Perícia Ambiental

As inscrições para o curso de Perícia Ambiental da Universidade Estadual de Londrina (UEL) estão abertas até 22 de fevereiro. Os interessados podem fazer a inscrição somente no endereço zapparoli@uel.br. O curso vai ocorrer de 6 a 21 de março, às sextas-feiras, das 19h30 às 22h30, e aos sábados, das 8h às 17h, no Centro de Estudos Sociais Aplicados (Cesa). O investimento é de R$ 400. O objetivo é capacitar profissionais para elaborar laudo ou parecer ambiental, visando a atuação como perito ambiental. A coordenação é da professora Irene Domenes Zapparoli, do Departamento de Economia, do Cesa. Informações no e-mail zapparoli@uel.br.

Foco é receita para aprovação no vestibular

Candidatos que passaram em Medicina destacam que dedicação praticamente exclusiva é essencial para obter vaga na UEL

O ano de 2015 começou da melhor forma possível para os estudantes Sávio Aparecido Melo da Silva, de 18 anos, e Amanda da Silva Lima, de 19. Os dois foram aprovados no vestibular mais concorrido da Universidade Estadual de Londrina (UEL), o de Medicina. Venceram uma concorrência de 99,7 candidatos por vaga e agora se preparam para ingressar na instituição no mês que vem. As aulas têm início no dia 19 de fevereiro.

Estudante da rede particular de Londrina, Amanda conquistou o primeiro lugar entre os candidatos de Medicina, enquanto Sávio, ex-aluno de escola pública, de Florestópolis (Região Metropolitana de Londrina), obteve a aprovação apenas um ano após a conclusão do ensino médio. Apesar das diferenças na formação, os dois compartilham uma mesma receita para alcançar o sonho em comum: foco.

"Deixei de ir a vários lugares, de sair, para estudar para o vestibular. Isso ajudou muito", comenta Amanda. Depois de tentar outras universidades em anos anteriores, ela também assinala que se dedicou exclusivamente para passar na UEL no último ano de cursinho. "As provas das outras universidades são bastante diferentes. Resolvi focar na UEL, que é onde sempre quis estudar. É a melhor em Medicina no Paraná", avalia.

A jovem conta que a conquista do primeiro lugar no tão almejado curso a pegou de surpresa. "Já imaginava que iria para a segunda fase, mas não que ficaria em primeiro. A segunda fase é mais difícil, temos que escrever, então gera uma dúvida", diz. Após saber do resultado, a comemoração com amigos e familiares foi no aterro do Lago Igapó. Natural de Tamarana (Região Metropolitana de Londrina), Amanda estudou em colégios particulares de Londrina desde o 5º ano do ensino fundamental. Agora, espera fixar de vez residência na cidade.

APOSTA NO FUTURO

Sávio também relata que estabeleceu metas para alcançar seu objetivo. No último ano, saía pouco com amigos e até com a namorada. O treino de futebol saiu de vez da agenda. A rotina, ao longo da semana, era totalmente voltada aos estudos. "Estudava sozinho, de forma bem tranquila. Dava um intervalo no fim da tarde e depois voltava para os livros", afirma.

No sábado, as apostilas e simulados faziam parte de seu cronograma até às 15 horas. Já o domingo era dedicado ao lazer. "Eu sabia que era preciso estudar com qualidade, que a quantidade, na verdade, não importava tanto. Era melhor estudar menos, mas estudar bem", compara.

Em 2014, os pais de Sávio, o pedreiro Vanderlei e a auxiliar de serviços gerais Luzia, decidiram deixar Florestópolis, a cidade onde moravam, para ajudar o filho na realização do sonho de ser médico. Se empenharam para mudar de casa e pagar as despesas com o pré-vestibular do rapaz. "Os professores falavam que ele precisava ir para uma escola melhor, que tinha potencial", lembra a mãe.

A aposta deu resultado e o sacrifício para pagar as mensalidades valeu a pena. Já morando em Londrina com a família, o rapaz fez um ano de cursinho e se surpreendeu quando viu o nome na lista de aprovados. "Tinha feito uma boa pontuação, mas tinha dúvidas se tinha passado por causa da redação", observa ele, ao dar uma dica para quem está em busca da aprovação. "É importante confiar em si, ter consciência das suas dificuldades e tentar superá-las. A fé nos fortalece muito nesse processo", conclui Sávio, que também foi aprovado neste ano no vestibular de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). folhaweb.com.br

Antoniele Luciano - Reportagem Local

Vestibular de Inverno: o que Londrina perde desde 1996

O reitor da UEL em 1996 era o professor Jackson Proença Testa, que tomou uma decisão aplaudida por toda a cidade e região: criou o Vestibular de Inverno (no meio do ano), em função da oferta de novos cursos e como alternativa para recuperar as 700 vagas perdidas com a mudança do sistema de crédito para seriado. Foi o primeiro do gênero ofertado no Brasil. A UEL era então a pioneira. Teve uma inscrição recorde e somando os dois vestibulares, deu um total de 43 mil candidatos. E Londrina ficou movimentada o ano todo, feliz da vida com a recepção a tantos jovens de várias partes do País. Hotéis e restaurantes lotados e até mesmo algumas famílias se cadastravam para hospedar candidatos. Mas, com a troca de gestão na UEL, a Universidade mudou os planos e quem perdeu foram os estudantes, seus familiares e a cidade como um todo. E até hoje, a UEL não fez um reestudo para voltar com o vestibular de inverno. Maringá, que observou o êxito de Londrina, manteve o evento até hoje, sempre com sucesso. Cada vez mais a UEM tem mais alunos e a cidade toda lucra com as atividades de sua Universidade Estadual. Fica a pergunta que a gente sempre ouve pelas ruas, em reuniões etc: E Londrina não? Afinal, a quem pertence a Universidade Estadual daqui? Um grande vestibular a mais significa conquistas para todos: estudantes, seus pais, familiares, para a economia da cidade, para maior desenvolvimento social etc.