do que é humano. Segundo Bloom, "Shakespeare é uma forma tão vasta de pensamento e linguagem, de pessoas e convulsão espiritual, e de insinuações de transcendências bloqueadas pela realidade, que apenas começamos a compreendê-lo e absorvê-lo [...]".

Diante de tais avaliações, o Shakespeare que hoje nos chega do passado está vivo ou morto? Segundo Bloom, os decretos de morte lançados ao autor perderam o prazo de validade; em verdade, constituem uma figura de linguagem falseadora já que a vida de um autor (qualquer autor) é um dado real ocorrido no tempo histórico, algo passível de controle e medida. Desse modo, Bloom credita na contabilidade biográfica de Shakespeare o fato de ele ter concebido, e efetivamente escrito, trinta e oito peças teatrais, enquanto as "energias sociais" de seu tempo - ou seja, as condições da realidade de seu mundo histórico, e que, para alguns, falam mais alto do que o próprio autor na composição de uma obra -, nada produziram no campo da criação literária. Bloom considera que Shakespeare está tão ou mais vivo do que qualquer crítico engajado em causas sociais da atualidade. Para ele, uma abordagem histórica das obras literárias requer um gênero de contextualização do texto que se fixe no autor e no campo de sua criação original, em vez de atribuir peso maior a questões externas de flagrante menor valor, como se fossem elas as forças decisivas do processo de criação da literatura. Ao reconhecer a perenidade do pensamento de autores já mortos, Bloom segue o propósito de se contrapor ao que avalia como uma impropriedade da análise linguística hodierna, porque o tanto de vida concentrada em personagens como Falstaff e Hamlet os coloca sempre em circulação, independentemente das mordidas de Cronos.

*Marcos Antônio Lopes é doutor em História pela USP e professor do Depto. de Ciências Sociais da UEL. É autor de "Texto, contexto, interpretação" (Eduel), de onde foram extraídos trechos para a composição deste artigo.
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A cidade como aliada da população


"É preciso entender como o ambiente afeta a percepção do espaço das pessoas, e passar a ver a cidade como uma complexidade de eventos e pessoas", diz a professora Milena Kanashiro (direita)

CRISTIANO RANTIN*

Como as pessoas poderiam se movimentar mais, abandonando os carros e escolhendo formas mais saudáveis para se locomover? Para responder essa pergunta é importante antes entender se as cidades são feitas para os motoristas ou para os pedestres, isto é, se ela foi projetada para pessoas ou para carros. Quanto mais ela beneficia as pessoas, maior o índice de Caminhabilidade.

O estudo "A construção do índice de Caminhabilidade na cidade de Cambé" - desenvolvido pelas estudantes Monica Cristina Nishikawa Motomura (Mestrado) e Larissa Casaril da Fontoura (graduação), e pela professora Milena Kanashiro (coordenadora) - explica que apesar de ainda não se saber ao certo o que fazer para incentivar as pessoas a praticarem mais atividade física, o ambiente onde essas pessoas vivem é capaz de estimular de maneira positiva esta prática, e ser um aliado no combate de doenças crônicas como a obesidade e diabetes ou até mesmo doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer, por exemplo.

"As cidades podem ou não contribuir para um estilo de vida mais saudável", defende Kanashiro, professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo do Centro de Tecnologia e Urbanismo (CTU) da UEL, e coordenadora do projeto de pesquisa "Análise da Caminhabilidade em bairros residenciais". Ela explica que em uma cidade onde é possível suprir todas as suas necessidades apenas caminhando, as pessoas acabam escolhendo deixar os carros na garagem e resolvendo tudo a pé. "Se as pessoas não conseguem ir ao trabalho, fazer compras, passar em uma padaria e mercado ou se divertir sem o uso de um carro, isso é prejudicial para a saúde delas", afirma.

Usando a Gleba Palhano como exemplo, um bairro nobre da zona sul de Londrina, a professora explica que ali o índice de Caminhabilidade é bastante baixo. Os muros altos dos condomínios e as longas ruas acabam passando uma sensação de insegurança. "A pessoa acaba sentindo que se algo de ruim acontecer com ela ali, ninguém vai conseguir ver ou ajudar", diz.

Esses tipos de construção se enquadram no conceito de "arquitetura hostil", um termo muito conhecido quando se discute se a cidade funciona a favor ou contra as pessoas. Exemplos mais comuns dessa hostilidade costumam ser direcionados principalmente a moradores de rua, mas não apenas a eles, afetando também qualquer transeunte. Grandes metrópoles, como Londres, acabam adotando medidas contra as pessoas, plantando espinhos em lugares onde as pessoas poderiam se sentar ou deitar ou criar bancos curvos ou cheio de separações para evitar que seja possível dormir neles.

Para Kanashiro, no entanto, essa hostilidade afeta muito mais do que o conforto físico, atingindo suas sensações e sentimentos e até comprometendo a saúde da coletividade. "É preciso entender como o ambiente afeta a percepção do espaço das pessoas, e passar a ver a cidade como uma complexidade de eventos e pessoas", comenta a professora.

O estudo - Para calcular o índice de Caminhabilidade, Motomura explica que são levadas em consideração quatro principais variáveis: a Diversidade Residencial, na qual é analisado lote por lote da área estudada, para entender a taxa de distribuição de residências por terreno; a Área de Comércio, para entender se existe variedade de lojas e estabelecimentos comerciais; a Densidade de Intersecções, para avaliar a quantidade de conectividades e intersecções nas ruas, para saber se existe ou não a possibilidade de escolher caminhos alternativos para chegar em um mesmo lugar;  e a Diversidade de Uso da Área, pela qual existem 5 tipos de construções que podem ser encontradas e classificadas: Residencial, Comercial, Entretenimento (como bares, restaurantes, academias e clubes), Institucional (como escolas e universidades) e Industrial.

No estudo feito pelas pesquisadoras na cidade de Cambé, a tecnologia foi uma grande aliada, especialmente a "Google Street View", utilizada na obtenção de dados como a distribuição de estabelecimentos pela cidade ou a quantidade de intersecções existentes. Dados do último Censo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também foram utilizados para calcular a densidade demográfica de cada área da cidade.

Com esses dados em mãos foi possível criar o "Mapa do Índice de Caminhabilidade" de Cambé. A partir disso foi possível chegar à conclusão de que o maior índice de Caminhabilidade está presente em áreas comerciais e institucionais, onde é possível suprir as necessidades sem o uso de algum outro meio de transporte. Motomura aponta que o capital social também influencia diretamente nos resultados da análise. "Como as pessoas se sentem é algo a se levar em conta durante o cálculo do índice", diz.

O capital social é um termo da Economia Social, diretamente ligado à confiança e reciprocidade. Nesse estudo ele é utilizado com um sentido semelhante, para ver se as pessoas se sentem como parte de uma comunidade, se elas se ajudam ou confiam em seus vizinhos. "É importante considerar como as pessoas percebem o espaço onde vivem, pois o ambiente tem que permitir que ela se sinta bem e segura para ser um bom lugar", afirma Kanashiro.

Os índices de Caminhabilidade têm sido aplicados em algumas cidades de países desenvolvidos ou em grandes metrópoles da América Latina, geralmente lugares onde existe um bom planejamento do desenvolvimento urbano. Motomura e Kanashiro defendem que o estudo feito em Cambé, uma cidade sem um banco de dados nessa área que pudessem ser consultados, pode ser replicado em outras cidades do país, como o novo estudo que elas começam a fazer, tendo Londrina como objeto de estudo.

A aplicação desse estudo em outras cidades pode fazer parte das políticas públicas, auxiliando na adaptação e inserção de um bom índice de Caminhabilidade durante o planejamento urbano, melhorando a qualidade de vida das pessoas e estimulando-as à prática de atividade física, além de ajudar a entender alguns problemas socioeconômicos. "É preciso entender como podemos melhorar nossas cidades, focando na Caminhabilidade, melhorando assim a saúde das pessoas", conclui Kanashiro.

*Estagiário de Jornalismo na COM-UEL
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Laboratório do HU se equipara aos maiores do país


Helena Kaminame: "Médicos e pacientes do HU conseguem maior rapidez no diagnóstico e início do tratamento"

RENAN RUIZ DUARTE*

"O laboratório precisa acompanhar o nível de complexidade dos pacientes atendidos pelo HU". A opinião é da chefe da Divisão de Laboratório Clínico, Helena Kaminame Murimoto. Existente no Hospital Universitário desde o início da instituição, há 45 anos, o Laboratório de Análises Clínicas (LAC) é referência na análise de material biológico para Londrina e região. Hoje, cerca de 110 servidores, entre técnicos e docentes, atuam no local. Em 2015, foram 1,16 milhão de exames feitos pela equipe.

Neste ano, o LAC comemora seus avanços de produtividade e na complexidade do serviço prestado. Atualmente, o Laboratório realiza cerca de 450 exames diferentes para pacientes do HU e de algumas instituições parceiras. A marca de mais de 1 milhão de resultados por ano é repetida desde 2011, mas a modernização se intensificou já na metade da década de 90. De lá para cá, o número de exames realizados pelo LAC quase dobrou. "Hoje, dispomos das mesmas máquinas que os maiores laboratórios do Brasil", conta a chefe da Divisão.E esses equipamentos ultrapassam em muito a capacidade humana. O LAC abriga aparelhos de análises bioquímicas, por exemplo, capazes de fornecer até 750 resultados de testes por hora.

Segundo Helena, a modernização foi essencial para aumentar a capacidade do Laboratório. Exames que podiam demorar de 20 a 30 dias, quando enviados para análise em outra localidade, ficam prontos em até três dias sem precisar sair do hospital. Assim, médicos e pacientes daqui conseguem maior rapidez no diagnóstico e início do tratamento. A modernização também conectou as máquinas de análise com a rede de informática do Hospital, permitindo que o médico consulte em tempo real, pelo sistema, o resultado do exame solicitado.

A qualidade do trabalho reflete também no ensino ofertado aos alunos do Centro de Ciências da Saúde da UEL. O Laboratório do HU é espaço de aprendizado para acadêmicos da Pós-Graduação em Análises Clínicas e residentes em Análises Clínicas, Farmácia e Bioquímica. "Quem passa pela formação no LAC aprende a prática com os melhores equipamentos do mercado, saindo preparado para atuar em laboratórios de padrão internacional", diz Helena Murimoto.

Além do HU, o Laboratório atende pacientes da microrre-gião de Londrina através da 17ª Regional de Saúde do Paraná. O LAC é referência para análise de carga viral do HIV e sorologia para o vírus da dengue; além de produzir análises menos complexas para clínicas particulares. "A nossa grande conquista veio com a informatização", explica Helena. E as melhorias não devem parar por aqui. A equipe conta com a automatização completa do sistema de urinálise já em 2017.

Adequações no espaço físico também fazem parte dos planos para os próximos anos. A intenção, segundo Helena, é manter o LAC como um laboratório de referência para todo o Paraná.

Estagiário de Jornalismo da COM-HU.
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Exercícios físicos para a saúde mental


Dois eventos discutiram a saúde do idoso: XII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade (SIAFTI) e o VI Simpósio do Grupo de Estudos sobre o Envelhecimento (GESEN)

BEATRIZ BOTELHO

Com população de aproximadamente 17 milhões de pessoas e território cinco vezes menor que o estado do Paraná, a Holanda vive um processo de envelhecimento populacional. Isso acontece nos países desenvolvidos, nos quais a taxa de nascidos é inferior a de pessoas acima dos 65 anos, mostrando um aumento na expectativa de vida. Dados de 2013 mostram que, no país europeu, aproximadamente 18% da população é idosa.

Devido ao crescimento da população e da expectativa de vida, pesquisas são realizadas em diversas áreas com foco na saúde do idoso. E é isso o que faz o professor Tibor Hortobagyi, da Faculty of Medical Sciences, da Universiter Medisch Centrum Groningen. No final do mês de setembro, o professor veio pela primeira vez a Londrina para falar da importância dos exercícios físicos para os processos cognitivos dos idosos, em dois grandes eventos: o XII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade (SIAFTI) e o VI Simpósio do Grupo de Estudos sobre o Envelhecimento (GESEN).

Os estudos do professor tratam da atividade física como fonte de melhoramento para a saúde mental dos idosos, ou seja, agem diretamente no sistema cognitivo. "A atividade física é um forte estímulo aos músculos e ossos, mas também ao sistema nervoso e às áreas do cérebro no controle cognitivo, que envolve o movimento", afirma.

O professor segue duas linhas de pesquisa: uma voltada para a prevenção na saúde dos idosos e outra em demência e disfunção cognitiva leve. "Nossa missão é tentar encontrar formas de educar as pessoas sobre a importância da atividade física. E, num segundo momento, encontrar mecanismos de como e porque aplicar os exercícios em favor da saúde", explica.

Tibor explica que muitas áreas do cérebro estão envolvidas no controle da função cognitiva e também no controle do movimento. Andar, como cita o professor, é algo automático para o cérebro. Porém, quando o cérebro percebe perigo, com um buraco no meio do caminho, ele se antecipa, monitora e processa a informação, logo utiliza as mesmas áreas do sistema cognitivo.

Em pesquisa realizada com comparação de dois grupos de idosos em fase de demência, uns com atividades físicas constantes e outro sem atividades, pode-se perceber que, mesmo com a pausa de exercícios por determinado período, o nível era melhor nos idosos ativos do que nos inativos.

Segundo o professor, entre os estudos realizados, um mostrou que o efeito dos exercícios físicos em pacientes com demência é mais positivo do que os efeitos com três tipos medicamentos utilizados. "O exercício não pode curar, mas tem efeito melhor que medicamentos. É uma mensagem forte", afirma Tibor.

Não existe, porém, apenas um tipo de exercício que traz esse benefício, como explica o pesquisador. Nos Estados Unidos, por exemplo, a atividade aeróbica é mais importante. Já no Canadá treinos de força demonstraram melhores resultados. Na Alemanha, entretanto, são os treinos de coordenação e equilíbrio. ?Todos contribuem na prevenção da disfunção cognitiva e demência?, afirma.


"O exercício não pode curar, mas tem efeito melhor que medicamentos. É uma mensagem forte", afirma o professor Tibor

Holanda - Segundo o professor Tibor Hortobagyi, na Holanda existe um projeto chamado Delta Plan Dementi. O nome faz referência ao projeto usado nos anos 60 para a construção de diques na costa, devido ao nível abaixo do mar. Desta vez, o projeto é voltado para a saúde, com foco na diminuição da demência cognitiva da população. Isso mostra, de acordo com a pesquisa, que há uma preocupação do governo em relação à saúde. Diversas pesquisas são realizadas com financiamento do próprio governo holandês. "O problema é que os programas não continuam. Não implementam os estudos", afirma.

Brasil - Atualmente com mais de 206 milhões de pessoas, o Brasil possui cerca de 14 milhões com idade acima de 65 anos, quase a população do país holandês. "No Brasil, a população jovem ainda é maior. Mas o número de pessoas com mais de 80 anos está crescendo e elas custam caro. Daqui a alguns anos, com o envelhecimento da população, os custos serão ainda maiores", afirma Tibor.

Por isso são necessários os diversos eventos, discussões e pesquisas a respeito do envelhecimento, saúde do idoso e atividade física. Na UEL, por exemplo, o Grupo de Estudos sobre o Envelhecimento (GESEN) há doze anos reúne docentes, estudantes da UEL e profissionais interessados no tema do Envelhecimento Humano. O objetivo é estimular a reflexão e formação na área de Geriatria e Gerontologia no meio acadêmico, serviço de saúde e sociedade.
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Para preservar a memória e a História da Educação


Equipe do LEPHE trabalha com documentos de escolas e outras instituições de ensino, livros, depoimentos, entre outros materiais

MARIA ISABELA DE CLARET*

Estabelecido em 2012 em uma sala térrea do Centro de Educação, Comunicação e Artes (CECA) da UEL, próximo ao Departamento de Relações Públicas, o Laboratório de Ensino e Pesquisa em História da Educação (LEPHE) foi criado com o objetivo de se tornar um centro de referência sobre a educação escolar e não-escolar em Londrina e região, reunindo documentos de escolas e outras instituições de ensino, livros com essa temática, depoimentos de pessoas envolvidas nessa história, entre outros materiais.

Vinculado ao Departamento de Educação e ao curso de Pedagogia, o espaço está em processo de constituição, mas a quantidade de material já reunido foi uma das circunstâncias que apressou o projeto de montagem do laboratório. Muitos trabalhos, textos documentos, entre outros arquivos, constituem importantes indícios históricos, mas costumam ser descartados por quem não conhece essa área de estudo. A professora Maria Luiza Macedo Abbud conta que, ao identificar a importância desse material que seria descartado, o Departamento de Educação optava por guardar a documentação. No entanto, esse acervo inicial começou a crescer bastante em relação ao pequeno espaço das salas do Departamento. A falta de espaço "também inviabilizava a organização do acervo", lembra a professora.

A professora Marta Regina Gimenez Favaro, coordenadora do Laboratório, acrescenta que o LEPHE também surgiu vinculado a um objetivo que a área da História da Educação constitui como tal, que é o interesse de uma preservação contraposta ao princípio institucional. Ela explica que as instituições costumam recuperar apenas a chamada "documentação oficial" e acaba por descartar o material que expressa o cotidiano da vida acadêmica pedagógica. "É a preservação dessa memória que a gente quer", completa Maria Luiza.

O Departamento de Educação da UEL é organizado em áreas de conhecimento e, atualmente, toda a área de História da Educação se localiza no LEPHE. Catalogação, organização de fontes, análise e identificação de possíveis temas de pesquisa são algumas das atividades desenvolvidas pelo Laboratório. "Envolve todo um trabalho, pois o nosso foco não é a criação de um arquivo. Nosso foco é disponibilizar materiais para que aqueles que queiram fazer atividades de pesquisa em História da Educação tenham acesso. A constituição de um laboratório vem também nesse sentido - ter as fontes, catalogar as fontes, guardar as fontes para que a gente possa utilizá-las em momentos oportunos, em nossas pesquisas. Então é um trabalho para além do arquivo", explica o professor Sérgio Henrique Gerelus.

A demanda de pesquisas também orienta o trabalho do laboratório. Sérgio conta que um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) voltou a atenção a uma determinada escola e, a partir de então, houve a catalogação das fontes, que foram acrescidas ao acervo e utilizadas para o trabalho. A intenção agora é ampliar esse material para a possibilidade de novas pesquisas.

O LEPHE possui acervo físico e digital, no entanto, nenhum deles está disponível na internet ainda. Esse é um dos objetivos futuros, segundo o professor Celso Luiz Junior. Mas o acervo já pode ser utilizado por pesquisadores que procuram o Laboratório.

O Laboratório trabalha atualmente em um projeto de coleta de depoimentos dos professores mais antigos da cidade. O professor Sérgio vê nesse projeto um importante legado que pode ser deixado a longo prazo para as pesquisas em História da Educação.

*Estagiária de Jornalismo da COM-UEL
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Oferecer mais a quem já tem mais


"Nós temos pouquíssimos instrumentos no Brasil para a avaliação de jovens e adultos", diz Laura Ceretta

MARIA ISABELA DE CLARET*

A professora Laura Ceretta Moreira, convidada a participar do V Seminário sobre Inclusão no Ensino Superior, realizado em setembro na UEL, conta que seu Doutorado, defendido em 2004 pela Universidade de São Paulo (USP) foi, à época, a primeira tese brasileira a tratar da demanda de Educação Especial no Ensino Superior, área de pesquisa relativamente recente em nosso país. No entanto, este é um tema que não lida apenas com uma incipiência em sua abordagem geral, mas com desníveis entre o desenvolvimento de suas próprias ramificações. Um desses grandes desníveis, segundo Laura, pode ser percebido na atenção do sistema educacional à área de altas habilidades/superdotação. "Há uma ideia de que 'se o aluno já tem mais, por que dar mais?'", define ela.

Alunos com altas habilidades/superdotação são aqueles que "demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes, além de apresentar grande criatividade, envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse", conforme conceitua a Política Nacional de Educação Especial, do Ministério da Educação. Essa é uma demanda que requer um atendimento educacional específico, mas frequentemente tem sua importância esmaecida pelo senso comum que cerca o tema e restringe a visão da Educação Especial às dificuldades de aprendizado (deficiências e transtornos de desenvolvimento).

Laura Ceretta coordena há oito anos o Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (NAPNE) da Universidade Federal do Paraná, onde também atua no corpo docente. O Núcleo é responsável por oferecer atividades de inclusão aos universitários com Necessidades Educacionais Especiais. E a área de Altas Habilidades/Superdotação ainda enfrenta diversos obstáculos para chegar a um atendimento adequado do público-alvo, começando pela própria identificação do aluno.


Denise Lima: "O desafio é fazer o professor entender que é possível identificar esse estudante no contexto pedagógico"

A professora Denise Matos Pereira Lima, orientanda de Doutorado de Laura, é especialista em Altas Habilidades/Superdotação e atualmente pesquisa a avaliação em larga escala dentro da Educação Especial. Ela explica que já existem métodos de identificação de alunos superdotados. "Nós temos duas formas: uma é a avaliação psicopedagógica, que é a avaliação clínica em que se utilizam testes psicométricos instituídos e validados internacionalmente para medir a inteligência. Esses testes são aplicados por psicólogos. Outra forma é a identificação no contexto. É o que a gente chama de contexto pedagógico, em que a gente parte de características do desempenho e das necessidades que esse estudante apresenta no ambiente de aprendizagem".

Denise afirma que a identificação dos alunos não depende de uma reestruturação do quadro escolar, com a contratação de profissionais específicos, mas da transmissão dos conhecimentos aos próprios professores, que participam diariamente da vida dos alunos. "O grande desafio é fazer que o professor entenda que é possível identificar esse estudante no contexto pedagógico, porque o professor, de um modo geral, não se sente apto a fazer isso, apesar de não ser uma estratégia complexa se você tiver o conhecimento". Além disso, o processo passa por várias etapas e após a identificação inicial, o aluno deve ser encaminhado a um profissional especializado que irá refinar essa identificação.

O baixo índice de identificação de alunos no Ensino Básico origina um novo obstáculo: a identificação desses alunos pela Universidade. Segundo Laura, "nós temos pouquíssimos instrumentos no Brasil para a avaliação de jovens e adultos. As poucas ações existentes são dirigidas às crianças" e a identificação mais tardia se torna um novo desafio.

Debruçados nessa questão, uma parceria entre a UFPR e a Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Curitiba reuniu recentemente um grupo de pesquisadores que se empenham na criação de instrumentos de avaliação para a identificação de jovens e adultos superdo-tados. "Nós estamos criando esses instrumentos a partir dos nossos referen-ciais teóricos e subsidiando com esse material para iniciarmos então as avaliações", explica Laura.

Esses pesquisadores compõem o Núcleo de Estudos e Práticas de Altas Habilidades/Superdotação (Nephas) e escolheram dois cursos pilotos, nas duas universidades envolvidas, para a aplicação dessas primeiras avaliações - Direito e Engenharia Química. "É um trabalho inovador no sentido de que é o primeiro Núcleo que vai começar a se debruçar de forma mais geral, tanto em relação à identificação quanto em relação à intervenção", considera Laura.

Denise lembra que a identificação tardia não faz o aluno perder sua capacidade, já que a superdotação é uma condição, mas essa demora pode prejudicar muito sua qualidade de vida. "O que ele perde são oportunidades de desenvolver essa capacidade ainda mais. Ele vai passar por um período em que demanda uma necessidade e essa necessidade não é atendida. Isso pode gerar problemas de adaptação, socioemo-cionais, entre outros".

Atualmente, os alunos identificados como superdotados possuem o direito de receber o enriquecimento curricular, que consiste na ampliação e aprofundamento de conteúdos nas áreas de maior habilidade e interesse. Isso pode ocorrer na sala de aula comum e nas salas de recursos multifuncionais para altas habilidades/superdotação. "Esta é a estratégia pedagógica indicada para atender as necessidades de aprendizagem destes alunos e é utilizada no Ensino Fundamental e Médio da rede pública estadual de ensino, por orientação do Departamento de Educação Especial da SEED/PR [Secretaria de Estado da Educação do Paraná]", pontua a professora Denise.

*Estagiária de Jornalismo da COM-UEL
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Amparo para quem precisa


"Não devemos desconsiderar os sentimentos da vítima quando o que queremos é apoiá-la", defende a professora Solange Mezzaroba

CRISTIANO RANTIN*

Os assaltos e crimes violentos são cada vez mais freqüentes e são uma realidade amarga para as inúmeras vítimas desses crimes. O processo após do crime costuma passar por fases comuns, como ir até uma delegacia e abrir um boletim de ocorrência sobre o ocorrido. Depois disso, é seguir com sua vida e esperar que a justiça seja feita. Mas nem todos se sentem da mesma forma ou conseguem seguir em frente tranquilamente, enfrentando a partir desse momento, a insegurança e medo. "Esses problemas emocionais, quando não trabalhados, podem evoluir para uma fobia", explica a professora Solange Maria Beggiato Mezzaroba.

Foi pensando nessas vítimas que a professora Solange Mezzaroba criou o projeto de extensão "Cuida de mim: amparo às vítimas de crimes e seus familiares", do qual ela é coordenadora.  Ela conta que o projeto surgiu de uma demanda exposta pela juíza Claudia Catafesta, da 2º Vara da Infância e Juventude, e pela psicóloga Aline Fioravanti, que também atua na área da infância e juventude.

"Cuida de Mim" tem como objetivo dar acolhimento e prestar atendimento psicológico aos que sofreram com essas situações traumáticas, criando um espaço no qual todos possam falar abertamente sobre o acontecido e como eles se sentem em relação a isso. Apesar disso, Mezzaroba é enfática ao afirmar que não se trata de uma terapia, mas de um ambiente seguro onde todos poderão ser ouvidos e que caso seja notado que a situação é mais grave do que o previsto, em situações nas quais o trauma seja mais severo, será feito o encaminhamento para clínicas que podem lidar com a situação de uma maneira mais adequada.

Segundo a professora, o que acontece na Justiça é que toda a atenção do juiz é direcionada ao agressor e não à vítima. Apesar de ser a parte mais interessada em saber o curso do seu processo no caso de um roubo ou violação patrimonial, a vítima muitas vezes acaba nem sabendo como essa questão está sendo trabalhada ou qual foi o resultado da ação. "É uma situação paradoxal. Por isso que vimos a necessidade de criar esse projeto, pois a vítima, que é a parte mais sensível de todo o processo, acaba recebendo pouco ou nenhum apoio", explica Mezzaroba.

Em outros lugares do Brasil, como Belo Horizonte, existem projetos semelhantes ao "Cuida de Mim", que oferecem o apoio psicológico, mas também contam com profissionais de outras áreas, como assistentes sociais e advogados. "Aqui a gente está começando com a Psicologia, mas queremos crescer e ter esse apoio de outras áreas. Queremos que o projeto se torne permanente", revela.

Neste período inicial do projeto, de três anos, Mezzaroba comenta que estão sendo priorizados os crimes de roubo, até por já existirem outros tipos de apoio e iniciativas que lidam com casos de violência contra a mulher e abuso infantil, por exemplo.

A principal necessidade do projeto é lidar com esses casos de violação e os traumas que acabam sendo menosprezados pelos outros, até pela frequência que isso acontece. Uma situação tão comum que chega a estar presente até em ditos populares como o clássico "Vão-se os anéis e ficam-se os dedos". "É muito comum vermos gente fazendo piada e brincadeiras com o roubo, até em uma tentativa de ajudar a vítima, mas é uma situação delicada", comenta a professora, argumentando que toda imprevisibilidade dessa violação pode causar traumas severos na parte afetada.

"A vítima pode ter a sensação de que isso vai acontecer de novo, pode se sentir impotente e insegura por saber que ela não possui o controle nessa situação", esclarece Mezzaroba, apontando que a sensação de ter sua privacidade e seu espaço violado - seja em casos em que alguém invade sua casa ou em um assalto na rua - é algo que não pode ser menosprezado. "Não devemos desconsiderar os sentimentos da vítima quando o que queremos é apoiá-la, muito menos diminuir os sintomas ou aquilo que podemos considerar como drama da vítima. É importante para ela e cada um reage de uma maneira muito pessoal", diz.

O projeto reúne um grupo de até 10 pessoas, a cada 15 dias, no Fórum de Londrina, criando um espaço acolhedor onde as vítimas podem falar de maneira aberta sobre o trauma, recebendo o apoio que necessita até porque, como a própria coordenadora ressalta, "todas as situações são importantes para a gente".

* Estagiário de Jornalismo na COM-UEL
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Professor da Comunicação recebe prêmios internacionais

O professor André Azevedo da Fonseca do Departamento de Comunicação recebeu, em outubro, dois prêmios internacionais, um da EURAXESS, agência europeia de incentivo à pesquisa, e outro das Nações Unidas.

No dia 19 de outubro, no Rio de Janeiro, durante as atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, o professor recebeu o prêmio EURAXESS Science Slammer. A iniciativa é da Comissão Europeia que visa a promoção de intercâmbios, e valorização de pesquisadores que desenvolvem métodos inovadores para a comunicação científica.

André da Fonseca foi o primeiro professor a ser premiado na versão brasileira do Science Slam, e também o primeiro vencedor do campo das Ciências Sociais e Humanas. Ele foi premiado com uma viagem para a Europa, com o objetivo de estabelecer vínculos com grupos de pesquisa de uma universidade à sua escolha.

O Science Slam é uma apresentação em que cientistas explicam os conceitos, métodos e resultados de sua pesquisa para uma audiência leiga no assunto. O objetivo é fortalecer a divulgação científica através do desenvolvimento de comunicações criativas.

Mais informações sobre o prêmio Science Slammer no endereço https://scienceslambrasil.splashthat.com/. 

Nações Unidas - André venceu também o concurso Inovar para Ensinar 2016, promovido pela UNESCO (Órgão das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) para marcar o Dia dos Professores. O professor produziu um vídeo para explicar as inovações pedagógicas adotadas por ele em sala de aula.

"Eu entendo que as atividades em sala de aula não devem ter como objetivo a gaveta do professor", explica. Para ele, as avaliações podem muito mais do que apenas medir se o aluno aprendeu ou não. "Quando os alunos descobrem que são capazes de relacionar a aprendizagem escolar com a própria realidade, e a partir daí produzir soluções para sua comunidade, os conteúdos se tornam muito mais significativos".

André Azevedo utiliza diferentes tecnologias para incrementar o aprendizado dos alunos, como o desenvolvimento de canais no YouTube, a criação de games e o estímulo a projetos empreendedores. Ele explica ainda que o objetivo é "fazer com que a sala de aula se torne não o fim, mas o ponto de partida para uma experiência permanente de curiosidade e interesse pela aprendizagem". Confira o vídeo na página da Unesco no Facebook https://www.facebook.com/unescobrasil/. 


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Hemocentro amplia atendimento e demanda


Com aumento da demanda, o Hemocentro precisa aumentar o estoque em cerca de 35%

RENAN RUIZ DUARTE*

O Hemocentro Regional de Londrina, do Hospital Universitário, aumentou o número de instituições atendidas nos últimos meses. O centro de captação, que antes atendia a 18 hospitais da 17ª Regional de Saúde, passou a fornecer sangue para 22 instituições de Londrina e região. Com o aumento da demanda, o Hemocentro precisa, também, que haja um aumento nas doações.

Há três meses, o Hemocentro iniciou o cronograma para a transferência gradual do atendimento de mais cinco hospitais. Até então servidos pelo Instituto de Hematologia de Londrina (Ihel), as instituições que passaram a ser atendidas pelo Hemocentro foram o Hospital do Câncer de Londrina, Santa Casa de Cambé, Hospital São Rafael de Rolândia e o Hospital Cristo Rei de Ibiporã.

Segundo o médico Fausto Trigo, diretor do Hemocentro, a mudança atende à Política Nacional do Sangue. "Há uma determinação para que o fornecimento de sangue para pacientes de leito SUS seja feito via hemocentros públicos. A política estabelece que o sangue tem que ser fornecido pelo Governo", explicou.

A lei federal compreende ainda o sangue como um bem público e busca garantir uniformidade nas práticas de captação de processamento de hemoderivados em instituições públicas e privadas.

A incorporação dos novos hospitais veio acompanhada de um consequente aumento na quantidade de sangue que precisa ser coletado no HU. Para suprir a demanda, de três meses para cá, a produção mensal teve que pular de 1000 para 1350 bolsas de sangue coletadas. O aumento representa 35% a mais de produtividade para o setor, que já trabalhava com déficit de servidores. "Cada bolsa de sangue é processada e separada em três hemocomponentes - plasma, plaquetas e glóbulos vermelhos. Mas antes do trabalho dos funcionários, é fundamental que o público doe", reforça Trigo.

No fim de outubro, o Hemocentro veio a público para pedir mais doações para normalizar os estoques. ?Precisamos principalmente de mais doadores parar suprir o aumento na demanda. Sangue de todos os tipos?, afirmou o diretor. "Tem que existir uma transferência dos doadores regulares que atendiam a estes hospitais para a coleta no HU".

Trigo explica que os Hemocentros geralmente trabalham com um estoque reduzido, que garante a suficiência do sangue por uma quinzena. Isso acontece porque o sangue é um material biológico com curta sobrevida fora do corpo humano. Sendo assim, o diretor ressalta a importância das doações periódicas para garantir que os estoques permaneçam abastecidos. "O importante é que o sangue chegue até o doente que precisa", concluiu o médico.

Quem pode doar - Podem doar sangue pessoas que tenham entre 18 e 65 anos e peso igual ou superior a 50kg. Homens podem doar até quatro vezes ao ano, com intervalo de pelo menos 60 dias, e mulheres podem doar no máximo três vezes ao ano, com intervalo de pelo menos 90 dias.

Todo doador passa por uma avaliação criteriosa do seu estado de saúde, com entrevista médica, para verificar se tem algum impedimento físico para a doação.

Alguns casos que indicam o impedimento são: quadro infeccioso; ter tido hepatite após 10 anos de idade; ter comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis; ter recebido transfusão de sangue; estar grávida ou amamentando.

Além de avaliação do potencial doador, a equipe técnica do Hemocentro dará todas as orientações necessárias ao doador, para antes e após a doação, garantindo a segurança do doador.

* Estagiário de Jornalismo na COM-HU
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Shakespeare ensina História para deficientes visuais


"Para nós, professores, alunos da UEL, e alunos do Instituto foi um aprendizado muito grande", afirma Ana Heloisa

Ganhador da 6º edição do Prêmio Professor Rubens Murillo Marques, da Fundação Carlos Chagas, o projeto de ensino e pesquisa "Literatura, tecnologia e inclusão de deficientes visuais no ensino de História" ensina História Moderna para deficientes visuais a partir dos textos do escritor e dramaturgo inglês, William Shakespeare. As peças são narradas por alunos do curso de História da UEL para alunos do Instituto Roberto Miranda, de Londrina.

Coordenado pelas professoras Maria Renata da Cruz Duran e Ana Heloisa Molina, do Departamento de História, do Centro de Letras e Ciências Humanas, o projeto teve início junto com a disciplina Tópicos de Ensino de História Moderna, ministrada no primeiro semestre de 2015.

Nas aulas, os 20 estudantes do 4º ano de História se dividiram em grupos para gravar na íntegra peças de Shakespeare, disponíveis em domínio público. Para garantir narrações de qualidade, os alunos da UEL buscaram aprimoramento da entonação e impostação de voz, com o objetivo de melhorar a maneira de se expressar no momento de narrar as peças de William Shakespeare. Além disso, tiveram formação em Educação de Jovens e Adultos, e ensino de História para deficientes visuais.

Oficinas - Para os alunos do Instituto Roberto Miranda, de 17 a 70 anos, com diferentes níveis de deficiência visual, foram realizadas seis oficinas, sob responsabilidade dos alunos da UEL. Os temas das oficinas eram sobre as peças shakespearianas mundialmente conhecidas - Macbeth, Hamlet, Rei Henrique VIII, Mercados de Veneza, Rei Lear e Medida por Medida. Após a apresentação, os alunos do Instituto discutiam o tema de cada peça.

A escolha de Shakespeare, segundo a professora Ana Heloisa Molina, ocorreu em função das temáticas abordadas pelo autor, como história moderna, renascimento cultural e transformação do homem moderno. "Todos tratam de temas contemporâneos, porque Shakespeare escreve sua literatura de forma universal", explicou a professora.

Para enriquecer as oficinas, os estudantes também adotaram um recurso didático chamado de Mapa Tátil. Eles projetaram em grandes dimensões mapas do Reino Unido, além do rosto do escritor inglês, utilizando linhas, algodão, e ainda elementos olfativos (especiarias da época) para propiciar a imersão dos alunos na história.

"No início os estudantes sentiram receio, mas foram muito bem acolhidos. Mais do que eles falaram sobre o teatro e de Shakespeare, eles ouviram o que os alunos do Instituto tinham a dizer. Para nós, professores, alunos da UEL, e alunos do Instituto foi um aprendizado muito grande", completou Ana Heloisa.

Prêmio - A entrega do Prêmio Professor Rubens Murillo Marques será realiza no próximo dia 18 deste mês, em São Paulo. Os vencedores serão premiados com R$ 20 mil, publicação na coleção Textos da Fundação Carlos Chagas, divulgação e troféu. O prêmio da Fundação Carlos Chagas tem como objetivo valorizar e incentivar projetos de ensino de professores de Licenciatura.

A professora Ana Heloisa Molina vai participar da solenidade de entrega do prêmio, também representando a professora Maria Renata, que está em pós-doutorado na Universidade Nova de Lisboa (Portugal). Elas irão dividir o prêmio, e parte do recurso será destinado à publicação de um e-book sobre o projeto, além da construção de um site.

"Mais que o prêmio, a possibilidade de publicar essa experiência de ensino e pesquisa com deficientes visuais é de grande feito. Desejamos que, em qualquer que seja a área, mais pesquisas assim sejam incentivadas", concluiu Ana Heloisa Molina.
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Laboratório de Fisioterapia é reformado e ampliado


Professor Jefferson Cardoso: "São pontuais os laboratórios que contam com nível de complexidade como o nosso"

RENAN RUIZ DUARTE*

O Laboratório de Biomecânica e Epidemiologia Clínica, do Departamento de Fisioterapia/CCS, receberá sua placa de inauguração das reformas e ampliações feitas nos últimos anos. A solenidade vai comemorar uma série de melhorias no espaço, que completa 15 anos desde sua fundação.

Localizado no Centro de Ciências da Saúde (CCS), o Laboratório é ligado ao Grupo de Pesquisa em Avaliação e Intervenção em Fisioterapia (Paifit), sob coordenação do professor Jefferson Cardoso.

Segundo o docente, o espaço se consolida hoje como o mais completo centro de diagnóstico em Fisioterapia de Londrina e região. Pela complexidade oferecida nas avaliações, o Laboratório já atendeu atletas olímpicos, como Jadel Gregório, do atletismo, e Natália Falavigna, do taekwondo, jogadores profissionais do Londrina Esporte Clube (LEC) e de equipes que disputam ligas nacionais de handebol e vôlei, entre outros.

A última aquisição do laboratório foram as câmeras optoeletrônicas em 3D. Por meio de marcadores instalados no corpo do paciente, a tecnologia permite identificar detalhes da caminhada, possibilitando a produção de um laudo exato sobre quais falhas impedem um caminhar perfeito.

"Essas câmeras geralmente estão em centros de reabilitação, como a AACD [Associação de Assistência à Criança Deficiente] e o [hospital] Sarah Kubitschek, bem como em universidades federais. São pontuais os laboratórios que contam com tal complexidade", explicou o professor Jefferson.

O grande arsenal de equipamentos existente hoje no local nem se compara com o que tinha há cinco anos, quando os primeiros editais foram conquistados. Segundo o professor, o Laboratório começou com um único eletromiógrafo, adquirido com recursos próprios do Hospital. "O então superintendente, Pedro Gordan, cedeu a sala onde estamos", conta Cardoso. "Devo a ele pelo apoio".

O centro de avaliação atende hoje por meio dos diversos projetos e pesquisas desenvolvidos no local. Jefferson explica que um único projeto de doutorado pode atender até 500 pacientes. Mas o uso do Laboratório não se restringe aos participantes do grupo de pesquisa. O professor afirma que o espaço está disponível para ser utilizado por profissionais e pesquisadores de dentro e fora do HU, além dos pacientes do Centro de Fisioterapia Aquática, que já estão sendo agendados e avaliados. "Atendendo às demandas conforme a disponibilidade e tentamos colaborar com quem precisa".

Para o futuro, Cardoso planeja construir parcerias com a iniciativa privada. "Queremos fazer convênios com instituições, ofertando e cobrando pelo serviço prestado". Para ele, levando em consideração a singularidade do Laboratório na região, abrir as portas para um novo público é vantajoso a todos. "A partir disso poderíamos ter um autonomia financeira para a manutenção dos equipamentos e do próprio Laboratório", projeta.

*Estagiário de Jornalismo na COM-HU
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UEL aprova 62 projetos em edital de pesquisa

A UEL divulgou a aprovação de 62 propostas dentro da Chamada Pública do Programa Institucional de Pesquisa Básica e Aplicada (PPBA), da Fundação Araucária, que vai beneficiar projetos em várias áreas do conhecimento. O resultado preliminar foi divulgado internamente no dia 14 de novembro pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPPG).

Segundo o diretor de pesquisa da PROPPG, professor Fábio Pitta, o investimento total será de R$ 1 milhão, que poderá ser utilizado para custear equipamentos e bolsas de estudos, além de material de consumo, viagens e diárias para deslocamentos relativos ao projeto. Um total de 194 projetos foi julgado por uma Comissão de Avaliação. Foram então selecionados para concessão os 62 primeiros colocados no julgamento, que levou em consideração as propostas, currículo do proponente e a área de submissão, de acordo com os recursos liberados pela Fundação Araucária.

Todas as nove subáreas do edital foram contempladas: Agrárias, Biológicas, Saúde, Ciências da Terra, Humanas, Sociais e Aplicadas, Engenharias, Linguística, Letras e Artes. Na avaliação do diretor, diante do cenário financeiro atual, esta injeção, mesmo que limitada, representa um alívio para os pesquisadores. A expectativa é de que os recursos sejam liberados no início do próximo ano.
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A MP nº 746 e a desintegração Latino-Americana

OTÁVIO GOES DE ANDRADE *

O Governo Federal publicou a Medida Provisória nº 746 em 22/09/2016, alterando significativamente os artigos da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, denominada como Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), e da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007, denominada como Lei do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB). Também instituiu a Política de Fomento à Implementação de Escola de Ensino Médio em Tempo Integral. Em diferentes estados do Brasil, os profissionais da educação buscaram entender o sentido de um instrumento autoritário como a MP, que desconsiderou o diálogo com a sociedade, alijando da discussão de seu conteúdo, principalmente, professores e alunos.

De maneira uníssona, perceberam-se as inúmeras consequências nocivas da MP nº 746; entre elas, a precarização do trabalho docente e o distanciamento de uma formação cidadã, que, efetivamente, prepare os estudantes ética, estética e cientificamente, não apenas para o mercado de trabalho, mas para a vida. De todos os rincões do Brasil começaram a ser veiculadas notas, moções, manifestações e cartas de repúdio à MP nº 746. Movimentos sociais tomaram corpo e diversas escolas foram ocupadas por secundaristas. Por sua vez, estudantes universitários, mormente os vinculados às licenciaturas, mobilizaram-se, e os problemas no teor da MP nº 746 se tornaram evidentes.

No tocante ao tipo de instrumento legal utilizado pelo Governo Federal, por um lado, a MP representa um ataque à democracia, posto que esse instrumento legal deve ser adotado pelo Poder Executivo apenas se houver relevância e urgência, o que não se aplica ao caso em tela. Por outro lado, se o assunto a ser legislado é a complexidade da Educação brasileira, considerando que uma MP não segue o processo legislativo que toda lei deve seguir normalmente, e que surte efeitos imediatos após sua publicação, é mais que evidente que a via da MP não permite o tempo necessário para o amadurecimento da discussão em toda sua amplitude.

Em "Carta Aberta sobre a Medida Provisória 746/2016", veiculada em 18/10/2016, o Departamento de Letras Estrangeiras e Modernas da UEL afirma que: "[...] a MP 746/2016 põe por terra toda a luta e conquista dos professores de línguas estrangeiras, sobretudo o investimento do Departamento de Letras Estrangeiras e Modernas da UEL, norteado pela visão plurilíngue de educação. Destacamos que a referida MP representa um retrocesso quanto ao ensino no Brasil, visto que a Lei n. 11.161 de 05 de agosto de 2005, que garante a oferta da língua espanhola no Ensino Médio, passa a não ser mais válida. Não restam dúvidas de que se trata de uma decisão que diverge da política dos acordos internacionais como o Mercosul, bem como contraria orientações da UNESCO, por exemplo, a respeito de incentivos quanto à diversidade cultural e o diálogo intercultural".

A MP nº 746, além de representar um retrocesso no ensino e na aprendizagem dos estudantes, também determina a precarização do trabalho docente. Entre os vários atores da educação prejudicados pela MP nº 746 estão os professores de espanhol, em virtude da imposição do inglês como a única língua estrangeira moderna obrigatória na Educação Básica. Ressaltamos a gravidade da situação para esses profissionais da educação, porque essa decisão, autoritária e unilateral do Governo Federal, como foi dito anteriormente, revogou a lei nº 11.161/2005, que dispõe sobre o ensino da língua espanhola, indo na contramão de importantes ditames internacionais, no sentido de promover o plurilinguismo e a diversidade linguística, como é o caso da UNESCO.

Entre os anos de 1996 e 2016, o Departamento de Letras Estrangeiras e Modernas da UEL formou um total de 386 (trezentos e oitenta e seis) professores de espanhol, dos quais 260 (duzentos e sessenta) são egressos da licenciatura dupla em Letras Hispano-portuguesas, e 126 (cento e vinte e seis) egressos da licenciatura única em Letras Espanhol. Vale lembrar o que afirmou a primeira docente da área de espanhol da UEL em entrevista a este veículo em 14/11/2012, a Profª Drª Adja Balbino de Amorim Barbieri Durão: "A universidade fez o seu papel quando implantou o curso [de Letras Hispano-portuguesas, atualmente Letras-Espanhol]. Hoje, a maioria dos professores da área de espanhol tem pelo menos mestrado e até doutorado, alguns deles, inclusive, obtiveram sua formação na própria UEL".

Uma visão plurilinguista e de valorização da diversidade linguística têm sido o norte do ensino e da aprendizagem da língua espanhola nos muitos cursos de graduação na UEL. É assim também na licenciatura em espanhol, passando pela pós-graduação e prosseguindo em diversas frentes de formação continuada. Destarte, tornar obrigatória apenas uma língua estrangeira moderna em detrimento de outras, e ainda mais o espanhol, por tantos pontos em comum com o português e a cultura brasileira, configura-se, efetivamente, como uma postura política que precariza a formação docente já consolidada em solo pátrio em diferentes línguas estrangeiras. Além disso, ignora a importância do MERCOSUL e a integração Latino-Americana em vários aspectos. Nessa perspectiva, nós, docentes de espanhol da UEL, contrariamente ao que preconiza a MP nº 746, por via do estudo e da valorização da língua espanhola, vimos primando para o fomento e o intercâmbio linguístico, cultural e científico com a América Latina.

* Otávio Goes de Andrade é professor doutor do Departamento de Letras Estrangeiras e Modernas - UEL
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UEL forma 12 novos doutores

De abril a dezembro deste ano, 12 docentes da UEL concluíram Doutorado em várias áreas do conhecimento.

A professora Camila Santos Doubek Lopes, do Departamento de Design (CECA), defendeu doutorado sobre "Ecodesign Gráfico: Teoria e prática", no programa de pós-graduação em Geografia da UEL.

Cibele Cristina Tramontini, docente do Departamento de Enfermagem (CCS), concluiu pesquisa de doutorado sobre "Efeito do pré-aquecimento na prevenção da hipotermia perioperatória: Ensaio clínico controlado randomizado", no programa de pós-graduação em Enfermagem na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (USP).

A docente Denise Andrade Pereira Meiser, também do Departamento de Enfermagem (CCS), apresentou a tese de doutorado sobre "Qualidade do sono entre professores e fatores associados", sendo aprovada no programa de pós-graduação em Saúde Coletiva da UEL.

Evelyn Secco Faquin, professora do Departamento de Serviço Social (CESA), defendeu doutorado com pesquisa sobre "A formação profissional em serviço social: um estudo da dimensão político pedagógica dos cursos de graduação públicos estaduais do Paraná", no programa de pós-graduação da PUC-SP.

A professora Juliana Kiyosen Nakayama, do Departamento de Direito Privado (CESA), concluiu doutorado com pesquisa sobre "Análise do tópico discursivo nas sustentações orais do caso Cesare Battisti", no programa de pós-graduação em Estudos da Linguagem da UEL.

Lorena Ferreira Portes, docente do Departamento de Serviço Social (CESA), defendeu tese de doutorado sobre "A direção social que orienta a formação profissional em Serviço Social no Brasil: explicitando seus fundamentos ideo-políticos", no programa de pós-graduação em Serviço Social e Política Social da UEL.

A professora Luciana Mendes Pereira, do Departamento de Direito Privado (CESA), concluiu doutorado com pesquisa sobre "Análise de discurso e direito: a significação no testamento vital", no programa de pós-graduação em Estudos da Linguagem da UEL.

Márcia Maria Benevenuto de Oliveira, docente do Departamento de Enfermagem (CCS), defendeu tese de doutorado sobre "A representação social de mulheres doadoras de leite humano" da USP.

A professora Melissa Ferreira Portes, do Departamento de Serviço Social (CESA), concluiu doutorado com pesquisa sobre "A centralidade do estágio supervisionado no processo das Escolas de Serviço social do Estado do Paraná", no programa da pós-graduação em Serviço Social e Política Social da UEL.

Patrícia Silva Lúcio, docente do Departamento de Psicologia e Psicanálise (CCB), defendeu tese de doutorado sobre "TDAH, leitura e escrita: Modelos neuropsicológicos de invariâncias", no programa de pós-graduação Psiquiatria e Psicologia Médica da UNIFESP.

A professora Silvana Salino Ramos do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas (CCH), concluiu pesquisa de doutorado sobre "Relatório de estágio: texto e competência discursiva em espanhol como língua estrangeira" no programa de pós-graduação em Estudos da Linguagem da UEL.

Tiago Viana Flor de Santana, docente do Departamento de Estatística (CCE), defendeu tese de doutorado sobre "Modelo linear beta Weibull generalizado: propriedades, estimação, diagnóstico e aplicações" no programa de pós-graduação em agronomia (estatística e experimentação agronômica) da USP.
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Novas resoluções para o calendário acadêmico 2016

O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) da UEL deve avaliar e homologar na reunião da próxima semana, dia 15 de dezembro, o novo calendário complementar e de reposição, que vai garantir o cumprimento do ano letivo de 2016, sem prejuízos de conteúdo e de atividades. As datas de reposição, bem como os novos prazos para conclusão do ano letivo - estendido a partir de 31 de janeiro de 2017 - serão oficializados após a homologação do CEPE. Em reunião extraordinária realizada em 1º de dezembro, o Conselho aprovou novas resoluções em substituição às que suspendiam o Calendário Acadêmico 2016 para os cursos de graduação e pós-graduação, aprovadas em 24 de novembro. A decisão foi motivada por recomendação administrativa do Ministério Público emitida aos membros do CEPE, no dia 29 de novembro.

A equipe da Prograd adiantou que as alterações consideram a autonomia dos Colegiados de Cursos, que analisarão caso a caso, uma vez que foram mantidas algumas atividades acadêmicas durante os períodos de paralisação das categorias. Na prática o Calendário Complementar vai repor as atividades suspensas pela greve dos professores e servidores entre 17 de outubro e 8 de novembro. E o Calendário de Reposição e referente ao período de paralisação pelo Movimento Estudantil da UEL, finalizado em 30 de novembro.
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Livro de Astrobiologia tem autores da UEL

Professores da UEL estão entre os autores do livro ?Astrobiologia: uma ciência emergente?, disponível no endereço tikinet.com.br, que pertence ao Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia da Universidade de São Paulo (USP).

Os professores são autores do quinto capítulo, intitulado "Química Prebiótica", escrito pelo professor Dimas Zaia, do Departamento de Química (CCE), além das professoras Cristine Carneiro, também do Departamento de Química (CCE) e Cássia Vieira Zaia, do Departamento de Ciências Fisiológicas (CCB).

De acordo com o professor Dimas, pesquisas na área de Astrobiologia ainda são incipientes no Brasil, pois contam com poucas publicações em português. Por isso, os pesquisadores das duas instituições já planejavam uma obra como esta.

Além dos professores da UEL, o livro reuniu pesquisadores de várias partes do país que possuem linhas de pesquisa relacionadas à Astrobiologia, constituindo uma publicação ?bastante abrangente?, conforme definiu o professor Dimas. Ele ressalta ainda que não se trata de um livro técnico, portanto é voltado ao público em geral, incluindo aqueles que não tiveram contato prévio com o tema.
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Publicação semanal da Universidade Estadual de Londrina
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