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Acesso à educação é desafio para cegos no Brasil
O Paraná possui a sexta maior população de pessoas que não conseguem "enxergar de modo algum", de acordo com o censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São 26.155 cegos no Estado. O País tem mais de 506 mil cegos em sua população.
Mesmo com avanços nas últimas décadas, especialistas relatam muitos problemas que precisam ser superados. Um ponto ainda distante para os cegos é o acesso fundamental à educação. De acordo com estudo científico da Universidade de Brasília (UnB), a maioria dos cegos do Brasil (74%) é analfabeta, incluindo os que não sabem ler em braille, ou outro método, e os que não possuem certificação escolar. Por outro lado, 13% concluíram o ensino médio e 11% os ensinos básicos e fundamental. Apenas 2% concluem a graduação ou algum tipo de pós-graduação.
Segundo o Núcleo de Acessibilidade (NAC) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), não há um cego sequer nos cursos de graduação da instituição. A Universidade Estadual de Maringá (UEM) tem três alunos com perda total da visão, enquanto a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) possui apenas um aluno cego na graduação.
Laboratório de Línguas
O Laboratório de Línguas, do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas (CLCH), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), está com inscrições abertas para vagas remanescentes em oito cursos de idiomas ofertados neste semestre: alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, japonês, mandarim/chinês e português para falantes de outras línguas. As inscrições podem ser feitas até 14 de abril, das 8 às 23h59, no endereço www.uel.br/cch/lablinguas. Mais informações pode ser obtidas pelo e-mail labling@uel.br ou na página do Facebook https://www.facebook.com/lab.linguas .
Curso de Espanhol
O Colégio de Aplicação da Universidade Estadual de Londrina (UEL) oferece vagas para o curso de Espanhol promovido pelo Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (Celem). Para iniciar o curso é necessário somente ter completado o ensino fundamental. Os interessados deverão comparecer à secretaria da escola até o dia 15 de abril, das 8h às 21h. O endereço é Rua Piauí, 720, centro. Informações: (43) 3371-6786.
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UEL volta a parar nesta terça-feira; nova greve não está descartada
Sindicatos afirmam que governo quebrou promessas
Menos de um mês depois da greve geral, a Universidade Estadual de Londrina (UEL) volta a paralisar atividades nesta terça-feira (14). Segundo o sindicato dos professores (Sindiprol/Aduel) e a associação dos servidores (Assuel), a nova movimentação tem o objetivo de certificar publicamente o descumprimento de promessas feitas pelo governo do Paraná durante a última greve.
Na avaliação dos professores e funcionários técnicos-administrativos, o clima de desconfiança serve como "combustível" para uma nova futura paralisação. Para eles, somente o pagamento dos salários atrasados não é uma garantia suficiente para acalmar os ânimos das categorias.
"O governo não desistiu de ficar com o Fundo de Previdência dos servidores. Apenas mudou a forma: no lugar de simplesmente pegar tudo de uma vez, quer fazer isso arrancando mensalmente quase R$ 140 milhões", diz Renato Lima Barbosa, presidente do Sindiprol.
A medida, afirma, reduziria pela metade o "tempo de vida" do fundo previdenciário, impactando diretamente nos valores e prazos das aposentadorias dos servidores estaduais. Os sindicatos da UEL também exigem o cumprimento de várias promessas ligadas à manutenção da universidade, como a normalização dos repasses de dinheiro para despesas como água, luz e telefone e a contratação de mais professores.
"A universidade está completamente precária. Tem aluno comprando equipamento de laboratório com o próprio dinheiro", aponta.
Durante todo o dia, os movimentos de paralisação convocam professores, servidores e alunos para uma agenda de discussões.
Veja os horários das atividades na UEL:
7h - Panfletagem na entra da UEL
8h30 - Caminhada por todos os centros de estudo e locais administrativos, para a convocação geral
9h30 - Assembleia de professores, funcionários e estudantes, na quadra do CEFE
13h - Panfletagem no Campus e Hospital Universitário
19h - Reunião aberta do Comando de Mobilização no CECA, para avaliação do movimento e decisões dos próximos passos
Governo diz que está cumprindo combinado
A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) afirmou ao JL, via assessoria de imprensa, que acompanha a paralisação na UEL "sempre aberta ao diálogo" com funcionários e professores.
Segundo a secretaria, as negociações sobre a Paraná Previdência estão em curso com participação dos envolvidos. Sobre a contratação de professores, a Seti afirma que até julho as sete universidades estaduais do Paraná devem receber a adição de 400 vagas de docentes e servidores, para repor postos vagos por aposentadorias, mortes e demissões. Em breve, a Seti espera a edição de um decreto liberando as contratações, já que todas estão suspensas desde o começo do ano.
O governo também se comprometeu em injetar R$ 50 milhões, durante 2015, para fazer frente a despesas trabalhistas dos servidores da UEL, inclusive com gastos de férias. Quanto ao custeio de despesas de água, luz e telefone e as dívidas acumuladas com esses serviços na UEL, a assessoria da Seti afirma que a expectativa é saldar cerca de 80% das despesas gerais do Paraná até maio.
Marcelo Frazão