Os Agentes Universitários do Campus e Hospital Universitário (HU) decidiram manter a greve deflagrada na semana passada. O movimento prossegue até a próxima quinta-feira, dia 7. As assembleias foram realizadas, respectivamente, pela manhã e tarde, desta terça-feira (5). Novas assembleias deverão ocorrer na quinta-feira, no Campus Universitário, e no Anfiteatro do HU, com o objetivo de decidir sobre a manutenção da greve. 

A manutenção da greve é uma forma de protesto contra a violência policial da qual professores, estudantes e funcionários das universidades estaduais - além de muitos outros servidores do Estado - foram vítimas na semana passada, dia 29 de abril, no Centro Cívico, em Curitiba, durante a votação, pela Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), do projeto de Lei 252, que mudou regras do financiamento das aposentadorias dos servidores estaduais.

Nos debates que antecederam a deliberação sobre a manutenção da greve, os técnico-administrativos levaram em consideração fatos, entre eles o fato de que nenhuma outra universidade estadual as categorias que paralisaram atividades haviam deliberado pela volta ao trabalho, mesmo com a derrota no objetivo de evitar a aprovação do projeto de lei 252 pelo governo do Estado. Na própria UEL, os professores mantiveram a paralisação e marcaram nova assembleia para esta quarta-feira (6), às 16 horas.

Ao fim da assembleia, os técnico-administrativos foram convidados para comparecer, amanhã, às 8h30, a reunião do Conselho Universitário da UEL convocada especialmente para a formalização de um desagravo em favor das vítimas das bombas de gás e balas de borracha disparadas por policiais militares contra servidores estaduais na última semana.