O apoio ofertado pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), executor da Rede de Extensão Tecnológica do Paraná, ajudou mais de 600 empresas paranaenses a exportar e criar tecnologias inovadoras. Situações como essas passaram a ser uma realidade para pequenos e médios empresários, nos últimos cinco anos. O programa Rede de Extensão Tecnológica do Paraná terminou a sua primeira fase em 2015 cumprindo as metas propostas pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

A Rede de Extensão Tecnológica do Paraná compõe o Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), do MCTI, e desenvolve atividades para melhorar o processo produtivo das empresas, utilizando recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com contrapartida do Governo do Paraná.

Há exemplos de diversas empresas que melhoraram seus processos para se preparar para exportar, como a Rodriaço, fabricante de equipamentos de cozinhas industriais com sede em Curitiba. De acordo com o gerente industrial da empresa, Paulo Castro, o apoio do Tecpar foi importante para a implantação do Programa de Boas Práticas de Fabricação e o Planejamento e Controle da Produção e Custos.

"Com esses programas, adequamos a indústria para atender a todos os requisitos das normas necessárias para a obtenção do selo do Inmetro, uma das metas previstas para este ano. Nosso plano agora é buscar a exportação", salienta Castro.

Inovação

Outra empresa que recebeu o apoio tecnológico do Tecpar é a startup Eco Innovare, que desenvolveu um equipamento capaz de transformar resíduos de metal em energia. A tecnologia foi desenvolvida e patenteada por João Kovalchuk. Seu sócio, Rodrigo de Alvarenga, explica que o suporte dos extensionistas do Tecpar foi fundamental para "dar ao equipamento eficiência de um alemão e que tivesse o design italiano".

A tecnologia da Eco Innovare permite a recuperação de resíduos industriais de processos de usinagem de metal. A partir de cavacos é possível obter energia térmica. "Com o Tecpar fizemos o desenvolvimento do design da máquina e também o estudo técnico mecânico detalhado para que o equipamento possa ser colocado no mercado atendendo às normas exigidas", explica Alvarenga.

Empresas ligadas à prestação de serviços também foram beneficiadas. É o caso da Monte Bello Salumeria, de Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, empresa familiar produtora de alimentos. Com o objetivo de ampliar as vendas para o mercado nacional, a empresa buscou parceria com o Tecpar para a implantação de Boas Práticas de Fabricação.

"Conseguimos um controle mais eficiente da cadeia logística. Com as análises laboratoriais conquistamos o selo Alimentos do Paraná. Agora, neste ano, temos a meta de obter a licença para vender nossos produtos em todo o país", explica Marcelo Empinotti, que administra a empresa. O Selo Alimentos do Paraná, fruto da parceria do Tecpar, do Sebrae-PR e da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), é um reconhecimento à qualidade dos processos de produção e de gestão empresarial para as indústrias, agroindústrias e distribuidoras de alimentos e bebidas do estado. A Rede de Extensão Tecnológica do Paraná (Sibratec Extensão Tecnológica) é composta por representantes do Sebrae, da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), da Fundação Araucária (Fundarauc) e da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). O Tecpar atuou como coordenador e seu único executor.

Com informações da Assessoria de Comunicação do Tecpar