O professor Arthur Eumann Mesas é o responsável pelo EAPq e também coordenador do EAIC na UEL
A aprovação de um projeto, com a consequente captação de recursos financeiros, passa pelo adequado enquadramento aos termos dos editais, prazos às vezes exíguos, e correto preenchimento de toda a documentação exigida. Para um jovem docente ou pesquisador em início de carreira, são grandes as dificuldades em organizar todo o necessário.
Facilitar o acesso dos pesquisadores a estas fontes de recursos, buscar informações precisas das agências financiadoras e orientar os interessados a montar seus projetos, são alguns dos objetivos do Escritório de Apoio ao Pesquisador (EAPq), vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, e uma antiga solicitação da comunidade universitária. A USP mantém setores semelhantes em diversos campi no estado, onde trabalham técnicos administrativos, mas o formato do EAPq, com um pesquisador especializado à frente, é inovador.
Os trabalhos do EAPq na UEL são desenvolvidos pelo professor Arthur Eumann Mesas, do Departamento de Saúde Coletiva (CCS), nomeado em maio do ano passado para este fim. O professor coordenou o Encontro Anual de Iniciação Científica de 2015 e continua com esta atribuição, dentro do Escritório, uma vez que a PROPPG assumiu o evento na UEL. A edição deste ano já está sendo organizada. O EAPq também realizou, em agosto passado, um curso de redação científica em inglês, chamado Research Connect, ofertado pelo Conselho Britânico e Fundação Araucária. Participaram 20 pesquisadores, da UEL, UTFPR e Unifil.
O Escritório constitui um canal de consulta para o pesquisador que teve acesso a um edital e ficou com dúvidas, no enquadramento do projeto ou na elaboração da proposta, entre outros aspectos. No caso de editais mais específicos, o EAPq estuda o edital, entra em contato com as agências de fomento e obtém as informações necessárias, evitando, por exemplo, que uma dúzia de interessados tenham que fazer tudo isso, individualmente. Internamente, o Escritório trabalha articulado com outras instâncias da PROPPG. Se são editais internacionais, a articulação é também com a Assessoria de Relações Internacionais (ARI).
MULTICÊNTRICOS - O professor informou ainda que o EAPq deverá oferecer um ciclo de palestras, voltado para docentes, estudantes de pós-graduação e pesquisadores de Iniciação Científica, para disseminar informações relevantes a todo pesquisador, como a organização de material bibliográfico, consulta a banco de dados, ética em pesquisa, entre outras. Ao mesmo tempo, os encontros servirão para que as diferentes áreas da UEL compartilhem suas pesquisas e possam, eventualmente, gerar projetos multicêntricos e multidisciplinares.
O PUBLIC 2016, edital lançado este mês que disponibiliza recursos para serviços de tradução e revisão de idioma estrangeiro, é a primeira proposição de auxílio do EAPq para um edital. Ele foi deliberadamente pensado para valorizar os alunos de IC, que devem aparecer como coautores da publicação. Esta valorização não é comum na maioria dos editais, e esta é exatamente uma das diretrizes do Escritório: contemplar o que as agências de fomento não contemplam.
O professor disse ainda que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) tem uma preocupação partilhada com o Escritório: conhecer a evolução do aluno de IC depois da graduação, saber se ele continuou a prática da pesquisa em alguma pós-graduação, ou na prática profissional.
Além de estimular jovens pesquisadores e ajudá-los a melhorar sua carreira, o Escritório também busca atrair recursos através de projetos individuais. Nisso, o EAPq contribui ainda com informações que dão mais chances de aprovação aos projetos, como o caráter multidisciplinar e a inovação. Segundo o professor Arthur, isso é fundamental hoje em dia, em que está havendo muitos cortes de recursos, ao mesmo tempo em que a produção constante e de qualidade é cobrada dos pesquisadores.
PERFIL - Outro trabalho de fôlego que está sendo feito e que deve levar ainda cerca de três meses, é um mapeamento completo dos projetos de pesquisa, incluindo aspectos como o fator de impacto e o índice Qualis das publicações, envolvendo também a Pró-reitoria de Recursos Humanos e o CNPq. "Um perfil da produção científica da UEL", nas palavras do professor Arthur.
O mapeamento terá como base o ano de 2015, mas a ideia é torná-lo anual. Como será muito mais completo do que, por exemplo, uma avaliação da Capes, o perfil mostrará os pontos fortes - as áreas que mais publicam, os projetos de maior impacto, etc. - e dará respaldo para direcionar as ações da PROPPG.
Serviço- O professor Arthur atende no EAPq às segundas, terças e quartas à tarde, e nas quintas e sextas de manhã. O contato inicial deve ser preferentemente pelo ramal: 5117 ou pelo e-mail eapq@uel.br.