Interação universidade-empresa é fundamental para a inserção de tecnologias no mercado
O Escritório de Transferência de Tecnologia iniciou suas atividades em 2008, como um dos braços da Agência de Inovação e Tecnologia (Aintec), da UEL, e tem "o objetivo de levar o conhecimento desenvolvido dentro da universidade para o mercado, para o âmbito das empresas", como explica Isabela Guedes, coordenadora do escritório.
O objetivo é cumprido através da oferta de quatro procedimentos. Um deles é a cooperação tecnológica, pela qual uma empresa interessada se une a um professor ou laboratório da Universidade para desenvolver uma nova tecnologia ou projeto. Outra possibilidade é a transferência e licenciamento de tecnologia, quando ativos tecnológicos ou científicos são de propriedade ou copropriedade da UEL e uma empresa tem interesse em utilizá-los. Neste caso, um contrato de transferência de tecnologia é estabelecido entre as partes, licenciando ou cedendo o direito de uso ou exploração econômica destes ativos por um determinado período.
O terceiro procedimento é cessão plena de tecnologia, pelo qual a empresa compra uma tecnologia da Universidade; o quarto é a prestação de serviços. Para isso, o escritório conta com um Banco de Consultores e Prestadores de Serviço, formado por servidores da universidade (docentes e técnicos), por empresas incubadas na Incubadora Internacional de Empresas de Base Tecnológica da UEL (Intuel), por Empresas Juniores da UEL e por empresas de Base Tecnológica associadas à Aintec, que atendem a demanda de serviços tecnológicos da comunidade externa. Se houver interesse, é feito um contrato para a prestação de determinados serviços.
A prestação de serviços tem sido o procedimento com maior demanda desde o início do escritório, principalmente com trabalhos de análises laboratoriais e desenvolvimento de softwares. A intermediação do escritório é fundamental, já que a Universidade não poderia prestar diretamente esses serviços. "A Aintec tem um programa de atendimento à sociedade com a Fundação de Apoio à Universidade Estadual de Londrinae por meio desse programa de atendimento a gente consegue prestar serviço, porque aí a FAUEL faz o gerenciamento financeiro, que a universidade sozinha não poderia fazer", esclarece Isabela.
A partir de uma demanda, o escritório entra em contato com o laboratório solicitado para conferir se ele pode prestar o atendimento. Depois disso, a checagem de dados, a montagem de orçamento e toda a parte burocrática também é realizada pelo escritório.
Mercado - O diretor da Aintec, Edson Miura, destaca a importância dessa dinâmica envolvendo a academia e o mercado. "Consideramos que essa interação universidade-empresa é fundamental para a inserção de tecnologias no mercado que podem proporcionar a inovação na base industrial, tornando as empresas mais competitivas e elevando o potencial dos negócios", comenta.