O presidente estadual da comissão é o professor Wagner do Amaral, do Departamento de Serviço Social (CESA)
Os integrantes da Comissão Universidade para Índios (CUIA) realizaram nos últimos dois dias, 27 e 28, a segunda reunião do ano, na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI). Na quarta e quinta-feira, os representantes das sete universidades estaduais e da Universidade Federal do Paraná (UFPR), reelaboraram a resolução que define as diretrizes de ingresso e permanência dos estudantes indígenas nas universidades.
A necessidade de ações para o fortalecimento das CUIAS locais e uniformização de procedimentos realizados pelas universidades foram destacadas pelo presidente estadual da comissão, professor Wagner do Amaral, do Departamento de Serviço Social, do Centro de Estudos Sociais Aplicados (CESA) da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Precisamos fortalecer e dar mais visibilidades às ações locais desenvolvidas pelas universidades, qualificando ainda mais o trabalho da CUIA,? disse.
Para fortalecer a política de permanência do estudante indígena, outra proposta seria implementar o Ciclo Intercultural Acadêmico dos Estudantes Indígenas, que atualmente existe na UEL, em todas as universidades integrantes da CUIA. O presidente, explica que a existência do Ciclo pode aumentar o índice de permanência dos estudantes na universidade. "Isso pode vir a alterar a dinâmica acadêmica para ingresso nas universidades. No Ciclo, o estudante indígena já é considerado um universitário mas ele tem a chance de amadurecer a escolha do curso, retoma o conteúdo aprendido no ensino médio. Só depois de acompanhar alguns projetos do curso pretendido e conhecer melhor o curso, é que ele define qual o curso que vai cursar. Podendo, inclusive durante o Ciclo, mudar de opção para começar a cursar no ano seguinte", afirmou.
Os integrantes da CUIA também discutem uma proposta para um programa de recursos junto à estrutura orçamentária da Seti com o objetivo de dar mais efetividade às ações desenvolvidas pela CUIA. Outro ponto importante analisado durante a reunião, foi a possibilidade de estender o programa de ingresso dos indígenas, que acontece por meio do Vestibular Indígena, também para a pós-graduação.
A CUIA é formada por três integrantes de cada uma das sete universidades estaduais e da UFPR. A reunião estadual acontece a cada dois meses e de maneira itinerante. Na última reunião, realizada em fevereiro, foram iniciados os preparativos para o Vestibular Indígena 2016, que será organizado pela Unioeste. (Com informações da SETI)