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04/10/2016  

JORNAL NOTÍCIA 1.355 (5-10-2017)

Agência UEL

        

É preciso investir e compartilhar

Educação pela Natureza

45 anos da maior Universidade Estadual do Paraná

Da UEL para a África

Agenda

Imigrantes "brasilianizam" religião no exterior

EDUEL

EXPEDIENTE

É preciso investir e compartilhar


José Roberto Mineo (USP)

CRISTIANO RANTIN*

"Não há outra forma de você pensar em uma estratégia de longo prazo na área de pesquisa, se você não tem pesquisadores. É preciso investimento", decreta José Roberto Mineo, doutor em Imunologia pela USP.

Ele veio a Londrina para ministrar a palestra "A importância dos programas de Pós-graduação em Microbiologia no contexto Nacional" no II Congresso Paranaense de Microbiologia e o Simpósio Sul-americano de Microbio-logia Ambiental, organizado pelo departamento de Biologia da UEL. Mineo foi enfático ao dizer que por vivermos na sociedade do conhecimento, a ciência e tecnologia são uma meta clara do que temos que melhorar. "Temos evidências de que é isso que pode tirar nossas amarras. Não tem outra alternativa na sociedade que vivemos", afirma.

Para o pesquisador, nos dias de hoje, mais do que importante, é preciso ter um amplo investimento na área de pós-graduação, que como ele destaca, é onde são formados os pesquisadores, e também nas pesquisas, da mais básica até a mais tecnológica.

Sendo uma área de constante crescimento, a Microbiologia hoje tem Programas de Pós-graduação em todos os estados. "É verdade que essa distribuição é assimétrica, isso porque elas começaram na região sudeste", explica o professor, comentando que a concentração de programas está diretamente relacionada com a distribuição populacional, mas que existe uma distribuição centrípeta onde os pesquisadores circulam nas regiões.


Charles Dozois (Canadá)

Apesar do crescimento do número de pesquisadores dessa área, Mineo afirma que a situação econômica do país deve causar um atraso nas metas estipuladas pelo Programa Nacional de Educação (PNE) para 2023. "Você não consegue fazer pesquisa e graduação sem recursos", lamenta. Com todos os cortes financeiros que estão sendo feitos nas áreas de pesquisa, o programa de Microbiologia recebeu apenas 25% do havia recebido em 2014. O aperto no orçamento ainda não afetou o número de bolsas, mas prejudica a internacionalização, um aspecto muito importante para o desenvolvimento das pesquisas.

Contudo, mesmo com o fantasma da crise assombrando as pesquisas, o professor destaca que a qualidade não foi afetada. O Programa Ciências Biológicas (CB3), que envolve Microbiologia, Parasitologia e Imunologia, avaliados juntos pela CAPES, é um programa de excelência. Mineo revela que até 2015, em termos de produção de conhecimento, o Brasil era o 13º lugar em todo o mundo. "A comunidade, que são os programas de pós-graduação, dá a resposta, mesmo em épocas tão adversas", aponta.

"O que o Brasil está devendo, e essa é a questão que a gente julga importantíssima, é não só produzir conhecimento como também se apropriar dele", explica Mineo ao comentar sobre a posição de destaque no ranking. Para ele é necessário um intenso exercício de inovação, especialmente na criação de patentes, para que, mais do que um aumento no número de produção, sejam criados elementos que serão apropriados pelos setores produtivos. "A pesquisa, em termos de publicação, está muito bem, mas é preciso que essa pesquisa se transforme em produtos com valores agregados", sentencia.

Internacionalização - Um dos principais aliados da pesquisa, o Ciência sem Fronteiras consegue ajudar a internacionalização das pesquisas, enviando mais de 105 mil pessoas para fora do país, em um período de 4 ou 5 anos. Nesse período de ajustes econômicos, no entanto, Mineo é direto ao afirmar que ajustes são necessários: "Infelizmente existem problemas. Por exemplo, o número de alunos de graduação que são beneficiados pelo Ciência Sem Fronteiras é muito maior que o de alunos de pós, mestres ou doutores".

Para o professor, é preciso ver para onde esses alunos estão sendo enviados, já que segundo ele o envio de alunos para países lusófonos não é tão vantajoso quanto se fosse um país de outra língua, como o inglês por exemplo, pois como lembra o professor, a comunidade científica se comunica nessa língua.

Outro ponto que Mineo afirma que precisa ser repensado são os poucos pesquisadores que chegam ao Brasil pelo CSF. "A gente está muito focado em enviar pessoas para o exterior, mas precisamos trazer pesquisadores", comenta. Segundo ele dessa forma é possível fazer uma aplicação melhor de recursos, pois em questões econômicas um pesquisador que vem para o Brasil é capaz de disseminar muito mais conhecimento ao dar aulas para um grupo de pessoas. "O Ciência sem Fronteiras é algo que não pode ser interrompido, mas tem que ser repensado", finaliza.

Canadá - Quem também destaca a importância da internacionalização do ensino é o pesquisador Charles Dozois, do Instituto Armand Frappé na província de Quebec, no Canadá, que também esteve presente no Congresso. Para ele, é importante compartilhar o conhecimento com o mundo, para que dessa forma seja cada vez mais fácil compreender e lidar com doenças e outros problemas de saúde.

Ele fala de uma rede de conhecimento como forma de potencializar o estudo de um determinado tema, como por exemplo as questões de saúde pública levantadas pelo seu laboratório de Dozois. Se antes um organismo que causa problemas de saúde ficava isolado apenas em um país, hoje ele pode ser transmitido em viagens de país para país, espalhando-se para todo o mundo. "É muito importante que as pessoas percebam que o problema de um lugar do mundo, afeta todo o globo", explica.

Sobre o investimento, Dozois é convicto ao dizer que apesar de o dinheiro ser importante, o interesse e a vontade dos pesquisadores é o ponto mais crítico da questão. "Para mim, essa é a fagulha mais importante. Se você tem essa vontade e interesse, você vai para qualquer lugar no seu país ou fora dele, e vai conseguir fazer descobertas e encontrar soluções para os problemas". O pesquisador comenta que em suas visitas aos laboratórios do Brasil, ficou impressionado com a paixão e o interesse dos estudantes e cientistas com a ciência. "É preciso um investimento contínuo do governo, assim como colaborações internacionais. Eu penso que se o financiamento está presente, o talento consegue fluir, pois os estudantes daqui são inteligentes e interessados", conclui.

* Estagiário de Jornalismo na COM-UEL.
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Educação pela Natureza


Os professores Carmen Lúcia (Unicamp) e André Dalben (UEL) seguem a mesma linha de pesquisa: "educação pela Natureza"

BEATRIZ BOTELHO

Práticas de esporte ao ar livre voltaram a ser utilizadas com afinco no país. Montanhismo, esportes radicais, aulas de yoga ao ar livre e parkour são alguns dos exemplos que aliam o esporte à Natureza. Vista atualmente como um espaço de lazer e recreação, a Natureza já foi aliada da saúde e da "regeneração" nos séculos anteriores.

Nesta linha de pesquisa, a professora Carmen Lúcia Soares, do Departamento de Ciência do Esporte da Universidade de Campinas (Unicamp), estuda a relação entre o homem e a Natureza no fim do XIX e início do XX no Brasil. A professora esteve em Londrina para o Seminário Corpo e Natureza, realizado no fim de setembro no Centro de Educação Física e Esporte da UEL (CEFE), no qual ministrou a palestra "Educação do corpo: breve história de uma noção". Ela conversou também com a equipe do Jornal Notícia para explicar melhor o trabalho realizado.

Carmen Lúcia realiza uma pesquisa histórica sobre a forma como os espaços de Natureza eram utilizados pelo homem e como isso influenciava na vida e na prática de atividades. A professora fala em "educação pela Natureza" e "ideário de vida ao ar livre", praticado no século XIX. Um dos pontos de destaque do estudo é como a vida na cidade industrializada influenciou nas atividades na natureza.

"Quando as cidades começam a crescer, as pessoas começam a ter problemas de saúde próprios da vida na cidade, causados pelas indústrias. Surgem as doenças respiratórias e, nesse momento, os médicos indicam passeios na Natureza, estações termais, ida ao litoral e a colônias de férias. A Natureza é vista como lugar de regeneração, prevenção e também de educação", explica a pesquisadora.

Um eixo importante de pesquisa, segundo Carmem, é que a visão da Natureza na época é aquela "domesticada e jardinada", conceito trazido pela professora. "Não é a Natureza selvagem e rude do mundo rural. É a dos parques, praças, jardins públicos, boulevard jardinados, do litoral", explica.

É dentro dessa temática que a professora organizou o livro "Uma educação pela natureza: a vida ao ar livre, o corpo e a ordem urbana", que reúne artigos de diversos pesquisadores brasileiros, argentinos e franceses. Alguns dos temas abordados são a invenção do litoral de Santos e Rio Grande do Sul, na cidade de São Paulo e nas colônias de férias, a represa Guarapiranga, os parque de esporte, escotismo na Argentina, naturismo na França e também sobre o sol, como elemento da Natureza muito requisitado.

"É um livro que de fato reúne um conjunto de pesquisas sobre as práticas corporais junto à Natureza e sobre ideias de Natureza, mostrando como ao longo da história as atitudes humanas se transformam muito mais do que ela própria", afirma Carmen.

Para a pesquisa, a professora se baseou na História e em consulta de diversas fontes como jornais, revistas específicas do campo de Educação Física e Esporte, obras de arte do período, pintores brasileiros influenciados pelo pensamento higienista (maior atenção à saúde dos habitantes das cidades), "como na pintura de Eliseu Viscont, "Cura do Sol", que evoca a vida ao ar livre", explica a professora.

A imagem da natureza como fonte de divertimento começou no início do século XX, explica a professora Carmen, com os piqueniques em parques e praças, muito comuns nesse período.

Pesquisa na UEL - O professor André Dalben, do Departamento de Educação Física da UEL, e um dos organizadores do seminário, foi doutorando da professora Carmen, na Unicamp e, em virtude disso, segue a mesma linha de pesquisa.

André tem como foco a pesquisa em colônias de férias e escolas ao ar livre, no período que vai do final do século XIX até os anos de 1950. Como explica o professor, as colônias de férias tinham inicialmente o intuito de preservar a saúde das crianças, e logo se afirmaram também como importantes instituições extraescolares, nas quais os jogos ao ar livre, passeios e a permanência ao ar livre eram priorizados.

Por serem atividades realizadas somente no período de férias escolares, foram criadas também escolas ao ar livre, instaladas em parques urbanos ou bosques nas cidades, como no Parque Água Branca, em São Paulo. A proposta, segundo o professor, era de uma escola que podia ser montada e desmontada no espaço da Natureza. Segundo André, essa cultura de colônia de férias não é tão comum no Brasil, diferente dos países vizinhos como Uruguai e Argentina.

A relação entre a saúde das pessoas e a Natureza se deu até certo período, como explica André: "antes a cura se dava pela água e pelo sol, os recursos que se tinham na Natureza. Depois dos anos 50 com a criação de medicamentos alopáticos as técnicas naturais diminuíram", afirma André Dalben.

Evento - O Seminário Corpo e Natureza teve como objetivo divulgar estudos sobre as práticas corporais ao ar livre, de modo a incentivar reflexões sobre a interação entre corpo e Natureza. Reuniu pesquisadores de diversidades universidades do país, como Unicamp, UEM e Unioeste. O evento foi realizado pelo Grupo de Estudos Gestualidade, Ludicidade e Cultura (GESLUC) e coordenado pelos professores André Dalben, Silvia Sborquia e Ana Maria Pereira, do Departamento de Educação Física da UEL.
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45 anos da maior Universidade Estadual do Paraná


"Temos aprimorado os sistemas internos de modo a otimizar o cumprimento das tarefas", avalia a reitora Berenice Jordão

JOSÉ DE ARIMATHÉIA

Publicado no Diário Oficial da União em 8 de outubro de 1971, o Decreto 69.324, assinado no dia anterior, reconheceu oficialmente a Universidade Estadual de Londrina como instituição de ensino superior.

Às vésperas de completar 45 anos deste reconhecimento, mas com raízes que remontam mais de meio século, em razão das faculdades isoladas preexistentes que se reuniram para formá-la - Letras, Direito, Medicina, Filosofia e Odontologia - a UEL se firma no cenário acadêmico nacional como a melhor IES estadual, não só considerando o Paraná, mas os três estados do sul, que contam com suas respectivas redes, e a quinta entre todas as estaduais do país, desde 2013. Aparece ainda como a segunda melhor pública do Paraná (há 4 rankings) e entre as 20 melhores de todo o país no ranking internacional Quacquarelli Symonds, também desde 2013.

Tais posições, confirmadas em outros rankings, são o fruto do investimento feito nos cursos da UEL em busca de excelência, sob uma perspectiva ampla, que leva em conta não apenas a qualidade do ensino, mas a capacitação docente, infraestrutura, projeto pedagógico, entre outros critérios. O resultado é que diversos cursos da UEL se mantêm há anos entre os melhores do Brasil, enquanto outros estão ascendendo sistematicamente nas avaliações oficiais e chegando a este desejado nível se excelência. "Esta qualificação alcançada pela UEL se reflete no sucesso dos alunos que vão para o mercado ou ingressam em novos cursos, de graduação ou pós-graduação, no país e no exterior. Temos muitos ex-alunos bem acolhidos e bem sucedidos", comentou a reitora.

A reitora da UEL, professora Berenice Quinzani Jordão, há 37 anos na instituição, destaca o envolvimento docente como um dos principais fatores da melhoria dos cursos, num processo em que uma área "puxa" outra. Ela lembra que 94% dos atuais 1.658 professores possuem Mestrado ou Doutorado, somados a outros 5% especialistas. Além disso, mais de 1/5 dos 3.6 mil servidores técnico-administrativos também são pós-graduados, num universo de 12.551 alunos de graduação, distribuídos em 54 cursos, e quase 6 mil nos de pós-graduação.

Os Programas de Pós-graduação têm sido um termômetro da verticalização do ensino e da pesquisa, no sentido de que os cursos "sobem" nas avaliações em virtude das constantes avaliações positivas. "Os cursos só sobem quando bem avaliados, e eles são avaliados desde a sua proposta", comenta a reitora. A Pós-graduação da UEL está completando 40 anos em 2016, com o aniversário do Programa de Tecnologia de Alimentos, o Mestrado mais antigo do sul do Brasil e o quarto mais antigo do país na área. Atualmente, são 104 cursos de Especialização, 45 de Mestrado e 22 de Doutorado.

A UEL oferece não apenas os cursos mais tradicionais, mas também mestrados profissionalizantes, assim como 73 residências, não apenas na Medicina ou outras áreas de Saúde (como Fisioterapia, Odontologia e Enfermagem), mas também residências técnicas.

Fundamentada no tripé Ensino/Pesquisa/Extensão, a UEL envolve, atualmente, 2.358 participantes em projetos de ensino; 5.341 em projetos de pesquisa; e 2.028 em projetos de extensão. Como prestadora de serviços, a Universidade se impõe como presença imprescindível na região de Londrina, como atestam apenas alguns de seus números. A Clínica Odontológica, por exemplo, atendeu mais de 70 mil pacientes e realizou cerca de 63 mil atendimentos em 2015, contabilizando quase 200 mil procedimentos. O Hospital Universitário, referência do Sistema Único de Saúde para 80 municípios das regiões Norte e Norte Pioneiro do Paraná, atendeu mais de 160 mil pacientes e realizou 7,4 mil cirurgias no ano passado. E o Hospital Veterinário, que em 2016 completa 40 anos, beirou a marca dos 88 mil atendimentos e procedimentos.

Berenice Jordão destaca a importância da Universidade. "A UEL tem uma grande presença na cidade de Londrina porque oferece a comunidade um serviço gratuito e de alta qualidade, com profissionais capacitados e respeitados, o que não é comum nas cidades do país", aponta. Além do atendimento direto, os projetos também cumprem esta função. "Os participantes interagem com a população numa via de mão dupla, em que a população incorpora conhecimentos técnicos e assim melhoram suas próprias condições de trabalho e produção, ao mesmo tempo em que a Universidade ganha, porque traz para a formação dos estudantes a realidade em que posteriormente vão atuar", acrescenta.

Internacionalização - Apesar de a internacionalização das universidades ser um tema frequente na pauta mais recente, a UEL já pratica o intercâmbio e a parceria com instituições japonesas há mais de 20 anos. Esta experiência, sem dúvida, tem feito diferença nas atuais iniciativas. E para se ter uma ideia da projeção da UEL no cenário internacional, ela participa da Zona de Integração do Centro Oeste Sul-Americano (Zicosur), do Grande Júri do Prêmio de Ciência & Tecnologia do Grupo Bunge (Alimentos e Energia), e representa as IES estaduais no Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB), que reúne 72 instituições, das quais 15 estaduais, em ações conjuntas com a mais antiga universidade lusófona do mundo, a de Coimbra.

Inclusão - Outro aspecto em que a UEL se destaca é nas políticas e programas concretos de inclusão e manutenção dos estudantes na instituição. São vários, como o ingresso por cotas (étnicas e para alunos de escolas públicas), o vestibular indígena, o Núcleo de Acessibilidade, a participação no SISU (Sistema de Seleção Unificado), o atendimento a vestibulandos e alunos em cumprimento de pena criminal, a Moradia Estudantil, o Restaurante Universitário e o Programa Permanência, ligado ao Serviço de Bem Estar à Comunidade.

Desafios - Na avaliação da reitora, a instituição sempre enfrentou muitos desafios, de diversas naturezas. No momento atual, ela vê desafios conjunturais, como a deficiência em infraestrutura e o déficit de pessoal (vagas não repostas), além de cortes de financiamentos e atraso ou corte de repasses pelas instâncias governamentais. Para enfrentar tais dificuldades, a reitora aposta na capacidade institucional da UEL, que a credencia a captar recursos. Segundo Berenice Jordão, a Universidade é a que tem captado o maior volume de recursos solicitados - simplesmente 100% das propostas apresentadas. "Além de nos capacitarmos para captar mais recursos, também temos aprimorado os sistemas internos de modo a otimizar o cumprimento das tarefas sem causar mais sobrecarga aos servidores que permanecem atuando na instituição e também buscamos trabalhar com recursos deficitários de maneira transparente, como, por exemplo, praticando um modelo de orçamento gerencial com todas as unidades da UEL", avalia a reitora.

Pioneira entre as estaduais

"O Sistema Estadual de Ensino Superior está entre os melhores do país oferecendo educação gratuita e de qualidade para cerca de 100 mil estudantes da graduação e da pós-graduação. As sete universidades estaduais são constantemente destaque em rankings nacionais e internacionais, além de apresentarem bons resultados nas avaliações do Ministério da Educação (MEC).

A Universidade Estadual de Londrina (UEL), pioneira entre as instituições estaduais, completa 45 anos formando profissionais não só no aspecto técnico, mas valorizando a cidadania. Ao priorizar o investimento na capacitação de docentes e agentes administrativos para o avanço constante no ensino, extensão, pesquisa e inovação; a UEL contribui com a valorização do ensino superior paranaense.

Sua equipe de pesquisadores tem apresentado importantes contribuições para a produção e disseminação do conhecimento. As ações e projetos desenvolvidos pela instituição junto à comunidade demonstram o comprometimento com o desenvolvimento científico, social, cultural e econômico não só da Região Norte do estado, mas de todo o Paraná.

O aniversário é da instituição, os parabéns são para toda a comunidade acadêmica e quem é presenteada com a excelente atuação da UEL é a população paranaense".

Prof. João Carlos Gomes - Secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná

Eventos marcam aniversário

Todos os eventos realizados neste semestre levam a chancela dos 45 anos da UEL, mas alguns são particularmente alusivos ao aniversário da instituição. No dia 4, no Anfiteatro Cyro Grossi (Centro de Ciências Biológicas), foi feita uma homenagem aos mais de 140 servidores aposentados entre setembro de 2015 e julho de 2016, e a entrega do título de Funcionário Emérito à servidora Lourdes Rita da Silva, da Divisão de Assistência à Saúde da Comunidade (DASC).

No próximo dia 7, às 9 horas, será realizado o plantio da 45ª peroba, no Bosque Perobal, pelo ex-aluno de Odontologia da UEL, Abelardo Correia e Silva, portador do diploma número 001 da Universidade. À noite, haverá um jantar comemorativo.

No dia 11, às 20 horas, na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, a UEL receberá um presente do Coral Unicanto, de Londrina: o concerto do Coral Hollands Voccal Ensemble (Holanda) em conjunto com a Orquestra Sinfônica da Universidade. Dividido em duas partes, a primeira será regida pelo maestro Alessandro Sangiorgi (OSUEL), que apresentará Schubert; e a segunda pelo maestro holandês Fokko Oldenhuis, que apresentará hinos de Händel, fechando com "Aleluia", do compositor alemão.

No dia 27, várias atividades alusivas ao Dia do Servidor Público serão desenvolvidas em diferentes espaços da Universidade. No mesmo dia, ocorrerá a abertura do 25º Josuepar, que este ano será sediado na UEL em razão do aniversário da instituição.

Jogos reúnem servidores das IES

A UEL vai realizar a 25ª edição dos Jogos dos Servidores das Universidades Estaduais do Paraná (JOSUEPAR), que será entre os dias 27 e 30 de outubro. O JOSUEPAR é realizado desde 1992, com o objetivo de incentivar a prática esportiva e recreativa de modalidades esportivas, estimulando um intercâmbio esportivo, recreativo e cultural entre os servidores das universidades estaduais.

O Josuepar reúne todos os anos cerca de 500 servidores, professores e aposentados das sete Instituições de Ensino Superior do estado - além da UEL e UEM, também participam servidores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) e Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).

Ao todo são 19 modalidades que participam dos Jogos, tendo categorias masculinas e femininas. São elas: atletismo, basquete, bocha, bolão, boliche, canastra, dama, dominó, futebol suíço, futsal, malha, natação, peteca, sinuca, tênis de mesa, truco, vôlei de areia, voleibol e xadrez. Este ano os jogos serão realizados, com o professor Ariobaldo Frisselli como presidente da comissão central. Mais informações no endereço http://www.uel.br/proex/josuepar/.
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Da UEL para a África


"Achei que iria fazer uma visita de 10 dias para dar um treinamento, mas pelo que a gente viu, eles precisam de alguém que fique muito tempo por lá", diz a professora Vanerli. Marcelo deve passar um ano na República do Congo

CRISTIANO RANTIN*

O Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal (LIPOA), foi convidado para prestar serviço para a produção de leite na República do Congo, país localizado no oeste da África. Marcelo Vaz Alves, formado em Zootecnia pela UEL e que já participou do projeto de extensão "Qualificação de recursos humanos para atuação na cadeia do leite", deve passar um ano na República do Congo auxiliando todo o processo de produção.

"Existe um projeto piloto de produção de leite que possui um interesse pessoal de Denis Sassou Nguesso, presidente da República do Congo, como um projeto de caráter social", comenta a professora Vanerli Beloti (Departamento de Medicina Veterinária Preventiva), responsável pelo projeto de extensão. Ela explica que Nguesso possui planos para desenvolver a cultura de leite e para isso conta com uma "fazenda piloto" com pelo menos 60 animais e muitos problemas.

Alguns dos problemas descritos para a professora Vanerli foram os altos índices de infecção mamária  nos animais, a baixa qualidade do leite produzido e até a desnutrição severa das vacas, que pode ser notada apenas pelas fotos enviadas. "Eles não possuem ninguém que saiba como resolver esses problemas. É por isso que o Marcelo está indo", diz.

A professora conta que o primeiro convite foi direcionado a ela. "Achei que iria fazer uma visita de 10 dias para dar um treinamento, mas pelo que a gente viu, eles precisam de alguém que fique muito tempo por lá", argumenta. A falta de tradição na produção do leite é o principal fator dessa decisão, pois segundo Vanerli, é necessário que alguém auxilie e acompanhe todo o processo, até que eles possuam uma estrutura firme, capaz de produzir leite de qualidade, para que depois uma unidade de pasteurização seja colocada para funcionar. "É um trabalho a longo prazo", resume.

"Tudo foi um pouco inesperado, mas além da surpresa é uma situação bastante gratificante. É um país carente, que necessita de profissionais para trabalhar com a produção de alimento para o próprio povo", explica Marcelo, que descobriu sobre o projeto na República do Congo e, em uma semana, arrumou as malas para a viagem.

Os problemas na produção não intimidam Marcelo, pois além de ser uma área em que ele gosta de trabalhar, já possui domínio sobre o francês, língua oficial do país africano. A experiência com a Fazenda Escola da UEL é outro fator importante para o pesquisador. "Eu não conheço esse país, mas na parte técnica eu me considero bastante preparado para enfrentar os desafios. Mesmo assim, a ficha ainda não caiu?, revela.

O zootecnista conta que apesar das análises parciais feita pelas fotos e informações que ele recebeu, é difícil tirar conclusões sobre a situação de lá. Para isso, ele pretende fazer um estudo assim que chegar no outro país. ?Primeiro você tem que conhecer como é a realidade deles. Eu preciso chegar lá para ver como funciona a cadeia produtiva de leite e em cima disso tomar decisões", explica. A partir desse ponto, as soluções podem envolver desde uma melhor higiene e manejo dos animais, até mudanças na alimentação para melhorar a nutrição animal.

Vanerli se mostra bastante confiante das habilidades de Marcelo, defendendo que no projeto de extensão ele precisou lidar com diversos problemas que serviram para aumentar seu aprendizado e lhe dar mais experiência, e que no final tudo isso só serviu para ajudar. "No começo, a gente teve problemas para alimentar as vacas, para plantar, planejar e até administrar. O Marcelo vivenciou isso dentro do projeto, então dá pra ter uma boa ideia dos problemas gerais da bovinocultura do leite", afirma.

Entretanto, como a própria professora destaca, a falta de informações sobre a República do Congo podem ser novos problemas que Marcelo terá que enfrentar: "A gente não conhece o país, então pode ser que eles tenham outras doenças que a gente não conhece por lá, ou outras dificuldades de alimentação".  

Toda a situação é de pura alegria para Varneli, tanto por saber que a UEL acaba se tornando uma referência internacional no assunto, quanto por saber que é alguém responsável e competente que vai trabalhar nesse projeto da República do Congo. "A gente fica muito feliz que eles tenham vindo até aqui buscar esse profissional, pra gente é uma satisfação enorme", revela.

Outro motivo de celebração para a professora é saber que os objetivos do projeto de extensão estão sendo cumpridos, apesar das dificuldades, e está sendo capaz de preparar e qualificar o pessoal para o trabalho na cadeia de leite. "O Brasil é um país muito carente de gente especializada nessa área, que conheça a produção de verdade, e eu imagino que a República do Congo, que está começando agora essa produção, seja mais carente ainda nessa área".

A professora também explica que no projeto de extensão coordenado por ela é ensinado como resolver diversos problemas da cadeia do leite, desde a nutrição e bem estar do animal e das condições às quais ele é submetido durante sua vida e período de lactação, já que tudo isso impacta na qualidade do leite. "Só depois de entender tudo isso e conseguir resolver esses pontos é que podemos partir para uma produção leiteira de verdade, na qual os animais possam viver bem e produzir bem", explica.

A professora não esconde sua alegria e destaca que Marcelo sempre foi um bolsista extremamente dedicado, sempre se preocupando em ajudar e fazer o projeto crescer, chegando até a exercer funções que iam além do seu papel. "Eu estou muito feliz que seja ele o escolhido para ir para a República do Congo, é uma felicidade muito grande", finaliza.

* Estagiário de Jornalismo da COM-UEL.
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Agenda

Instrutores de Cursinho
O Curso Especial Pré-Vestibular da UEL (CEPV) seleciona instrutor bolsista para aulas de Espanhol, Inglês, Sociologia, Filosofia, Matemática, Física, Química, Literatura, Gramática, Redação/Interpretação, História, Geografia, Artes e Biologia. Podem se inscrever alunos de graduação da Universidade, exceto os de cursos integrais, ou aqueles que estão no último ano do curso. As inscrições vão até dia 14 de outubro.
Os interessados devem comparecer à Secretária do CEPV, no Campus Universitário, e apresentar cópias do RG e comprovante de matrícula. O setor funciona de segunda-feira a sexta-feira, das 14 às 22 horas. A prova de seleção será realizada dia 29 de outubro. Mais informações pelo telefone 3371-4719 ou pelo e-mail selecaodeinstrutores@outlook.com.br. 

Transferências externas
A Coordenadoria de Processos Seletivos (COPS) e a Pró-reitoria de Graduação (PROGRAD) informam que estão abertas as inscrições para o Processo Seletivo de Transferência Externa 2017. Os interessados devem fazer a inscrição no endereço http://www.cops.uel.br/v2/, até as 23 horas do dia 13 de outubro. O valor da taxa de inscrição é de R$ 118,00.
São ofertadas vagas para 44 cursos de graduação, considerando turnos e habilitações, conforme o Edital PROGRAD/COPS Nº 013/2016. A transferência é direcionada para estudantes matriculados em cursos de graduação de qualquer instituição de ensino superior do país ou estrangeira. Conforme Edital, o processo seletivo é vedado a estudantes da primeira e da última série de cursos de graduação.
O resultado da transferência externa será divulgado dia 30 de janeiro de 2017, às 17 horas, também no site da COPS. Os aprovados ingressam nos respectivos cursos no ano letivo do próximo ano. O Edital PROGRAD/COPS Nº 013/2016 pode ser acessado no endereço www.cops.uel.br.

Ciclo Hannah Arendt
O VII Ciclo Hannah Arendt - Corrupção: ausência de pensamento ou pensamento corrompido? - está com inscrições abertas. As inscrições podem ser feitas até o dia 11 de novembro, com investimento de R$ 50,00. O evento será no período de 9 a 12 de novembro no Anfiteatro Maior do Centro de Letras e Ciências Humanas (CCH).
Com o objetivo de discutir a obra da filósofa contemporânea Hannah Arendt, o Ciclo pretende ainda promover o intercâmbio científico entre os pesquisadores da área, além de aprofundar as dimensões investigativas das reflexões políticas e éticas das obras da filósofa.
Os conferencistas convidados são da UFG e instituições da Argentina e Venezuela. Segundo os organizadores da edição deste ano, o Ciclo também visa estabelecer diálogos entre as reflexões filosóficas acerca da obra da escritora e outras áreas do conhecimento, entre elas Letras, Literatura, Artes, História, Comunicação Social, Direito, Ciências Sociais e Teologia, visando estimular a publicação dos estudos produzidos sobre Hannah Arendt.

Semana da Matemática
Estão abertas as inscrições para a 31ª Semana da Matemática, que será realizada no prédio do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) e no Centro de Ciências Exatas (CCE), no período de 19 a 22 de outubro. Interessados podem inscrever trabalhos até dia 5, ou se inscrever como ouvinte até o dia 19.
O investimento é de R$ 25,00 (graduação), R$ 50,00 (professores de nível superior), ou R$ 35,00 (pós-graduação ou professores da educação básica). A Semana tem por objetivo promover reflexões, debates e análises sobre a formação de professores de Matemática.
A Semana pretende também articular o princípio da indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão no fazer acadêmico. Outro destaque é a democratização do conhecimento, por meio de discussões, debates, palestras, minicursos e interação entre academia e escolas, com foco na interação entre a Universidade e sociedade (escolas públicas). Mais informações pelo telefone 3371-4226 ou pelo e-mail semat@uel.br. 

Curso de Gestalt-Terapia
Estão abertas as inscrições para o curso de Gestalt-Terapia, ofertado pela Clínica Psicológica do CCB. As aulas serão ministradas na Clínica Psicológica, nos dias 18 de novembro, das 18 às 22 horas, e 19, das 8 às 17 horas..
O valor da inscrição é de R$40,00 (estudantes), e R$80,00 (profissionais). O público alvo são estudantes de graduação em Psicologia e psicólogos de Londrina e região.
A Gestalt-terapia é um modelo psicoterápico com ênfase na experiência individual. O curso tem o objetivo de discorrer sobre a Gestalt-Terapia (histórico, fundamentação filosófica, conceitos e técnicas). O curso prevê aulas expositivas, discussões clínicas e experimentos. As ministrantes serão as psicólogas e especialistas Thais Fernanda Roberto Oliveira e Maria Tereza Francovig Piazzalunga. Mais informações no endereço http://www.uel.br/clinicapsicologica/, ou pelo e-mail thaisfernanda.psico@gmail.com.
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Imigrantes "brasilianizam" religião no exterior


No livro "O Evangélico Imigrante: o pentecostalismo brasileiro salvando a América", o professor mapeou as igrejas evangélicas brasileiras em Nova York

BEATRIZ BOTELHO

Pesquisadores da Universidade da Beira Interior (UBI), de Portugal, participaram no mês de setembro do IV Seminário Internacional Práticas Religiosas no Mundo Contemporâneo, na UEL. O evento é realizado anualmente em Portugal e, pela primeira vez teve uma edição no Brasil. A escolha da UEL foi devido ao convênio firmado entre as universidades e à proximidade com o Laboratório de Estudos sobre as Religiões e Religiosidades (LERR), coordenado pelo professor Fabio Lanza, do Departamento de Ciências Sociais, também coordenador do evento.

O antropólogo brasileiro, Donizete Rodrigues, docente da Universidade da Beira Interior desde 1992, realizou a conferência de abertura do seminário com o tema "O pesquisador insider believer no campo das dinâmicas religiosas: questões metodológicas" e também fez lançamento do livro "O Evangélico Imigrante: o pentecostalismo brasileiro salvando a América".

O livro retrata a primeira parte da pesquisa do professor realizada nos Estados Unidos, pela Universidade de Columbia. O professor fez mapeamento das igrejas evangélicas brasileiras na região metropolitana de Nova York, onde encontrou 232 igrejas. Segundo Donizete, elas acompanham o movimento de imigração dos brasileiros e se instalam na região onde eles estão, chamados de enclaves étnicos. A esse movimento o professor denomina de "brasilianização".

Na segunda etapa da pesquisa, e que dá nome a palestra, o professor fez a opção por estudar uma igreja brasileira pentecostal nos EUA. Por 18 meses ficou inserido em uma tribo evangélica - termo referente à Antropologia - como membro efetivo."O insider believer me proporcionou imersão muito grande dentro da igreja e eu passei a ter informações privilegiadas que eu não teria se não fosse um insider believer. A vantagem é que eu posso fazer uma abordagem mais profunda desse movimento religioso", afirma.

Para a pesquisa, o professor precisou acompanhar o movimento de imigração dos brasileiros para EUA, países da Europa e da Ásia. Optou por utilizar a etnográfica multisituada, termo do antropólogo George Marcus, em que se olha o fenômeno em escala global e, para isso, o pesquisador precisa ser viajante para entender essas rotas migratórias. "Não é fácil trabalhar com o fenômeno religioso do ponto de vista metodológico, há complexidade grande. Esse movimento tem escala global", diz.

Antes se trabalhava com a pesquisa etnográfica localizada, em uma igreja que estava presente em apenas um local. Com a imigração brasileira e expansão das igrejas pelo mundo, utilizou esse outro método, em que se faz "primeiro o mapeamento no mundo e depois volta a fazer a etnografia localizada, para conjugar os dois métodos", explica Donizete. "A vantagem de adotar esse método etnográfico multi-situado e depois localizado dá uma visão global do fenômeno", afirma.

Segundo Donizete, esse método se faz necessário devido ao neopentecostalismo ser dinâmico e adaptativo e não apresentar as mesmas características. "É um movimento extremamente dinâmico, complexo, que se adapta a diferentes culturas e diferentes contextos sociais", observa.


Professor Donizete Rodrigues

Pentecostalismo - Como conta o professor Donizete Rodrigues, o pentecostalismo teve início em 1903, nos EUA, como um movimento religioso inclusivo, aproximando os pobres, imigrantes e excluídos socialmente. O termo vem de Pentecostes, quando na religião cristã, houve a manifestação do Espírito Santo. A religião se formalizou em 1906 e se expandiu para o mundo. "Como Brasil e EUA têm estrutura social parecida, esse movimento penetrou rapidamente no país, mas adquiriu características diferentes. Ele incorporou práticas do Catolicismo e de outras religiões. Não é exatamente como o do EUA", afirma.

O neopentecostalismo se iniciou na década de 60, também nos EUA, com a proposta de reavivamento do Espírito Santo, e seguiu rapidamente para o Brasil. "É um movimento de base cristã e protestante, em que a figura central da trindade é o Espírito Santo", explica.

Portugal e Brasil - Segundo Donizete, Portugal também passa por forte processo de "brasialinização", recebendo muitos imigrantes brasileiros. "A maior comunidade de imigrantes em Portugal é de brasileiros. E essas igrejas evangélicas e movimento carismático católico seguem o fluxo migratório, seguem os brasileiros. Então, considerando isso, faz todo sentido que haja essa ponte entre os países, para pesquisar e compreender melhor esse fenômeno", afirma o professor.

Também nessa relação entre Portugal e Brasil, a pesquisadora portuguesa da UBI, Clara Margaça, pretende fazer sua tese de doutorado comparando idosos lusos e brasileiros, quanto à espiritualidade, qualidade de vida e resiliência.


Professora Clara Margaça

Parte da pesquisa de mestrado de Clara foi apresentada no minicurso "A influência da religião na saúde: estudos e pesquisas", no Seminário Internacional. A pesquisadora estudou a influência da espiritualidade na saúde e na qualidade de vida em idosos portugueses. "Sim, existe relação entre espiritualidade e melhores índices de qualidade de vida e de saúde no geral. O que nós avaliamos é o funcionamento mental e a resiliência", afirma Clara.

A pesquisa foi realizada com 470 adultos e idosos portugueses, divididos em três faixas etárias: dos 25 aos 45 anos, dos 46 aos 65, e dos 66 aos 97 anos. O objetivo era de perceber se existe diferença na espiritualidade, resiliência e qualidade de vida dos indivíduos em diferentes idades. "Ao contrário do que nós pensamos, não era o grupo mais idoso que tinha mais espiritualidade. E não era por ser mais espiritual que tinha mais resiliência. O grupo da meia idade foi o que apresentou mais espiritualidade, isso pode estar relacionado à perspectiva de futuro, mais tempo de vida".
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EDUEL

PRATELEIRA

12 de outubro é Dia das Crianças. Para comemorar a data com muita leitura, selecionamos alguns dos títulos infantojuvenis de duas de nossas coleções: os dois primeiros da Coleção Explorando o Universo e os dois últimos da Coleção Meio Ambiente Inteiro:

O que pensa a Via Láctea?
Autores: Cleiton Lattari; Rute Helena Trevisan; Andressa Trevisan Bruno; Daniel Trevisan Sanzovo; Juliana Romanzini; Vanessa Queiroz
Ilustrações: Maurício Correa, Castro Gonçalves, Bruna Scalco

Sinopse: Este livro conta em versos a história evolutiva da nossa galáxia, a Via Láctea, mostrando de forma lúdica como é a existência desse universo-ilha. Nessa galáxia espiral, em um de seus braços vive o Sol, estrela pequena, mas de grande importância para todos nós. A alusão de que a galáxia está pensando é que nela existem vidas, seres que pensam e constroem um universo galáctico em torno de si.

Vida de Estrela
Autores: Vanessa Queiroz; Juliana Romanzini; Rute Trevisan; Daniel Trevisan Sanzovo; Andressa Trevisan Bruno; Cleiton Lattari
Ilustrações: Ariadne Maestrello; Heloísa Pintarelli

Sinopse: Este livro explica cientificamente, de maneira lúdica, a evolução estelar, isto é, como nascem, crescem, vivem e morrem as estrelas, numa linguagem acessível a crianças, jovens e adultos.

O homem bem aqui, o bicho bem ali: cada macaco no seu galho
Autor: Valdir Clóvis de Assis
Ilustrações: Alan Sales e Daiya Nakano

Sinopse: O livro trata de um tema bastante importante: a valorização da fauna brasileira e a conscientização a respeito da caça ilegal praticada pelo homem.

O menino que queria ganhar árvores
Autor: Eduardo Alberto da Silva
Ilustrações: Bruna Scalco

Sinopse: O livro trabalha o conhecimento sobre o meio ambiente de maneira lúdica, com o objetivo de despertar na criança a consciência sobre a importância das árvores. Classificação: Leitor iniciante - 5 a 7 anos.

Estes e outros títulos podem ser adquiridos na Livraria EDUEL.
Mais informações, pelo telefone 3371-4691. Ou pelo e-mail - livraria-uel@uel.br

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