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25/04/2016  

SINOPSE - A UEL NOS JORNAIS (25-4-2016 - Segunda-feira)

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Fitoterápicos devem ser usados com orientação

Plantas têm inúmeros benefícios, mas também apresentam efeitos colaterais e reações adversas

Durante muito tempo acreditou-se que os medicamentos fitoterápicos não tinham contraindicações. Essa ideia aliada à sensação de que se estaria priorizando o uso de elementos mais naturais em comparação com outros tipos de medicações mais convencionais impulsionou o uso indiscriminado nos últimos anos. Mas fato é que a utilização de fitoterápicos e outros produtos feitos de ervas e plantas também exige cuidado e orientação médica.

Apesar de inúmeros benefícios já comprovados, é necessário atenção especial para as substâncias presentes nas plantas e como elas agem no organismo humano desde a sua colheita até o preparo. Os fitoterápicos também têm efeitos colaterais e reações adversas, afinal, possuem substâncias que causam modificações em nosso organismo e podem provocar problemas graves a saúde.

"Queremos reforçar alguns cuidados que se deve ter com esse tipo de medicação, porque ela também pode trazer alguns efeitos caso o tratamento não seja realizado adequadamente", alerta o professor do curso de Farmácia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Renê Oliveira do Couto. "O cuidado com o fitoterápico é o mesmo que se deve ter com qualquer outro tipo de medicamento, pois independente da origem ele é um medicamento", continua.

Como forma de incentivar a entrada e a fabricação dos fitoterápicos na indústria farmacêutica, o governo brasileiro criou em 2006 a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Três anos depois veio o Programa Nacional. Isso fortaleceu muito a legislação nacional, que, segundo Couto, é uma das mais avançadas do mundo no assunto.

Porém, o desconhecimento por parte da população, ainda é grande. E aí mora o perigo. O professor usa o exemplo de um problema que tem ocorrido principalmente em Goiás. O estado do centro-oeste é o principal produtor do ?Viticromin?, fitoterápico produzido através da mama-cadela e único no mundo com eficiência comprovada no tratamento do vitiligo.

"Ele tem efeito fantástico. Mas as pessoas estão usando indiscriminadamente o extrato da planta para fazer bronzeamento artificial, por exemplo. Só que o efeito da planta é tão potente, que costuma escurecer até a parte branca do olho. É nesse contexto que queremos indicar o uso racional para a população", reforça o professor.

Outro tipo de planta que merece atenção é a tóxica. A trombeteira é uma delas. Ela produz efeitos alucinógenos e deve ser evitada por pessoas em depressão, por exemplo. "O nosso cuidado é que existem muitas plantas que são utilizadas, porém ainda não temos conhecimento se vai fazer bem ou mal a longo prazo. Nesse ponto é que temos que orientar a população", salienta.

Por outro lado, o professor observa que alguns fitoterápicos têm funcionado bem para quadros específicos de doenças que exigem o uso de antibióticos e anti-inflamatórios. "O arsenal que temos é muito grande e potente, mas tem trazido efeitos maléficos, principalmente com relação a resistência bacteriana, já que elas desenvolvem mecanismos eficazes para resistir contra potência dos medicamentos. No caso do fitoterápico, isso é um pouco reduzido, porque a complexidade dos compostos é muito grande, e a bactéria não consegue resistir com tanta facilidade."

Programa existe desde 2001

Com objetivo de orientar o uso de fitoterápicos uma equipe de professores e estudantes do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UEL promoverá oficinas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Londrina. "Queremos desmistificar várias coisas, como a forma adequada de plantar e fazer o chá, a hora certa do dia para colher", explica o professor de Farmácia da UEL, Renê Oliveira do Couto, que coordena o projeto, uma ação extensionista.

Ao menos uma vez na semana a equipe realizará palestras de orientação aos usuários. "Nossa proposta é que a população entenda que não é porque é natural que não pode ser prejudicial. Queremos dar o fundamento para uso racional de medicamentos e plantas", afirma. As oficinas contarão também com estudantes do curso de Agronomia, que repassarão técnicas de cultivo. O cronograma deverá ser divulgado até o final do mês.

A iniciativa vem somar com o trabalho do médico Rui Cépil Diniz, que implantou o Programa Municipal de Fitoterapia em 2001. Segundo a gestora Sônia Hutul Silva, atualmente o programa abrange todas as unidades básicas. "Ele, independente de qualquer outra instituição, é específico da Secretaria de Saúde. A maior parte do recurso é do município", informa. O restante é bancado pelo SUS.

Segundo a gestora, que também contribuiu para implantação do projeto, existem na lista de medicamentos fornecidos 32 fitoterápicos regularizados, além de seis tipos de plantas medicinais, que são distribuídas gratuitamente, seguindo a prescrição do médico. "É muito importante para ampliar a terapêutica. Têm medicações para várias situações, é bem completa", destaca.

Rafael Souza - Reportagem Local


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