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06/10/2015  

JORNAL NOTÍCIA 1.335 (7-10-2015 - Quarta-feira)

Agência UEL

        

O "jeitinho" brasileiro no trânsito

Gestantes têm receio de ir ao dentista

Projeto AMIGA completa 15 anos

Grupo cria software para auxiliar gestão de educação e transparência

CDPH recebe documentos da ditadura militar

UEL comemora 44 anos

Acontece

Idosos conectados

EDUEL

EXPEDIENTE

O "jeitinho" brasileiro no trânsito

MÁRCIA SIQUEIRA DE CARVALHO*

O significado de violência é muito amplo e disso não podemos duvidar. Mas se prestarmos atenção no nosso cotidiano, somos bombardeados por notícias que desfazem a errônea interpretação de que somos cordiais. Sérgio Buarque de Hollanda quis dizer que somos movidos por paixões, mas interpretaram que somos bonzinhos. Bonzinhos uma ova!

O jeitinho brasileiro é um dos artifícios da nossa cultura que mais pode propiciar ou incentivar uma violência por reconhecer que não somos iguais. Alguns são "mais" e boa parte do restante também quer fazer parte dos privilégios. Os argumentos são vários, alguns quase nos convencem de que os privilégios fazem parte de uma dívida histórica, ou que maiorias sejam consideradas minorias (ou vice-versa).

Ligue o rádio ou a televisão e veremos (escutaremos) como somos atingidos pela violência e corremos o risco de nos acostumar e achar que é assim mesmo. Saia de casa e enfrente o trânsito que não dá a oportunidade de você se sentir cidadão. Ande por calçadas ruins, tente atravessar na faixa de pedestres sem sentir um frio na barriga ao duvidar que o seu braço levantado não fará a sua prioridade ser respeitada pelo motociclista ou motorista.

Os limites de velocidade nas placas estão ali considerando o tamanho da pista, da rua e até mesmo do bairro. Mas quantas vezes vemos os distraídos no volante com um telefone celular ao ouvido. Ou andam mais devagar ou nem notam que o semáforo abriu, e provavelmente não observarão o pedestre.

Beber uma cerveja e dirigir é considerado normal por muitos. Sempre afirmam que até dirigem melhor. Que irresponsabilidade! Quantas vezes você deixou de dirigir porque está tomando um remédio que afeta os sentidos e a atenção? Ou outras cositas mas?

Parece que essas situações não estão associadas à violência. A não ser que um bêbado sem carteira de habilitação invada a calçada, atropele e mate crianças. Mas o fato de classificarmos como acidentes de trânsito ou distrações normais transformam os espaços públicos das ruas, avenidas e calçadas em lugares bastante perigosos. E isso atinge direitos fundamentais como o da vida e o de ir e vir.

Roberto da Matta, antropólogo brasileiro que deveria ser lido antes de se conseguir uma carteira de habilitação, analisou de forma completa como transportamos o jeitinho brasileiro para o trânsito. Todos se eximem de responsabilidades, acusam os demais pelo desrespeito às leis, e tiram de um grande baú todo tipo de justificativas para "contextualizar" as barbeiragens.

Há mais de seis anos venho pesquisando os atendimentos feitos pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (SIATE) na área urbana de Londrina, e também de outros municípios contíguos, e a cada ano aumentam os acidentados. Assim como as tentativas de diminuir esses números, seja sob a forma de campanhas, seja pela fiscalização.

Em recente audiência pública na Câmara de Vereadores de Londrina tive acesso aos dados que dão precisão às consequências dos traumas aos acidentados após o atendimento de emergência. São jovens do sexo masculino os mais atingidos. Lotam as emergências e os atendimentos de reabilitação, se sobrevivem.

Outro dia li um argumento de que ninguém quer receber uma pizza fria em casa e por isso os motoboys precisariam desrespeitar os semáforos, ultrapassar pelo lado direito, "costurar" e andar acima da velocidade permitida. Com certeza você não é tão perverso (a) para concordar com isso. Ninguém precisa de atendimento hospitalar se comer uma pizza fria.

E a nova moda das bicicletas que voltou com tudo? Esse é o meu receio. Se eu observei uma diminuição de acidentados que usavam bicicletas porque elas tinham, em parte, sido substituídas por motos pelas facilidades da compra a crédito, agora eu me preocupo com a incorporação das bicicletas nesse espaço público que parece indomável.

Recentemente aumentaram o número de atropelamentos e os perfis não mudaram. São os idosos e crianças os mais atingidos.

Por que o nosso sistema de valores repudia quem tem um revólver, atira e mata pessoas e não atribui o mesmo peso aos que dirigem imprudentemente e causam acidentes com mortes? Vamos começar a considerar que não são acidentes, mas comportamentos violentos que colocam a vida das pessoas em risco, a do motorista, do motociclista, do bicicletista, do pedestre.

Você tem o mesmo olhar de desagrado que destina ao fumante em ambientes fechados (ou ao ver uma criança levando uma palmada) para os que estão bebendo no barzinho e vão embora balançando as chaves do automóvel?

Você ainda pensa que tudo é apenas uma questão de educação e que medidas de fiscalização não são necessárias? Ou faz parte de grupos que avisam os motoristas dos locais onde estão acontecendo blitzen? Ou acha que tem motivos para não se comportar de acordo com as leis de trânsito e acusa a existência da "indústria da multa" quando há controladores de velocidade? Se sim, você faz parte do clube dos amortecidos pela violência e pode ser o próximo algoz ou a próxima vítima.

*Docente do Departamento de Geociências - Centro de Ciências Exatas.
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Gestantes têm receio de ir ao dentista


Lucimar Codato: "A gestante pode ser submetida a qualquer tratamento odontológico"

BEATRIZ BOTELHO

Mulheres grávidas podem ir ao dentista? O tratamento odontológico da gestante afeta o bebê? Esses são questionamentos muito comuns entre as mulheres que se encontram nesta fase da vida e muitas decidem por não procurar o cirurgião-dentista por medo de prejudicar o bebê.

Para identificar se as gestantes de Londrina buscaram tratamento odontológico durante a gravidez, e quais as crenças e valores que elas possuíam durante a fase gestacional, foi realizada a pesquisa "Conhecimentos e práticas de gestantes sobre saúde bucal", coordenada pela professora Lucimar Aparecida Britto Codato, do Departamento de Medicina Oral e Odontologia Infantil (CCS), com participação das professoras Maria Celeste Morita, Maura Sassahara Higasi, Maria Luiza Kasai e Elisa Tanaka. O estudo resultou do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da estudante do curso de Odontologia, Jéssica de Oliveira Proença, que apresentou os dados coletados.

Na pesquisa, foram realizadas entrevistas com 232 puérperas, mulheres que realizaram o parto recentemente, com idade entre 20 e 25 anos, atendidas na Maternidade Municipal Lucilla Ballalai entre fevereiro e março de 2014. "Grande parte das entrevistadas eram mulheres de baixa renda, algumas ainda adolescentes, desprovidas de informações e da importância da saúde bucal", explica Jéssica Proença.

Segundo a coordenadora do projeto e orientadora do TCC, os dados mostraram que 56% das mulheres entrevistadas associaram a gravidez como causa de problemas bucais, acarretando, por exemplo, retirada do cálcio dos dentes da mãe para o bebê. Algumas ainda notaram algum tipo de problema bucal, como sangramento na gengiva, dor de dente, sangramento e inchaço gengival, acreditando ser a gravidez a causadora dos problemas.

Além disso, somente 3,9% das entrevistadas acreditavam que podiam ser submetidas a qualquer tipo de tratamento dentário durante a gestação. "A maioria das entrevistadas tem mitos e medos em relação à atenção odontológica na gravidez. É importante destacar que a gestante pode ser submetida a qualquer tratamento odontológico, sendo que as urgências odontológicas que ocorrem no pré-natal devem ser resolvidas de imediato", afirma a coordenadora do projeto. Por outro lado, o bom senso profissional, aliado às tomadas de decisões compartilhadas com a gestantes, podem levar a escolhas para postergar ou não para o pós-parto determinadas demandas curativas odontológicas, ou seja, de situações eletivas.

Como destacado na pesquisa, a gravidez não é responsável por causar problemas bucais, embora possa tornar mais evidentes problemas previamente existentes na cavidade bucal, seja por negligência da higiene bucal aliada às alterações hormonais significativas, que podem agravar o quadro de inflamação gengival, além de favorecer o aparecimento de cáries.

O estudo também mostrou que o acesso e procura por tratamento odontológico melhoraram. Apesar dos mitos e medos, 67,2% relataram ter recebido algum tipo de orientação sobre sua própria saúde bucal ou do bebê, 42,7% delas pela equipe de saúde das Unidades Básicas de Saúde (UBS). "A gestante é aberta para novas informações. A maioria tem buscado acesso à atenção odontológica nas UBS. Pensando num macrocontexto, acredito que o desafio diz respeito ao fortalecimento do trabalho e da articulação interprofissional dos profissionais que atuam na Atenção Básica no cuidado da gestante", afirma a professora Lucimar Codato.

O projeto está em fase de disseminação dos resultados da pesquisa, com apresentação em diversos congressos e eventos da área de saúde. Segundo a professora, o fechamento do projeto será apresentar para o município de Londrina o resultado da pesquisa e se colocar como parceiro para realizar trabalho de educação em saúde bucal.

Participação dos estudantes

Como destaca a coordenadora do projeto, a pesquisa foi ampla e contou com o envolvimento de diversos estudantes do curso de Odontologia que colaboraram na coleta e digitação de dados, além da estudante Jéssica de Oliveira Proença, que realizou o TCC. A professora afirma que é possível que os alunos da graduação desenvolvam mais pesquisas , como esta realizada pelo projeto. "Esta pesquisa tem o mérito de ter sido desenvolvida por uma estudante como TCC", afirma. 

De acordo com Jéssica Proença, para fazer a pesquisa, ela tive que ler muito sobre o assunto. "Isso fez com que eu adquirisse muitas informações e hoje, já trabalhando, eu posso disseminá-las para minhas pacientes gestantes", afirma.

Segundo a professora, a realização desta pesquisa foi um método bem ativo de ensino-aprendizagem para os professores envolvidos e para os estudantes, não só durante a elaboração do Projeto de Pesquisa, mas também durante o processo de análise e discussão dos resultados. Somado ao fato que despertou nos alunos envolvidos o desenvolvimento da comunicação, da crítica e da reflexão.
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Projeto AMIGA completa 15 anos


Prof. Augusto Sampaio: o projeto proporciona atendimento de alta qualidade a custo zero

PEDRO LIVRORATTI

Com 15 anos de atividades ininterruptas, o projeto Atendimento Médico Itinerante a Grandes Animais (AMIGA), do Departamento de Clínicas Veterinárias do Centro de Ciências Agrárias (CCA), representa um apoio aos pequenos produtores da região, a partir da prestação de serviços, proporcionando também um fértil campo de atuação e prática clínica para estudantes do curso de Medicina Veterinária. Neste tempo os extensionistas fizeram aproximadamente 700 visitas a 150 propriedades rurais, totalizando mais de 15 mil procedimentos em diferentes especialidades clínicas. Mais de 300 alunos de graduação e 50 de pós-graduação passaram pelo projeto. Parte destes resultados foi divulgada em mais de 40 publicações em congressos nacionais e internacionais.

A equipe atual é formada por 18 estudantes de graduação e de pós-graduação, supervisionados por professores do curso. Entre os procedimentos realizados estão diagnóstico de gestação de animais, castração, auxílio em trabalho de parto, assistência ao sistema de ordenha e demais orientações sobre manejo animal. O foco do projeto são produtores de leite, colaborando para a fixação dos proprietários rurais no campo, melhorando produtividade, como é o caso do produtor Benedito Pires Junior, que trabalha juntamente com os dois filhos, em 3,5 alqueires, em Ibiporã.

A propriedade conta com 70 cabeças de gado leiteiro e ovelhas. O produtor pretende em breve aumentar a produção para integrar o projeto Leite das Crianças, desenvolvido pelo Governo do Paraná, com a distribuição gratuita de leite a crianças de 6 a 36 meses, pertencentes a famílias carentes.

Hoje, a propriedade responde com 180 litros de leite/dia, utilizada para a produção de queijo, comercializada no centro de Ibiporã. Seo Benedito se beneficia do projeto AMIGA há cinco anos. O atendimento dos alunos, monitorado pelos professores, representa a única assistência técnica veterinária.

No último dia 17 de setembro, a equipe trabalhou durante toda a tarde realizando diagnóstico de gestação em um lote de 40 ovelhas. Neste dia também foi feita uma descorna, cirurgia considerada de pequeno porte em uma bezerra. Segundo o produtor, as visitas ocorrem mensalmente.

O coordenador do projeto, professor Augusto José Savioli de Almeida Sampaio, explica que o projeto proporciona atendimento veterinário de alta qualidade a custo zero para o pequeno produtor. Para se ter uma dimensão, o lote de ovelhas do seo Benedito foi analisado com equipamento de ultrassom. Ele é indicado para detectar a prenhez de pequenos ruminantes a partir do terceiro mês de gestação. O exame é uma ferramenta importante já que fêmeas não prenhas podem ser rapidamente submetidas a novas práticas reprodutivas. Já os animais que apresentarem diagnóstico positivo podem ser submetidos ao manejo adequado.

"A extensão é quase uma obrigação para nós que trabalhamos em uma Universidade pública, como um retorno à sociedade", afirma o professor. Segundo ele, para o estudante o projeto representa uma oportunidade de aperfeiçoar o manejo e a prática clínica, além do contato pessoal com pequenos produtores.

Acadêmicos buscam aprimoramento e prática de campo

Estudante do 4º ano de Medicina Veterinária da UEL, Raíssa Guidi, 22 anos, atua no projeto AMIGA há um ano, como oportunidade para aprender e praticar clínica de grandes animais. Segundo ela, após a conclusão da graduação, os planos são atuar em clínica ou reprodução de grandes animais, daí a necessidade de participar de um projeto de extensão como o AMIGA. Segundo ela, neste período de atividades foi possível acompanhar e inclusive realizar procedimentos que são rotina no trabalho de campo, como descorna e castração.

Outra estudante que elogia o projeto é Débora Pinhatari, de 21 anos, também do 4º ano de Veterinária. Segundo a estudante, uma característica fundamental é a liberdade para atuar, diferente do ambiente de um Hospital Veterinário. "Aqui podemos colaborar com nossas ideias, sem contar que é uma satisfação poder ajudar pequenos produtores", define a estudante. 

Nestes 15 anos de atividades, além das publicações em congressos, estudantes produziram pelos menos cinco Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC). Nesse período o projeto acolheu aproximadamente 30 bolsistas das mais variadas origens como o Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEX), e bolsa de Inclusão Social da Fundação Araucária.
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Grupo cria software para auxiliar gestão de educação e transparência


Parte da equipe que integra o projeto. Da esq para dir: professor Daniel Kaster, professor Benilson Borinelli, as estudantes Renata Storti Pereira e Laís de Oliveira Souza; professora Vera Suguihiro, professor Saulo Fabiano Amâncio e a estudante Marissa Yanara Godoy Lima

PEDRO LIVORATTI

Projeto de pesquisa desenvolvido por professores e estudantes da UEL resultou em uma ferramenta eficiente para que a sociedade possa ter uma dimensão exata do custo e dos investimentos no Ensino Fundamental, mantido pelas prefeituras municipais. O projeto resultou em um software inédito, o Sistema Integrado de Custo Municipal (SICM), registrado junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), no ano passado. O software pode ser utilizado em qualquer cidade brasileira e representa um instrumento de gestão da educação dos municípios, proporcionando leitura e análise de informações e garantindo a transparência para acompanhamento dos cidadãos.

A pesquisa teve início há três anos, com o objetivo de comparar os custos e o desempenho das escolas municipais do Paraná, contribuindo para um maior controle social. Para desenvolver o software, os pesquisadores contataram todas as Secretarias Municipais ou Controladorias dos 399 municípios paranaenses, sendo que seis cidades (Curitiba, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa e São José dos Pinhais) receberam a visita de equipes, que expuseram a importância do levantamento.

Os dados apurados denotam a realidade do país, marcada por diferenças gritantes considerando custos por aluno, investimentos e um comparativo disponível nos estabelecimentos escolares. Analisando os dados coletados é possível afirmar que as escolas não recebem os recursos na mesma proporção, ou seja, possuem custos elevados.

Porém, o coordenador do projeto, professor Saulo Fabiano Amâncio Vieira, informa que o maior custo não reflete exatamente em melhores avaliações sobre a qualidade de ensino. Segundo ele, o software é interessante para fazer uma análise e comparar informações sobre a qualidade dos gastos públicos, considerando eficiência e resultados, já que é possível cruzar números.

Ele chama a atenção que a ferramenta não pode ser vista apenas sob a ótica de custos e investimentos, necessitando avaliar a realidade de cada município, necessidades e as demandas sociais. O professor exemplifica com o fato de que uma determinada escola, localizada em um bairro carente, pode registrar um custo mais elevado no item merenda escolar. Para o professor, estes casos precisam ser considerados sob a ótica da eficiência e gestão pública, que encontra respaldo no atendimento social e na necessidade de atender as necessidades mais urgentes dos cidadãos.

Por outro lado, ele afirma que o SICM pode ser um facilitador para as prefeituras, uma vez que ocorreram sucessivas reformas administrativas buscando implementar os princípios de eficiência, transparência e controle social. Empregando o software, os gestores têm condições de responder uma parte destas demandas através da utilização da contabilidade de custos.

O software prevê que cada escola seja considerada uma unidade de gestão. O trabalho aponta também uma metodologia de apuração de custos. Segundo os pesquisadores, gestores precisam considerar o custo social (gêneros alimentícios + mão de obra, cozinha); custo administrativo (remuneração de outros funcionários) e o custo pedagógico (remuneração de professores). O custo por aluno tende a ser desigual (escolas podem atender a finalidades distintas), porém essa diferença precisa ser justificada junto à comunidade.

Outra informação revelada pela pesquisa é a necessidade de atenção para o custo administrativo. Como os professores têm quadro próprio de cargos e remuneração, deve-se evitar a alocação de professores em funções técnicas. Ainda sobre a utilização das informações levantadas, os pesquisadores recomendam equilíbrio entre professores mais experientes e os novatos e a criação de incentivos para o quadro do magistério.

TRANSPARÊNCIA - Para o professor Benilson Borinelli, um dos colaboradores do projeto, seria interessante que o Tribunal de Contas incorporasse a demonstração dos custos escolares como requisito obrigatório nos relatórios anuais de prestação de contas dos municípios. "Isso potencializaria a transparência e o controle social, aumentando as possibilidades de conselhos de educação, câmaras municipais, observatórios e o cidadão comum utilizarem esses dados para acompanharem os gastos públicos em educação e os seus resultados", afirma ele. Além disso, a ferramenta poderia facilitar o uso dos dados pelos gestores na compreensão do setor e para definir estratégias e programas mais efetivos.

O professor informa ainda que o SICM de alguma forma representa uma quebra de parâmetros porque coloca dados e informações sobre investimentos e gestão pública a toda a sociedade.

PRÊMIOS - Faltando apenas três meses para o encerramento, o projeto de pesquisa conseguiu resultados importantes conquistando quatro prêmios nacionais em congressos e inúmeras publicações acadêmicas, desde capítulos de livros até periódicos. A pesquisa serviu como material de base para 12 artigos científicos, cinco dissertações de mestrado e 10 relatórios técnicos.
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CDPH recebe documentos da ditadura militar


Márcio Santana, diretor do CDPH: "Os documentos dizem respeito aos estados do Paraná e de Santa Catarina"

MIRIAN PERES DA CRUZ

O Centro de Documentação e Pesquisa Histórica (CDPH), do Centro de Ciências Humanas (CCH), recebeu 7.556 páginas digitalizadas repassadas pelo Arquivo Nacional. O acervo contém registros de caráter oficial produzido por agentes do Serviço Nacional de Inteligência (SNI), órgão de vigilância do regime militar. Os documentos, que já estão disponíveis para consulta pública gratuita, são da década de 70 até 1985, dos estados do Paraná e Santa Catarina.

São relatórios minuciosos sobre reuniões estudantis, de professores, de políticos, até encontros religiosos, e principalmente aquelas de cunho político ocorrido em Londrina e região. Identificados como confidenciais, os documentos chamam atenção pelo protocolo de redação detalhado. São descritos os espaços físicos das reuniões, o perfil psicológico das pessoas envolvidas, e também a forma de interação entre elas. De acordo com o diretor do CDPH, professor Márcio Santos de Santana, a UEL é o único centro de pesquisa que detém o acervo doado diretamente pelo Arquivo Nacional.

Márcio Santos conta que o repasse foi realizado por intermédio do pesquisador Grimaldo Carneiro, integrante do grupo Tortura Nunca Mais, além do projeto Memórias da Ditadura, e da professora do Departamento de História (CCH), Miliandre Garcia. "A documentação diz respeito a todo o estado do Paraná e de Santa Catarina. Felizmente, Londrina recebeu os arquivos até mesmo antes de Curitiba", afirma o professor. "Toda aglomeração de pessoas que possibilitasse qualquer tipo de agitação política despertava a atenção dos agentes do SNI", lembra o diretor do CDPH.

Para ele, os documentos também indicam uma espécie de ?geopolítica? das formas de atuação da repressão no Estado, envolvendo as cidades de Londrina, Maringá e Curitiba. Um exemplo é o documento de 30 de dezembro de 1980, cujo assunto é o jornal "Fala Paraná", de Londrina, situado na época na rua Cambará, nº 750. O relatório traz detalhes sobre as atividades do veículo impresso, e cita toda a equipe que fazia parte do jornal.

São nomes como José Antônio Tadeu Felismino, Apolo Mário de Souza Theodoro, Luiz Eduardo Cheida, João Arruda e Nilson Monteiro Menezes. Além dos deputados federais pelo PMDB, Álvaro Fernandes Dias e Oswaldo Evangelista de Macedo. Conforme ainda menciona o documento, "todos os elementos citados" têm registros negativos no SNI. Outro trecho do arquivo aponta: "Em sua maioria foram ou são ativos participantes do Movimento Estudantil em Londrina e tomam parte em entidades contestatórias locais. São elementos contestadores e críticos do regime".

Outro arquivo, de 30 de janeiro de 1979, diz respeito à rotina de troca de correspondências do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e os Diretórios Setoriais da Fundação Universidade Estadual de Londrina (FUEL). Segundo trecho do relatório, as entidades "mantinham intenso intercâmbio de correspondência e panfletos com diversas entidades em todo território nacional". O arquivo cita ainda o "trabalho de doutrinação" realizado na FUEL a partir do "condicionamento social de pensamento" dos estudantes.

Serviço: Em breve, o Arquivo Nacional vai doar à UEL mais documentos da Ditadura Militar. Os interessados podem consultar todo o acervo no CDPH, localizado no CCH, Campus Universitário. Informações pelo e-mail: cdph@uel.br .
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UEL comemora 44 anos

A Universidade Estadual de Londrina completa 44 anos neste dia 7 de outubro. Para marcar a data, foi realizado ontem (6) um concerto com a Orquestra Sinfônica e coros da Universidade, na Catedral Metropolitana de Londrina. Sob a regência de Alessandro Sangiorgi, foram apresentadas árias da ópera La Traviata, de Giuseppe Verdi.

Hoje, acontece o tradicional plantio de peroba, no Bosque Perobal. A 44a peroba será plantada pelo professor Gilberto Borba Navolar e pelo servidor técnico-administrativo Paulo Sérgio Basoli, os dois homenageados do ano, por estarem na UEL há 44 anos. Navolar ingressou na instituição em 30 de setembro de 1971, como auxiliar de ensino, ainda na antiga Faculdade de Odontologia. Em 1982, passou a ser professor auxiliar e, em 1984, professor assistente. Está lotado no Departamento de Odontologia Restauradora do Centro de Ciências da Saúde.

O segundo homenageado entrou na UEL, como office boy, em 1o de agosto de 1971, no Hospital Universitário. Depois disso, foi mecanógrafo, escriturário, assistente administrativo e técnico administrativo, cargo que ocupa desde setembro de 1992. Foi chefe da Divisão de Cadastro e Acompanhamento e da Divisão de Projetos, e Diretor de Planejamento e Apoio Técnico, todos da Pró-reitoria de Extensão, setor em que está lotado desde março de 2009.
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Acontece

Vestibular 2016 recebe inscrições até dia 8
As inscrições para o Vestibular 2016 serão encerradas nesta quinta-feira (8). As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela Internet, no endereço www.cops.uel.br. Lá o estudante encontra uma aba para imprimir o boleto bancário para pagamento do preço público de R$ 125,00. A 1ª fase será realizada em 6 de dezembro e a 2ª fase nos dias 31 de janeiro, 1ª e 2 de fevereiro de 2016. Já as provas de Habilidades Específicas do curso de Música serão realizadas no dia 1º de novembro. O resultado da 1ª fase será divulgado em 17 de dezembro, às 17 horas. O resultado final do Vestibular será divulgado em 14 de março, a partir das 12 horas. A UEL oferece 2.550 vagas, em 54 cursos de graduação, considerando turnos e habilitações, sendo que outras 540 vagas serão ofertadas por meio do Sistema de Seleção Unificada (SISU), do MEC. Ao todo são 29 cursos de graduação que oferecem esta nova modalidade de acesso.

Tecnologias farmacêuticas na perícia forense
Estão abertas as inscrições para o ?III Curso de Atualização em Tecnologias Farmacêuticas Aplicadas (ATEFA) - Perícia Forense e Cosmetologia?, oferecido pelo Departamento de Ciências Farmacêuticas (CCS). O curso terá 8 horas de duração e será realizado dia 29 de outubro, a partir das 9 horas, no Anfiteatro do Hospital Universitário (HU). A inscrição custa R$ 25,00 até 17 de outubro, e R$ 30,00 até o dia do evento. Interessados deverão fazer as inscrições no endereço www.uel.br/eventos. Mais detalhes sobre a programação pelo telefone (43) 9177-4770 (Giuliane) ou no endereço eletrônico http://www.uel.br/eventos/atefa/. Poderão participar do III ATEFA, docentes, profissionais e alunos das áreas de Farmácia, Biomedicina, Química, Biologia e outras afins.

VI Seminário de Mestrados em Direito
Estão abertas as inscrições para o "VI Seminário Interinstitucional de Mestrados em Direito da UEL: Estado liberal e intervenção nas atividades empresariais e pessoais". O seminário será realizado dia 16 de outubro, no Centro de Estudos Sociais Aplicados (CESA), das 8 às 12 horas e das 14 às 17h30. O objetivo é a integração dos Mestrados em Direito da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e da UNIMAR, do estado de São Paulo. A iniciativa é uma promoção do Mestrado em Direito Negocial da UEL e Direito da Universidade de Marília (UNIMAR), com coordenação da professora Rita de Cassia Resquetti Tarifa Espolador, e carga horária de 10 horas. As inscrições devem ser efetuadas até o dia 15 de outubro, no endereço www.uel.br/eventos/insc/?id=2226. O valor da inscrição é de R$ 20.Informações pelo telefone (43) 3371-4693 e no e-mail seminario.interinstitucional@gmail.com.

Exposição Carpeaux
O Centro de Documentação e Pesquisa História (CDPH), localizado no CCH, no Campus Universitário, recebe até 16 de outubro a exposição "Carpeaux: Imagens Críticas". O trabalho é resultado da tese de doutorado do professor Eduardo Gomes Silva, do Departamento de História, sobre o crítico literário e jornalista austríaco-brasileiro Otto Maria Carpeaux, falecido em 1978. A visitação é gratuita. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira das 8 às 12 horas, e das 13h30 às 18 horas, de terça a sexta-feira, o horário se estende das 19 às 22 horas. Informações pelo telefone (43) 3371-4568 ou pelo endereço www.uel.br/cch/cdph/portal/. 

Vídeo aula
O Laboratório de Tecnologia Educacional (Labted) oferece entre os dias 21 e 23 de outubro, o curso "Elaborar e Apresentar a Vídeo Aula". O curso de atualização tem como público alvo estudantes, professores, funcionários e membros da comunidade externa. Durante o curso serão repassadas as informações necessárias para a elaboração e apresentação de vídeo aula de forma didática. As vagas são limitadas e o valor da inscrição é de R$ 30,00, (comunidade externa) e R$ 21,00 (comunidade interna). As inscrições deverão ser efetuadas de 9 a 19 de outubro, no endereço www.uel.br/eventos. As aulas serão ministradas das 8 às 12 horas, na sala de projeção do Labted, sala 143, do Centro de Letras e Ciências Humanas (CCH). O curso é presencial e tem duração de 12 horas. Mais informações no site do Labted http://www.uel.br/labted, ou pelo telefone (43) 3371-4518.
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Idosos conectados


Alunos do curso de Ciências da Computação, bolsistas do projeto de extensão, são os instrutores dos idosos

MIRIAN PERES DA CRUZ

Antes tarde, do que nunca. Sem dúvida, essa frase traduz a satisfação dos participantes, com mais de 60 anos, do projeto de extensão "Inclusão Digital para a Região Metropolitana de Londrina", do Centro de Ciências Exatas (CCE), cujo objetivo é promover a inclusão digital em bairros da cidade. É o caso do grupo de idosos que frequenta gratuitamente aulas de informática no Centro de Convivência da Pessoa Idosa, entidade mantida pela Prefeitura Municipal de Londrina, localizada na zona oeste.

As aulas são ofertadas duas vezes por semana, com turmas às segundas-feiras (matutino) e quartas-feiras (vespertino), com 12 vagas cada uma. Ao todo são 12 horas de curso. Alunos do curso de Ciências da Computação, do CCE, bolsistas do projeto de extensão, ensinam noções básicas de informática - domínio do teclado, editor de textos e imagens, acesso a vídeos, transferência de arquivos e navegação na internet. O projeto é financiado pelo Ministério da Educação (MEC) por meio do Programa de Extensão Universitária (PROEXT).

Em meio à enxurrada de novas tecnologias, lançadas em ritmo acelerado pelo mercado, o universo da informática é desvendado aos poucos pelos idosos. Para muitos, é o primeiro contato com o computador. Exemplo disso é Nakoto Matissuta, 76 anos. Ele conta que nunca mexeu no PC em casa, ressaltando que só a esposa tem um pouco mais de familiaridade com a máquina. "Não vai ser fácil entender tudo. Até chegar lá ainda vai longe, mas nada é perdido", diz sobre o curso.

Entusiasmada com a chance de conhecer mais sobre informática, a aluna Maria José da Costa, 72 anos, moradora do Jardim Santa Rita, já faz planos para adquirir um computador. Além disso, segundo ela, o curso é um motivo a mais para sair de casa. ?Hoje, só consigo jogar Paciência para distrair, mas quero aprender a ouvir música, escrever, mandar mensagens para as pessoas e ver receitas?, conta Maria, sem tirar os olhos da tela do computador. 

"Nunca na vida tive oportunidade de estudar computação. Só ainda não comprei computador, porque não sobra dinheiro", declara Rubens Firmino Vieira, 72 anos, aluno assíduo que demonstra interesse durante as aulas. Empolgado com a chance de aprender cada vez mais, segundo ele, além de excelente, o curso é fácil, "basta uma dose de boa vontade, interesse e um pouco de atenção".

Com atuação também no CEFAS, em Londrina, sempre às quintas-feiras (noturno), o projeto já foi ofertado nas cidades de Jataizinho e Cambé, no bairro Campos Verdes, inclusive com aulas para pessoas de todas as idades. No entanto, isso é só o começo. É o que assegura Fábio Sakuray, professor do Departamento de Computação, do CCE, e coordenador do projeto de extensão.

INTERESSE - "Eles querem se comunicar com filhos e netos, e não sabem usar o computador", constata o professor Fábio. Mesmo em meio a dificuldades, como a falta de coordenação motora ao manusear o mouse, segundo o professor, os idosos se destacam pela dedicação, além do interesse, motivação e compromisso durante as aulas.

Conforme acrescenta o professor Fábio, a ideia é garantir a inclusão digital para a população de Londrina e região. Para ele, o acesso às tecnologias ainda é restrito. Com isso, o investimento na ampliação do serviço é vital. "Contamos com as associações de bairro, entidades sem fins lucrativos, escolas municipais para levar o projeto a jovens, adultos e idosos. Vamos a qualquer lugar, desde que tenha equipamentos de informática para as aulas", completa o professor Fábio Sakuray.
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EDUEL

PRATELEIRA

Bruxinha Xenilda e o caldeirão gramatical
Cleide Vitor Mussini Batista.
Ilustrações: Claudia Brito.
Preço: R$ 30,00

Bruxinha Xenilda Rosa Espinhenta das Cruzes Tortas é uma bruxinha da sétima geração de bruxas da pequena e horripilante cidade de Passa Quatro de Trás dos Montes. Bruxinha Xenilda, ao contrário das bruxas de sua família, queria ser professora de gramática, e para tal escreveu um livro intitulado "Caldeirão Gramatical", para que as crianças pudessem aprender gramática de uma forma mais divertida.

Arthur cabelo verde
Marcos da Mata
Ilustrações: Marcos da Mata
Preço: R$ 20,00

Arthur era um garoto diferente por razões óbvias: seu cabelo era verde! Mas sua falta de popularidade na escola o fez se encantar e reforçar sua autoestima no mundo da leitura. No entanto, ele irá perceber que a solução não é se deixar isolar do mundo real.

Halley: o cometa dorminhoco
Daniel Trevisan Sanzovo; Juliana Romanzini; Vanessa Queiroz; Rute Helena Trevisan; Cleiton Lattari; Andressa Trevisan Bruno | Ilustrações: Caio Maziero; Bruna Scalco
Preço: R$ 25,00

Esse livro apresenta cientificamente, e de maneira lúdica, a atividade e composição (núcleo, caudas, coma, período, entre outros) de um cometa típico (Halley), numa linguagem acessível às crianças, jovens e adultos.

Mia, mia, mia...miau
Cleide Vitor Mussini Batista | Ilustrações: Cláudia Aparecida de Brito
Preço: R$ 25,00

Indicado para crianças abaixo de cinco anos, esse livro conta a história de uma gata que convive harmoniosamente com uma família humana. É adequado para ser utilizado como paradidático, a fim de trabalhar questões como afetividade, cuidado com animais e relacionamento. 

Estes e outros títulos podem ser adquiridos na Livraria EDUEL.
Mais informações, pelo telefone 3371-4691. Ou pelo e-mail - livraria-uel@uel.br

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Publicação semanal da Universidade Estadual de Londrina
Reitora: Profª Drª Berenice Quinzani Jordão
Vice-Reitor: Prof. Dr. Ludoviko Carnasciali dos Santos
Editado pela Coordenadoria de Comunicação Social - COM
Coordenadora da COM: Ligia Barroso
Editor: Celso Mattos
Fotógrafos: Gilberto Abelha; Daniel Procópio e Beatriz Botelho
Jornalista Diagramador: Moacir Ferri - (MTb-3277 PR)
Jornalista Diagramador e Editor eletrônico: Nadir Chaiben (MTb 3521-PR)
Endereço: UEL - Campus Universitário - Caixa Postal 6001 - CEP 86051-990 - Londrina - Paraná - Página na Internet: www.uel.br
COM: Fone (43) 3371-4361 - 3371-4115 - Fax 3328-4593 (redação)
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